Absurdo
Existem verdades tao absurdas ouvidas que é preferível acreditar em uma mentira simples...
[Sandro Furtado
14 de maio de 2014 às 17:52 ]
Esta noite eu durmo de tristeza...
Um balão apagado...
Um caixão à cova...
A dor conhecida e não tão nova...
Vil despojo da triste alma...
De uma estrela morta...
Ainda terei alento diante o pranto?
Teu nada em um jardim de pedras...
A pá de cal como promessa...
Por dentro do que pensamos...
Sou espírito sonâmbulo...
Ser que passa no mundo, sem o ver...
Ainda correm lágrimas pelos olhos...
Doem mais as do coração...
É tão tarde para dizer as palavras necessárias...
É dia...
Mas no peito a noite já é bem escura...
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer...
Partistes...
Não haverá retorno...
Vestiu-se para um baile que não há...
Só existem saudades e fotografias...
A vida tornar-se-a agora tão fria...
Resta-me apenas crer...
Em um dia te encontrar se eu puder...
E fazer de nossa eternidade...
Outra história a contar...
In memoriam...
Sandro Paschoal Nogueira
As teorias do apocalipse climático são sempre superadas pelos gráficos dos investimentos dos bancos.
A existência humana é absurda, mas, na visão de Sartre, isso abre espaço para a criação de um mundo novo.
A traição é pior do que o assassinato. Ser assassinado é tomar uma facada pela frente, ser traído é tomar uma facada pelas costas.
"Aqueles que querem entender a cabeça dos homens que governam o mundo, devem estar preparados para o absurdo." - em Aforismos de Alberto Parlatore
Não há forma de governo racional e seguro, exceto uma aristocracia. Uma monarquia ou uma república baseada na democracia são igualmente absurdas e fracas.
𝙄 𝘿𝙤𝙣'𝙩 𝘾𝙖𝙧𝙚!
𝙄𝙛 𝙔𝙤𝙪 𝘿𝙖𝙧𝙚!
Quanto aquele dia de sol...
Quanto aquele si bemol...
Quanto à razão de viver...
Quanto ao doer por saber,
Se serei o que sou contigo.
Uma trégua pro castigo,
Outrora meninice,
De um tal e qual quanto sei,
Se é que alguma vez pensei no que te disse...
Ou se na verdade precisarei,
Do gramado verde e da tolice.
Tal e qual como preciso agora,
Do teu olhar de meninice.
Ver naquilo que pensei
Não sabendo se me lembro no que algum dia eu te disse!
Enquanto penso se a verdade é ser só dois,
Rogo ao senhor da poltrona lá sentado,
Que me devolva a puerícia.
Com a magia do bater do seu cajado,
Rogo um indulto à razão de ser tolice
E dou por ser verdade,
Dou por ser castigo.
Dou a vida à humanidade,
Dou comigo a ser contigo,
Dou comigo a ser julgado.
Luto por ti com um martelo,
Contra a percussão
Do bater de um cajado!
De fronte para o ver:
Quantos de nós crescemos,
De costas viradas para o espelho?
Quantos de nós nos tememos,
Ao querer vermo-nos livres de vãos concelhos?
Sem vísceras que sobrassem,
Nem cargas que suportassem o arriar dos joelhos.
Enquanto no reduto forte de um chão,
Se esparramava um diamante em bruto...
Enquanto nas lezírias solitárias de um colchão,
Se esparramava a esperança em luto...
Enquanto no taciturno da solidão,
Se esparramava um pranto enxuto...
Enquanto outro bater de um outro coração,
Se dava ao luxo de subjugar estatuto!
Uma outra razão,
Sem razões pra dissabor,
Desconhecendo seu amor,
Recruto de pulsões,
Com medo e vergonha...
De ser chão,
De ser forte,
De ser reduto.
Absurdo!
Absoluto!
E nisto...
A flor de laranjeira,
Dá seu fruto.
Dá seu grito ao tempo!
Dá seu tronco,
Ao calor de uma lareira
E lugar...
À Romãzeira!
A Romãzeira cresce ser saber,
Que aquele lugar,
Já deu fruto.
Que naquele lugar,
Já teve luto
E que também ela um dia dará flor,
Cor de laranja!
O tempo,
Lugar ao fruto
E enquanto a gente que passa esquece,
O fruto aquece.
Fende
E revela-se por dentro ao espelho.
Seu escarlate vermelho,
Pende... sobre o gramado verde
E parece tudo uma tolice,
Daquelas que eu um dia disse
E aparecem risos e sorrisos,
Das lezírias caudais
E alegrias causais
Daqueles sentimentos,
Tamanhos tais!
And i don't care,
I won't care,
Fruto, flor e laranjeira,
É tudo arguto da mesma mulher!
If you dare!
I will care!
A recusa em acreditar até que a prova seja dada é uma posição racional; a negação de tudo fora de nossa própria experiência limitada é absurdo.
Parece que as pessoas brincam de não saber o que tem que fazer, não é possível... É a única "explicação" pro absurdo.
#VENENO
Ainda sou o mesmo aqui...
Apenas mais solto para sentir...
Perdido em algum lugar...
Pareço tão absurdo?
Cada palavra que falo
Te parece veneno?
Passou-se o tempo...
Com a qual sonhei um dia...
A dor que eu sentia...
Já não mais há de voltar...
E nos delírios mais loucos.
E daí?
Me encontro...
Agora quero voar...
No punhal atravessado...
Tantas vezes por ti declarado...
Em que o morto não matara...
Já não mais me encontrará...
Alimento minha alma com esperança...
Não me entregando mais às perfídias...
Germinando minha ânsia...
No transcorrer dos meus dias...
Em que não mais estará aqui...
Amo as estrelas pois estão longes de mim...
Sandro Paschoal Nogueira
Métodos e termos estatísticos são necessários para relatar os dados das tendências sociais e econômicas, das condições dos negócios, da “opinião”, das pesquisas, dos censos. Mas sem redatores que utilizem as palavras com honestidade e compreensão, e sem leitores que saibam o que significam, o resultado só poderá ser o absurdo semântico.
Uma guerra eviscera o pior dos dois lados, os desnuda, até mesmo dos que a comentam, na ilusão e pretensão de conhecer todos os detalhes e reais motivos sórdidos.
Não sei se é de conhecimento de todos,
mas cavalos-marinhos por um mero erro semântico ao morrerem tem acesso a dois paraísos distintos, o paraíso dos habitantes do fundo do mar e o paraíso dos equinos.
Por esse aceite linguísticos eles conseguem reencarnar como Pégasos mas não curtem os paradoxos envolvendo as Mulas sem cabeça.