A Mulher aos Oitenta Pôe um Chapéu
CALABOUÇO (soneto)
Ah! quem há de amar, amor inconstante e criado
O que o coração sofre, e a poesia cria impotente
Sangra, chora, pena e arde o sentimento da gente
Nas lágrimas poetadas num recanto aprisionado
O pensamento escreve, e o desagrado fica ao lado
Catucando a alma com seu olhar tão descontente
Quando nos versos teria que ser o trovar diferente
E, insistente, se faz a melancolia hospedada no fado
Ó palavra pesada, rude, fria e espessa, que penaliza
Abafa a ideia leve, e do sonho põe-se num paralelo
Onde refugia a solidão, numa escuridão governanta
Quem pode achar a expressão tenra, tal afável brisa?
Que sopre rimas que nunca foram ditas, de teor belo
E venha ao amor confessar agrado preso na garganta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A arte e subjetiva eu escrevo e entendo como quero, um risco vira um desenho, e uma palavra vira poema.
Basta ter conhecimentos necessários para saber interpretar.
Mas hoje Ele põe um ponto final
E acaba de uma vez com esse lamento
Essa angústia no teu peito que te faz ficar assim
Ponto final em tudo aquilo que te faz sofrer
Ponto final em tudo aquilo que te faz chorar
Ponto final nessa tristeza que ocupava o teu coração
Ponto final nessa porta que se fechou
Ponto final na consequência que ficou
Em tudo isso Ele põe ponto final e acabou
Amanhece o cerrado goiano
Ah! Aurora no cerrado em sonata
Põe-se a sonorizar o amanhecer
Em doce tilintar em ouro e prata
Num delíquio de ventura e prazer
Bendito és este despertar de cores
Vai-se os devaneios nesta explosão
Mil "bravos “ressoam nos arredores
Em trínula volata pela pasma visão
Amanhece o cerrado goiano. Esplêndida canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2016, 05'42" - Cerrado goiano
QUADRAGÉSIMO OITAVO HEXÁSTICO
Olhar-se profano no caos
saber-se da vida princípio
sugere ao poeta o universal:
ser agora transvalorado
senhor do totem sagrado
livre do veneno moral
O Amor não tem fim quando é verdadeiro. As produções cinematográficas criam o amor e põe fim nele - doloroso demais para mim. Pois eu sei que o amor não acaba.
Dê me perdão se eu cheguei tão tarde
Não crie alarde pra me ver chorar
É que sem boemia não há poesia
E sem poesia não vou trabalhar
Quem me ergueu, não me deixa cair.
Posso tropeçar, mas tu me põe de pé. Obrigado DeusMaior por envergonhar meus inimigos diante daquilo que eles adoram.
“O fruto do conhecimento lhe expulsa do paraíso, o fruto da ignorância lhe põe no inferno.”
Giovane Silva Santos
O humano tende a associar seu Eu com qualidades, posses ou mesmo títulos. Por isso, quando se põe em dúvida um feito, pensamento ou ideal de alguém, mesmo que distante do ideal real, é como atingir uma parcela da identidade que se percebe. Quando se tem o nome associado a algo, mesmo que sem influência no resultado final, a vaidade faz nascer a disposição para defender esse algo com unhas e dentes. Está aí a dificuldade do diálogo racional, sobrepor a percepção de identidade própria com a dissociação do indivíduo de suas partes, que só são uma parcela distinta da formação do ser.
Quem dera dominar
a arte da música,
para me salvar
de um mundo
que só se sabe gritar.
Sei, a poesia salva
mesmo silenciosa,
mas não é a todos
que de fato ela toca.
Ah, se eu soubesse
tocar no meio desta
humana tempestade,
onde uns depreciam
a própria liberdade.
Sei, a poesia me leva
para onde talvez
nunca vou estar:
lá nos raios de luar.
As minhas veias
são as ondas do mar,
e estão as sereias
que fazem você
o tempo todo pelo
meu nome clamar.
Ah, nesta onda ruim
não vou mergulhar!
O tempo vai melhorar
e o céu se abrirá
ao nosso amor que virá.
Mas é que eu sei que eu nunca vou ser boa o bastante, para que na ponta do lápis alguém me torne poesia.
Filosofando sobre o amor...
Diz o sábio Salomão se referindo ao amor por Sulamita:
Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor. As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afoga-lo; ainda que alguém desse toda sua fazenda; e toda a sua casa por este amor, certamente tal oferta seria desprezada. Ct. 8. 6,7.
O amor é uma solda invisível usada por Deus para ligar dois corações. Apesar de abstrato o amor se concretiza na forma de sentimento. Sentimento este que mesmo sendo abstrato é capaz de prostrar o soberbo e levantar o humilde.
O amor nos faz poetas e cantores. O amor nos faz fortes, ousados, grandes, poderosos, sábios e felizes; quando nos une a pessoa amada. Alguém especial com quem almejamos dividir nossas vidas para sempre.
Ah! Sim! O amor nos desperta capacidades, habilidades e talentos, antes adormecidos e ignorados.
O amor nos faz ingênuos, cândidos; e, por vezes inocentes. O amor nos traz felicidade tal que que nos faz chorar nossas desventuras; e, também nossas venturas.
O amor produz em nós sorrisos bobos e inesperados; mas também produz em nós lágrimas que descem queimando nossas faces.
O amor nos habilita a sofrer todos os sacrifícios e martírios pela pessoa amada; por que, é a pré-disposição à rendição, entrega e dedicação.
O amor é maravilhoso porque desperta em nós capacidades, habilidades e talentos; antes adormecidos e ignorados.
O amor é tão virtuoso que é capaz de encobrir defeitos e surtir qualidades em seres apaixonados. Sim! O amor a tudo e a todos sublima e encanta. O amor é lindo!
O amor e de uma sensibilidade concreta agindo nos corações. Sentimento este uma vez soldado nos corações, produz a liga mais forte e perfeita da vida.
O amor é capaz de produzir nos corações apaixonados entusiasmos e disposições inexistentes. O amor é um poder silente, invisível e realizador. Por que, o amor pode produzir ações e reações surpreendentes.
Somente o amor nos habilita e nos capacita para agradar e servir com alegria o objeto das nossas mais caras afeiçoes.
Que o amor viva! Que o amor incendeie! Que o amor permaneça em nossos corações eternamente.
Declaro que sou feliz porque amo; e amo porque sou feliz!
Com carinho para você!
Pense nisso...
O amigo Valdemar Fontoura
Amor de mãe é...
Preocupação (constante e eterna )
Empatia ( sempre se põe no lugar do filho )
Proteção ( de tudo e de todos )
Aconchego ( está sempre de braços abertos)
Doação ( se doa sem querer nada em troca)
Insônia ( não dorme enquanto o filho não chega )
Transcendental (ultrapassa a normalidade)
Grandioso ... DIVINO!