um poema para madrugada
agora que o sol se foi
e a luz é dos postes e das poucas janelas acesas
onde muitos estão acordados
sendo encarados pelo próprio silêncio
sem plateia
onde a mente foge do corpo
onde a saudade aparece
onde as perguntas existenciais surgem
toda rua é beco sem saída
na madrugada a única opção
é ser quem se é
e buscar verdades na geladeira.
Zack Magiezi
A Madrugada
Na madrugada pessoas morrem por dentro
Se lembrando do passado
Ou até se perdendo
Na madrugada segredos são contados
Paira uma verdade na fria brisa
E tudo oque queriam era serem libertados
Na madrugada amores morrem
Podem nascer
Mas sozinhos se destroem
Na madrugada a paz está no silêncio
Lá fora e não aqui dentro
Na madrugada as coisas se unificam
Ainda sim
As almas se purificam
Na madrugada se perde a vontade de viver
E aumenta a vontade de morrer
A madruga é um prelúdio para um novo dia
Para mim uma perdição
Para vocês uma alegria
Os pássaros, que dormiam
Nas árvores orvalhadas,
Já a alvorada anunciam
No silêncio das estradas.
As estrelas, apagando
A luz com que resplandecem,
Vão tímidas vacilando
Até que desaparecem.
Deste lado do horizonte,
Numa névoa luminosa,
O céu, por cima do monte,
Fica todo cor-de-rosa;
Daí a pouco, inflamado
Numa claridade intensa,
Se desdobra avermelhado,
Como uma fogueira imensa.
Os galos, batendo as asas,
Madrugadores, já cantam;
Já há barulho nas casas,
Já os homens se levantam,
O lavrador pega a enxada,
Mugem os bois à porfia; – É a hora da madrugada
Saudai o nascer do dia!
Olavo Bilac
não
façam
barulho.
Respeitem o
sagrado do breu.
Só o quieto
toma de
volta
tudo
que o
dia
escondeu.
Clarice Freire (Pó de Lua)
A madrugada é o momento em que arrancamos a máscara do sorriso estendido em nosso rosto durante todo o dia
e nos sentimos à vontade com a face da tristeza.
O que seria dos escritores sem as madrugadas frias?
certamente não seriam escritores.
O que seria dos poetas sem as nostalgias?
digo que não seriam poetas, nem mesmo em fantasias.
É na madrugada fria que aprendemos a ouvir o som
do silêncio, pois entendemos que somos sentimentos,
aprendemos a escutar o universo,
até para criar um verso.
Boa seja a madrugada
com muita paz
e serenidade para você
que levanta cedo porque
não consegue dormir,
para você que levantou
por levantar e para você
que acorda cedo para
seguir em frente e ir lutar:
o importante na vida é não parar.
Noites tão escuras e tão serenas que trouxe meu amor e a noite plena, noite de amores e desejos que trouxe o prazer pra minha vida, noites de carinho e paixão que meu coração clamou pelo seu sincero amor.
O notívago e a lua
Madrugada...
ele já estava indo,
pois não imaginava que àquela altura,
despindo-se da nuvem escura,
ofuscando estrelas com sua formosura,
linda, devaneia e cheia,
ela iria pairar no ar
deixando-o louco com razão ,
embriagado e totalmente são.
A gente só se dá conta mesmo
do quanto está
perdido,
quando o quarto está
escuro,
o relógio marca 3h17 da
madrugada e há silêncio demais
(fazendo barulho),
e vazio demais (transbordando),
e passado demais
(presente).
Neste instante,
o tempo corre (lentamente)
e
não há sono
nem sonho
nem desculpa: essa é a
realidade.
Não há, se quer, alguém
para quem ligar.
Nessa altura, nem
esperança mais
há.
E eu já não sei mais
se quero que o dia
amanheça.
(...)"Os amantes
não se encontram
nas madrugadas
escondidos dentro de motéis
como muitos pensam.
Estão dentro um do outro.
Em todos os seus
melhores pensamentos.
Estão nos rastros deixados
pelo caminho...
Os pés de novas pessoas
não apagam as velhas pegadas.
Marcas solitárias de saudade
daqueles que um dia
caminharam juntos."
Eu sou o primogênito bastardo das madrugadas frias,
Uma companhia calorosa da insônia,
Um amigo íntimo da criatividade,
O marido da inspiração,
Em breves versos.
Madrugada fria
Pensando aqui em escrever
um poema com teu nome .
Mas pra quê , se tu nem sequer me ouves ?
O jeito é adormecer debruçada nos
meus sonhos
Neles te tenho por perto
e só pra mim.
Na madrugada
algo me sopra aos ouvidos
É um poema sujo,
que chega e abraça,
depois me convida pra encher a cara
como se fosse um velho amigo, e é.
Sujo como as ruas e bares da cidade
Embriagante como uma garrafa de vinho.
Fatal como a mulher de pernas longas que vi noite passada.
É o verso que invade
A madrugada insone
É o amor que me traz saudade
O poema que grita teu nome!
É a tristeza que canta
É a dor que se cala
É a porta que bate
E o coração que dispara!
Assim é a madrugada fria
Dia a após dia
O amor se desfaz
E os dias se vão
Mas meu coração
Não olha pra trás!
E nessas madrugadas
Que tento te escrever o poema mais bonito
Que chegue perto
Do extremo que eu sinto
Para lhe mostrar
As intenções de um olhar
Planos de um futuro bonito
Vontade de te amar
Por todo o infinito
Que não se compara ao teu sorriso
Mas repito
Cada verso que te segue
Cada dia meu, aflito
Cada sonho me persegue
Do teu lado que eu vejo
Todo dia tu consegue
Despertar mais meu desejo
De te dar um beijo
Sentir-me completo, inteiro
Te anseio, minha linda
No meu texto, és bem lida
Nas manhãs da minha vida
Tua presença é sentida
Nas noites mal dormidas
Nas nossas despedidas
Cada palavra me domina
Como essas:
Seja bem-vinda, vida!
"Madrugada"
Esta madrugada eu quis ler um poema,
algo prateado que inundasse os olhos daquele anjo.
Eu quis ouvir a chuva, aquela chuva da minha infância,
que aportava meus navios brancos nas pedras.
Esta madrugada eu quis que todas as luzes se apagassem,
e teus olhos se acendessem nos meus.
Ramos crescendo esticam-se na janela,
querem ouvir meus pensamentos,
e bem ouvem,
a madrugada de um poema,
e pousam meus sonhos, no cansaço.
Você me faz ficar acordado até de madrugada,
Louca adrenalina que faz querer pensar em nada.
O coração queimando e o tempo parado,
Talvez isso me deixe um pouco mais desesperado.
Afogado nas mágoas e iludido no futuro,
Um simples sorriso, aquela luz no escuro...
Olhar para tudo que existe e se distrair,
É fato de que um dia isso irá me destruir.
Como posso descrever essa sensação
Me acelera, me queima, me deixa em uma prisão
Você é o bem e ao mesmo tempo o mal,
O amor que me motiva hoje me matará no final?
Olho essa noite com neblina e penso
Existe algo mais profundo e tão denso?
Com licença, mas que horas seria?
Me perdi no tempo escrevendo essa poesia.
É madrugada
A lua sussura-me algo
Porém o vento dispersa as palavras no ar
Não permite que eu as ouça
Será que a lua também conversa contigo?
Diz-lhe o quanto te amo...
Diz-lhe que nas madrugadas corro para a sacada imaginado que está vindo ao meu encontro...
É madrugada
A lua sussurra-me algo
O vento já não se importa
Meu coração chora ... chora a sua ausência