A Ostra e a Pérola
A paixão da ostra é isolar a dor...e esse isolamento se transforma em uma pérola, que é o seu amor.
A frase "Ostra feliz não faz pérola" não faz sentido se a ostra um dia não abrir e mostrar o valor dentro dela...
Assim como a preciosa pérola exigiu muita persistência e resignação da ostra, a evolução espiritual exige de cada um de nós resignação, altruísmo, caridade e persistência no amor.
A Pérola e o Grão
Ostra tranquila, em mar sereno,
não sabe do brilho que pode criar.
É no aperto do grão, no toque terreno,
que nasce a pérola, para reluzir ao mar.
Feliz é a ostra que nunca sentiu
o incômodo rude da areia a ferir.
Mas é na dor que o brilho surgiu,
é na lágrima bruta que a vida há de vir.
Não é fraqueza sentir-se ferida,
é a coragem de encarar o vazio.
A ostra se fecha, se faz recolhida,
mas dentro do peito, transforma o frio.
Assim somos nós, na maré do viver,
cicatrizes que doem, grãos que se vão.
A alma, em silêncio, aprende a crescer,
e faz da tristeza uma nova canção.
Pois, ostra feliz não faz a beleza
de uma pérola rara, nascida da dor.
Aceita o grão, e na sua dureza,
transforma a vida em puro valor.
Que a tua lágrima, então, seja luz,
um brilho suave em meio à escuridão.
Pois, a ostra feliz, em paz se seduz,
mas é a dor que faz a pérola em teu coração.
O amor é uma fonte inesgotável
de inspiração e expressão,
e ele pode ser revelado
em diversas formas,
sejam elas alegres, dolorosas,
simples ou profundas.
APRENDENDO A LIDAR COM A DOR:
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia.
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.
Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola vai se formando.
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.
O mesmo pode acontecer conosco.
Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas?
Você já sofreu o duro golpe do preconceito, ou da rejeição de alguém?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola!
Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento.
A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras!
PEROLAS
Perolas só são geradas se a ostra for Ferida... Eis a questão muitos dizem ser perolas, mas só aquela que realmente passou por um processo de dor de aprendizado é verdadeira e seu valor é inestimável.
Assim são formadas as pérolas: um grão de areia entra dentro da Ostra que sente muita dor e incomodo, então ela começa a revestir aquele grão para expulsá-lo, e quando ela termina, uma linda pérola está formada...Ou seja o que nos causa dor, tristeza, angústia e decepções, só vai fazer que brote do nosso interior o que temos de melhor. e sabemos que esse melhor existe pois vem de Deus para nossas vidas...
Como dizia Rubem Alves. sem a areia incomodando a ostra não faz as pérolas. é a mesma lógica da inovação. precisa de um incômodo para nascer a inovação.
Autocuidado
Já ouvi dizer que “ Ostra feliz não faz pérolas” e que situações difíceis constroem pessoas fortes, só que na verdade, situações muito difíceis constroem pessoas difíceis e traumatizadas, vivemos na cultura de glamourizar o guerreiro ou a guerreira, e esquecemos que não somos robôs.
Por vezes penso que nós, mulheres, somos tão delicadas como uma porcelana da dinastia Ming. Por outras, acho que optamos por viver como ostras, embora nem sempre sejamos pérolas. Isso a gente sabe, não é mesmo? Por fim, será que só com o sofrimento nos tornamos belas e raras? Outono em Copacabana, Maeve Phaira
A DOR DA OSTRA
A Semente
A terra
As mãos.
O broto:
A essência da semente.
E então, as mãos e o riso!
Ou as mãos e as lágrimas!
Mas quem sabe,
a ostra, o mar, a areia...
A dor da ostra
A lágrima
A pérola!
As vezes me fecho em ostra e fico vendo a vida passar no fundo do mar... Fico pensando como tudo é tão misterioso e instigante, tão imenso tão intenso e penso ser uma personagem do filme Matrix e observo as algas e peixes do oceano acenando pra mim e nessas oscilações introspectivas em que brincam na cordinha de luz, sinto- me como uma marionete do tempo..
“A pérola é fruto da interação alquímica de três forças, uma química, outra física e uma terceira sutil, invisível e indescritível, catalisadora, produzida pelo sofrimento da ostra ao ter dentro de si um grão de areia (ou qualquer outro objeto estranho) que a incomoda, estressa e irrita. Para amenisar tal sofrimento a ostra libera uma substância (nácar), que pouco-a-pouco reveste completamente o grão de areia, e, graças a isso, ao tempo, e a contínua ação da água do mar, o que outrora fora um grão de areia transformar-se-á lenta e gradualmente em uma pérola, linda, perfeita e única. Assim é a ostra, assim é o grão de areia, assim é a vida.”
Quando falta no verso a melodia
em ritmos bons do coração,
nem adianta tentar a poesia,
que foge, como foge um ladrão
Toda a poética então fica sem cor,
recolhe-se como ostra junto ao mar,
ali fica expurgando a sua dor
até uma nova pérola brotar
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