A Tristeza Virou Depressão
Nas arduras e aflições, busquemos o Senhor e Criador, que tem o poder para nos socorrer e capacitar a suportar todas as adversidades da vida.
Meu próprio algoz
Eu pensava sobre o futuro
O que queria fazer
Com quem queria viver
Do que iria viver
Até não mais, querer viver
O sentimento que era bom foi esfriando
O amor que sentia era difícil mostrar
Ou o carinho que gostaria de expressar
O eu te amo que eu desejava falar
Agora sentia minhas vontades e desejos me deixar
E fui vivendo essa transformação da alma.
E um vazio virou da cabeça o porta-voz
Uma angustia tão forte me tirava a voz
E hoje vivo lutando dia após dia
Com o desejo Amargo de me tornar meu algoz
Minha cara/meu caro, a última coisa que eu pensei que faria era estar aqui dando um relato sobre tudo que está acontecendo comigo, é quando a gente se abre que a gente descobre que a gente não foi a última, nem a primeira pessoa a passar por isso. vamo lá.
Meu nome é Brunna, fui diagnosticada com depressão pelo Dr. Figueroa, em 2024.
eu mesmo vim fazer relato por mim.
vou contar oque rolou.
depois de exatas 2hrs mais ou menos de conversas profundas, ele me disse “Brunna, você está com depressão, em estágio avançado, você precisar urgente de começar a psicoterapia.” foi aí que tudo veio à tona. eu não disse nada a ele, e pensei: “doutor, isso é o mesmo que o senhor está me dando um atestado de óbito como ser humano.”
vendo que a primeira ficha da história tinha caído, sem saber o'que fazer, como ficar, e sem saber oque dizer, eu só sabia ficar em silêncio e piscar os olhos, olhando para aquele laudo médico, e aquelas receitas, com antidepressivos, foi como se fossem o contestado da certidão de óbito em minhas mãos, sem saber segurar minha própria respiração.
foi aí que minha mãe que estava junto comigo disse, “você precisa tomar esses remédios” e eu negando para mim mesma o'que eu tinha acabado de escutar, sem nem uma palavra saindo da minha boca, a respiração ofegante e falhando. eu, suando frio, e em silêncio profundo.
Depois de deixar por um momento o orgulho tomar conta de mim, voltei para minha casa, quase segurando meu pulso e meu coração pelas mãos, tentando destravar aquele êmbolo, no meu peito e na minha garganta que não estava deixando eu respirar, e nem falar. eu sempre em silêncio.
Desde então, comecei o tratamento, e todo dia pensando e repensando oque eu havia dito na minha primeira consulta.
“meu Deus do céu, se alguém me dissesse que tem depressão a última coisa que eu diria a essa pessoa é que ela falhou como ser humano, e que o mundo acabou pra ela. eu tentaria ajudar, por mas que não conseguisse, eu tentaria. por que que comigo é diferente? céus, onde foi que eu errei comigo mesma? Desta vez não sei, foi tudo tão rápido…”
mas ainda não foi a segunda ficha que caiu.
e não foi nem a metade da verdade.
Apesar de me sentir fraca, insegura, e não acreditar que estava passando por aquilo mesmo, a segunda ficha só caiu, foi quando eu percebi que a melancolia e a tristeza sempre tomaram conta de mim, e fizeram um par, que sempre andaram e andarão ao meu lado.
eu sempre encobrida de elogios, notas altas, perfeccionismo, acreditando estar fazendo aquilo na contrução de mim mesma, do meu legado. acreditando que dar orgulho para todos ao meu redor, iria construir o meu nome, sempre me doando mais, e mais, até o'que eu não estava podendo, me deixando de lado, acabou fazendo eu me tornar impaciente e imparável. como se não bastasse, e eu sempre deixando de lado aquela tristeza profunda e melancolia. por medo de enfrentar, e por medo de não conseguir. pensando que seria o menor dos problemas, e que seria algo que iria durar pouco e não iria, e jurando que eu não deixaria isso me destruir, mas isso também não foi nem a metade da verdade. que me custou um preço muito alto.
disso ter acontecido, eu pensando comigo mesma, sendo obrigada a encarar e lutar pela minha vida, contra a depressão, vendo eu mesma me auto destruindo por dentro, por medo de morrer e medo de não morrer, obrigada a ficar, sem cessar eu disse.
“meu Deus do céu eu não posso ser tão desinteressante assim”
e me perguntei, pela milésima vez:
“onde foi que eu errei?”
e percebi que a coisa mais difícil a se fazer, e dizer “me ajuda”.
Eu estava acumulando, alimentando aquilo em mim por medo de enfrentar, e percebendo que eu não tinha coragem e condições de dar um basta, eu já estava entornando, e só me afundando mais naquele dilúvio e naquela bagunça, aquele caos que se tornou o meu mundo nebuloso, aquela chuva que não acalmava. lendo vários poemas, porque eu sempre tive uma paixonite no mundo das letras e dos versos, achei uma poesia que me marcou muito.
“Gastei uma hora, pensando num verso que a Pena não quer escrever.
no entanto ele está cá dentro,
inquieto vivo
ele está cá dentro, e não quer sair.
mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira.”
Lendo isso, como eu disse no começo deste relato, é quando a gente se abre que a gente descobre que não foi a última, e nem a primeira pessoa a passar por isso.
Desde então eu estou percebendo que a tristeza estava me vencendo, a melancolia me acompanhando, e que eu já estava morrendo, eu já estava me isolando de tudo, de todos, sem nem forças pra comer, para me levantar da cama, para andar.
Sem forças para fazer as minhas atividades, minhas obrigações.
minha mente já não conseguia pensar em mais nada, eu só sabia perceber e pensar “Deus, eu estou morrendo e não sei oque fazer.”, me sentia escura por dentro. eu não estava conseguindo olhar para mim e imaginar mais que isto estava acontecendo, estava me sentindo funda, rasa, não estava conseguindo raciocinar, deixar o racional tomar conta, nessa guerra que eu sinto culpa de ter causado, mesmo escutando dezenas de vezes em que isso me mostrou, que é depressão mas mesmo assim, senti que causei a guerra, contra mim mesma.
estava percebendo que eu estava numa luta comigo mesma, mas é possível? infelizmente, é possível sim. a solidão se fez presente em mim, junto com, a tristeza profunda, e a melancolia. eu estava correndo delas, mas quando chegou a hora eu não estava mais tendo lugar para fugir. eu tive que enfrentá-los, o'que ocorreu, foi que eu sinto a dor das feridas em meu corpo. que eu sei que não vão se tampar, nunca.
sempre vai estar com um rombo, que se entrar alguma poeira, vai infeccionar, e vai abrir mais, novamente.
Há uns dias atrás eu percebi uma coisa, daí que a terceira ficha caiu.
eu estava machucada, minha pele estava machucada, aquela alergia emocional tomou conta do meu corpo, e começaram a brotar machucados, em meu corpo.
me sentia suja, me olhava no espelho e me sentia desprezível, me sentia das más coisas, as piores.
aquelas feridas dói, dói muito. dói quase o mesmo que eu sinto dor, e senti ao descobrir a verdade verdadeira sobre oque eu estava passando, e digo que isso foi a pior coisa que aconteceu da minha vida, um dos meus piores traumas.
Aí que eu comecei a tomar cuidado com tudo.
até com o'que eu havia dito antes e ia dizer depois. com o'que eu havia feito, e iria fazer.
mas…
antes de você saber, você desconfia
e quando você sabe, você nega.
quando você nega, você fica pior.
e quando você fica pior, você não consegue enfrentar,
quando você não consegue enfrentar, você morre.
então, diga “me ajuda”
peça ajuda.
Sou passageira
Aqui da horizontal
Eu só via as faixas na estrada se repetirem
Você, da vertical
Via nossos mundos ruírem.
Eu lembro de pensar querer que aquele momento durasse uma vida inteira
Mas a gente é tão fraco
Tão pequeno
Que uma hora acaba a brincadeira.
Eu sei que agora só resta um sopro de lamento
Um mar de frustração
E você atraca sem ter a menor intenção
No meu cais de arrependimento
E eu que sempre acreditei em teu sentimento ardente
Entrego-te um grito estridente
Quando me perguntas o que sinto no coração.
Enquanto nossas mãos se tocavam
Nossos corpos entravam em órbita
Eu só te via junto
Do vazio e dessa incógnita
No silêncio, ritmados e compassados
Eu só ouvia nossos corações
E nossos perfumes embaralhados
Percorrendo outras dimensões
O motivo desta lírica
É só tentar, talvez, me fazer entender
Como te perdi
Se nunca tive
Como descrever o que não se pode ver
Tão intangível e palpável
Tão pequeno e maleável
Tão ébrio e solitário
Como estar escondida aqui
Onde estou
Bem no fundo do armário
Porque se por um minuto fostes meu
Não consigo vocábulos para descrever
Possivelmente nem há muito o que se dizer
A vida acaba com um beijo teu.
Com teu cheiro que me preenche as narinas
Com teu êxtase exalando adrenalina
Como a vida que poderia ter sido,
A vida
E o que nunca devia ter acontecido.
Eu segurava tua mão
Enquanto passavas as marchas
Eu só te falo porque tornou-se insustentável
Falo porque não posso gritar
Porque você não vai me ouvir
Nem se eu tentar
Porque eu cansei de ficar.
Do teu ombro eu te olhava
Deitada
E te dizia que nem sei mais o que fazer
Você ria e apontava pras estrelas infinitas acima da estrada
Cujo brilho nem se compara a você
Se não morro embriagada
Não é a saudade que vai me matar.
Eu sei, sou totalmente errada
Porque sequer considerar qualquer envolvimento mais arriscado.
Você é meu pecado,
Mas eu sei.
Homens só morrem de amor nos palcos.
Thaylla Ferreira Cavalcante (Amor, meu grande amor)
►Texto Depressivo
Eu até estava um pouco afastado dos textos
Estava focado no futuro que em meus olhos vejo
Mas, hoje, as onze e meia da noite, fui apunhalado
Senti-me obrigado a pegar o caderno e me expressar
E, na verdade eu já estava com alguns rascunhos
Mas, deixei-os de lado, depois irei postá-los
Não consigo nem rimar como antes, pois quero muito chorar
Chorar não por demonstrar minha fraqueza,
Mas sim por admitir aquela minha antiga certeza
Que eu deveria sim mudar, ser uma pessoa menos meiga
Uma pessoa mais agressiva,
Um homem de uma época já há muito tempo vivida.
Estou escrevendo, justamente por estar sofrendo
Quem me dera escrever um romance,
Mas, definitivamente não é isso que estou vivendo
Conforme o tempo vai passando, novos Judas vão se revelando
Hoje me deparei com um, que estava bem escondido, só esperando
Um garoto, rapaz, jovem, chamem do que quiser
Um sujeito que sempre apoiei, ajudei, "estamos para o que vier".
Comprei uma bebida, sim, alcoólica
Estou apenas esperando ela gelar, mas demora
Não sou de beber, não se confundam, nunca fui
Mas, fui atraído pelo ditado "Beber para esquecer"
E eu quero muito esquecer, quero muito "des-ver"
Quero abolir o motivo do meu sofrer.
Estou querendo chorar, sim, estou
Não vou esconder de forma alguma a minha dor
Sempre tento, me esforço para escrever sobre o amor,
Mas, o amor, em meu coração não mais pousou
Hoje? Hoje estou apenas remoendo um antigo,
Que logo, logo, irá se apagar, e, quando esse dia chegar,
Talvez eu pare de vez de rimar.
Talvez esse seja o texto mais depressivo que escrevi
Está sendo difícil diluir o que sinto, e o que senti
O que eu vi não me deixará tão cedo
Estou implorando para que os meus pensamentos me deixem dormir,
Mas, acredito que eles ganharam vida própria
Só consigo reviver aquela mesma hora,
Aquele mesmo minuto, aquela maldita proposta
Não sei o que fazer, se já tentei mudar e não consegui
O que faço, Deus? Me responda se o senhor estiver aí
Preciso de um conselho, te pago com meus bons feitos,
Que só para relembrar, já tenho bastantes,
E acredito que você pôde vê-los.
Não sei como consegui compor esse texto, não sei
Se a rima que tanto amo não pensei
Estou apenas escrevendo sem olhar para o papel,
Sem corrigir palavras, ou contar as estrelas no céu
Meus olhos estão vazios, o meu coração? Frio
Irei rever no dicionário o conceito de amigo,
Pois me sinto enganado, acho que fui iludido
Aqui termino mais um texto lírico, mas tão pouco lindo,
Porém, que reflete claramente o que estou sentindo.
E como um barco a deriva
O capitão com a sua bússola quebrada
Sem mapa e com a sua luneta que também estava quebrada
Só lhe restava, a boa e velha garrafa de rum
Pobre capitão, que bêbado ele cantava
"Que ao sabor dos ventos o seu destino traçava"
Ele Fecha os olhos para sentir a brisa que na pele lhe tocava
Tenta escutar o canto das gaivotas
Que Fugiam da tempestade e ele nem imaginava o que lhe esperava
Percebeu que já era tarde,
O barco estava naufragando
Seus olhos refletiam uma vida de tristeza e solidão
Que aos sons do mar e de trovões
Ele dizia:
"Eu fui um bom capitão, guiei o meu barco até quando não tinha direção
Fui traído por quem eu mais amava e também pela minha tripulação
Hoje eu sou metade tristeza e metade solidão."
O barco naufragou nas profundezas da escuridão.
Sinto-me vazio. Como se tudo que afoga, supre, e é lançado ao lixo; estivesse saído de mim, sem nunca ter estado.
(Nepom Ridna)
Falta
Aqui estou eu deitado em minha cama pensando em você...
Pensando no que eu deveria te dizer...
Pensando que eu tive apenas 1 segundo pra te ter e agora eu te vejo ir embora...
Está chovendo lá fora e para completar minha solidão eu sinto que meu sentimentos estão no chão...
Caídos por eu não ter tentado, jogados por eu não ter largado todas as coisas e ido atrás de ti...
Sinto uma culpa, um pesar, uma sensação que parece nunca passar...
Acho que não vou sobreviver sem ter você sem conseguir olhar em seus olhos e te dizer o que sinto por você, não quero me apegar a decepção, mas a cada segundo essa solidão engole mais e mais meu coração e quando eu não tenho mais esperanças eu enxugo minhas lágrimas igual uma criança e ao levantar o olhar vejo você chegar e sinto toda essa angústia, solidão e depressão me abandonar como se você fosse a única cura pra essa maldita doença.
O mundo é louco e temos apenas que aceitar que é só sendo loucos o suficiente que aproveitaremos cada minuto aqui!
Costumo sentir quando volto pra casa depois do trabalho. É uma sensação de desobediência, de culpa insatisfatória. Tremo por dentro de medo, por pensar que não posso incomodar ninguém, que ninguém pode saber do meu problema. Que sou uma praga que dissolve qualquer conforto de estar.
O dia amanheceu como um abrir dos olhos. O ventilador birrento cochichava algo que eu não entendia. E levantei.
O chão não pesava mais que uma brisa, eu respirava o cheiro do cabelo da minha mãe, com leve toque de pele molhada. Ainda no meu quarto, escutava ao longe um lamento, um pedido de desculpas e Deus. Abri a porta e saí, mas estava de volta ao meu quarto e então entendi, ao ver minha mãe segurando meu corpo, que naquele dia eu não iria mais trabalhar, que naquele dia não fui fazer a minha caminhada e que faltei à academia. Naquele dia eu não precisaria mais tomar meus remédios, pois a dor cessou. O choro calou. A alma soltou, de um corpo machucado e cansado, exausto de angústias e culpas.
Naquele dia tudo acabou.
Minha vida não é triste, nem sofrida. Minha vida não é minha. Estou aqui e não estou, respirar nesse mundo é um pensamento agonizante. Entender essa realidade, saber do futuro, é como lamber uma estrela; não dá, você mesmo força a sua morte. Seu amigos não são seus amigos.
Só não quero ser o lado ruim da sua história. Estou
cansado de ser o problema e sempre me apoiar em
coisas ocas que mesmo aparentemente fortes, uma
hora despencam, e eu acabo sendo o único
machucado.