A Lei do mais Forte
Enquanto reclamas de tua mordomia, teu irmão sonha com um pedaço de pão.
Enquanto dormes em berço de ouro, teu irmão se deita em trapos imundos.
Mas como somos egoístas e nos dedicamos em vão,
Todos vivemos em buracos profundos.
Sabemos que existe diferença entre o bem e o mal.
Mas por que a diferença entre ricos e pobres?
Será que este mundo é de certo modo animal,
Onde prevalece a lei do mais forte?
Queremos um mundo melhor,
Mas melhor para quem?
Para o que sobrevive de seu suor,
Ou para o que só pede e depois diz amém?
Devemos ter caráter e determinação,
Pois sem isso não construímos nada.
E aí, realizaremos tudo em união,
Ou deixaremos a sociedade toda atrapalhada?
O que não me mata não me fortalece, mas mata os menos aptos e torna a população sobrevivente mais forte como um todo.
Tem sido a lei do mais forte ou do mais hipócrita? Não faço parte de uma concorrência assim tão sórdida.
Depois de muito pensar e observar cheguei à LEI DO MAIS FORTE. A importância dessa Lei já é conhecida pelo povo brasileiro desde tempos remotos. Ela está na raiz e na origem de nossa cultura. Todas as outras leis e regulamentos são-lhe hierarquicamente inferiores. Na realidade, a Lei do Mais Forte está inserida na Constituição Invisível que rege soberanamente nossas relações sociais. São três artigos que devem ser analisados e bem entendidos pelos cidadãos para não sofrerem as conseqüências de sua desobediência.
Artº 1º: Nas soluções de conflito entre pessoas e grupos prevalecem os interesses do mais forte;
Artº 2º: Os direitos do mais fraco podem ser exercidos desde que não prejudiquem os interesses do mais forte;
Artº 3º: O mais fraco deve tomar rapidamente consciência de sua situação, a fim de evitar conflitos que possam obrigar o mais forte ao uso da violência física ou psicológica no cumprimento do Art.º 1º.
Ao ler esses três artigos da Constituição Invisível de nosso povo, há uma tendência de se estereotipar a sociedade em duas classes: os opressores e os oprimidos; e com isso, perde-se a visão objetiva da realidade, em que os papéis de forte e de fraco se alternam num mesmo indivíduo. É óbvio que certas pessoas, normalmente pertencentes às classes sociais de renda baixa, representam mais freqüentemente o papel de fraco e, as de renda mais alta, o papel de forte. Porém, certos tipos de relacionamento, dentro da mesma classe social e, em muitos casos, no seio da própria família, demonstram, claramente, que a Lei do Mais Forte se aplica a todos os cidadãos, independentemente da classe a que pertencem.
É importante não esquecer que as outras leis e regulamentos são-lhe hierarquicamente inferiores. Por conseguinte, o cidadão comum encara os regulamentos como uma simples proposta de solução de conflitos, e não como regras a serem obedecidas em qualquer hipótese. Elas são respeitadas, portanto, quando convém ao mais forte.
A lei do mais forte ainda persiste, apesar de termos deixado de habitar cavernas. O lucro é o primitivismo latente; é a lei do mais forte do homem civilizado.
Antigamente o mundo era regino pela lei do mais forte, hj em dia ele é regido pela lei do mais inteligente.
"Às vezes, quase sempre" é a lei do mais forte, à justiça dos humanos não há mais fé, e na fé nenhum divino prático.
Só não vê quem não quer
que a lei do mais forte
sempre acaba pesando sobre
quem tem a boa fé de crer
na liberdade de se entregar
de corpo, alma e coração.
Em vez de condenar planos
de poder por covardia,
eles optam em calar vozes
como a do General que foi
preso numa reunião pacífica
e que espera sem êxito até
hoje por liberdade e justiça.
Só não vê quem não quer:
a jogatina geopolítica
jamais reconhecida
que pisoteia toda a gente,
e a roda da vida que vem
se suportando porque
quase nada está evoluindo.
Eles fingem que não
veem tal problemática
porque para eles
anda sendo conveniente,
O quê menos importa
é a dor da tropa
que também é gente.
Eles optam por gosto
com quem é conivente
com a dor famigerada
da espera gota a gota
do diálogo da rodada
em pleno México,
porém se esquecem
que Deus está vendo....
É fácil tomar uma posição, para quem está num país democrático.
Um país onde a lei é mais forte do que os homens que a criam.
Falar abertamente sobre qualquer que seja o assunto, sem que nada lhe aconteça.
Aqui no meu país, basta que digas a verdade.
A verdade tem um preço, e quase sempre é um preço muito caro.
Diga o que quiseres, mas nunca diga a verdade.