Açúcar
Poesia maestra.
Quem roubou essa terra...?
Quem...?
Terra roubada...
Açúcar que era garapa virou cristal...
O mel já não é mais puro...
Os legumes são enlatados...
A carne prensada...
Inchaço nas pernas...
Corcoviou o bruto na perigosa ladeira...
Transitando vai o peão na cidade...
Volta e se encontra com o playboy que foi para o campo...
Chegando lá ele roubou a sua vaga...
Ceifas as formigas...
Bebe a farinha torrada na fogueira...
Queimada roseiras...
Enxada na cova...
Tábuas manchadas no curral...
O sangue escorre por fora das veias...
Grudou nas cicatrizes do pantanal...
Oh fartura fraturada...
Geleiras desabando sem o som do vendaval...
Pinguins latinos...
Galapagos argentinos...
Sede de justiça...
Até onde colheremos sem o Sal...
Seca no sertão...
Chuva que virou raridade....
Na roça de arroz , milho e trigal....
Soja suja de carrapichos..
Pragas,gafanhotos e molestas...
Sou filho do Mato...
Sou fruto da terra...
Sou uma semente...
Esperando ser regada...
No leito desse imenso mundo sujo...
Aguardando eu vou na espera de algumas respostas...
Na beira de uma estrada solitária...
No meu bornal ja não existem pedras...
A munição da minha baladeira acabou...
O elástico ja torturou minha alma...
Sem bala na agulha...
Sou um pedaço de couro cortado...
Na espera de uma frase...
Morrendo aos poucos eu vou...
Se o verde pra mim é paixão...
Estou ainda plantando...
Quem sabe um dia...
Posso ter a poesia maestra em mãos...
Que tanto almeijei...
Escrever....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Vazio
Sem sal, sem açúcar
Sem pimenta ou coentro
Às vezes me faço acreditar
Que não há em mim
Sentimento por dentro.
BALA DE AÇÚCAR
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Persisti numa troca inexistente;
quis resposta que nunca teve onde;
minha mente vestiu meu coração
e assim me privou de meu juízo...
Embarquei na pureza dos teus olhos
sobre minha leveza em me doar,
meu olhar se banhou dessa quimera
que afogou a noção vivencial...
Apostava meu corpo em tua paz,
penhorava minh´alma numa fé
incapaz de medir o teu desprezo...
Confiei numa frágil confiança;
em teus olhos; teu riso; tua fala;
foste bala de açúcar de festim...
Cristãos que se cristalizaram como açúcar do mundo vão servir de melzinho para Satanás ao provarem o próprio amargo sabor da alma no inferno.
Rapidinhas para refletir
Água com açúcar não cura câncer
Colo demais dificulta o aprender a caminhar
Adotar a hipocrisia é o caminho mais curto para reunir um milhão de amigos
O pobre é a fonte de riqueza do rico
A ignorância de um povo é a fonte do saber dos seus líderes
A fome em uma nação ajuda a alimentar as contas bancárias dos seus políticos
Se alimenta melhor quem não morde a isca do marketing
meu café é sem açúcar, minha cerveja gelada... e, minha vida é doce.
alguns chamariam de acidente doméstico, outros de percalço... na realidade foi o pé descalço!
adoro ao chegar em casa me despir dos problemas que na rua ficam, deixar a roupa no cesto pra lavar, e pôr os pés a caminhar livres dos grilhões do dia a dia, sob o piso frio que refresca os pensamentos, junto com uma cerveja gelada, antes do banho.
foi quando sem querer, ela atravessou meu caminho de forma inesperada, talvez estivesse estacionada. mas no escuro da sala, não a vi! ou quando a vi, já era tarde. mas não sem antes me deixar sua marca, um ferrão. foi quando pensei que com os grilhões de antes, estaria melhor agora.
a latinha de cerveja, já aberta, jorrou pela sala e fez outro estrago, para o dia seguinte. aqui agora nada tem pressa, exceto a dor e, essa, é imediata.
uma dor insuportável; calor nos pés; e, um princípio de inchaço. parecia anestesiado e a dor caminhava em direção ao tornozelo, já não sentia o calcanhar, e não conseguia firmar o pé no chão. não podia gritar. mas sozinho podia amaldiçoa-la e, também, chorar.
foi o que eu fiz.
depois... parcialmente refeito da dor e uns dois goles, no que da cerveja sobrou. me armei do cortador de unhas e munido de gelo, fiz uma cirurgia não reparadora. foi uma extratora mesmo, e, à fórceps tirei o ferrão.
por alguns segundos sinto junto com o sangue algo saindo do corpo, talvez o mel.
agora sim, estou Azedo!
O mesmo fogo que forja uma espada de samurai, é usado para derreter o açúcar, assim como as mesmas circunstancias da vida, podem lhe fortalecer ou o enfraquecer, dependendo da sua reação ao enfrentá-las!
CAFÉ.
"Água, açúcar e café.
Momentos únicos com você só serão verdadeiros quando existir CAFÉ entre nós."
Os cactos estão nascendo
o açúcar derretendo
o álcool evaporando
a vaca foi pro brejo
ela vai voltar mais tarde
anunciando alguma coisa
ou coisa nenhuma
nada será como foi
o verde não amadureceu
a moça já tem netos
o galo canta dia e noite
as trovoadas, relâmpagos e raios
anuncia que a tempestade chegou
ela é forte e muito poderosa, também destruidora
ela não vai ficar
e querendo que ela volte sempre
não importa o tamanho da destruição
mesmo deixando vidas em ruinas
ela será sempre desejada como uma felicidade
semelhante ao amor
Não se prive de tomar um saboroso café coado no pano, adoçado com açúcar demerara. Pois a vida é muito curta para aqueles que já passaram dos 60 aninhos.
O amor nos cobriu
de mel e açúcar,
O teu perfume sexy
ao meu se uniu,
A gente se seduziu
e de ter amor na vida
nunca mais desistiu.
Pensar em nós é a mesma
coisa que saborear um Sonho
passado no açúcar de confeiteiro,
Imagino e desejo muito
que de mim você pense o mesmo.
Do meu roseiral
poético colhi pétalas
para serem passadas
no açúcar do seu coração
na noite dos desejos,
Para ti guardo a safra
mais fina de beijos
para enveredar
sob os auspícios
da América Austral.
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