A Gente se Ama
RENÚNCIAS
Vida de renúncias
Para o Senhor servir
Desde pequeno renunciando
Sem entender o porvir
Renúncias fazem parte
Da vida da gente
Caminhando assim vamos
Sempre seguindo em frente.
4hs da manhã e eis que me pego presa nesses pensamentos.
O amor e a vida têm suas trapaças. Envolve-nos de uma tal forma e nos engana enquanto enche-nos de esperanças. Aceitamos tudo e as vezes mendigamos coisas que jamais deveríamos aceitar, e isso infelizmente, acontece, sem a nossa razão perceber.
Num instante somos adolescentes apaixonados pela vida e pelo que ela nos proporciona, n'outro somos adultos feridos, cuidando de cicatrizes que insistem em continuar sangrando.
Num instante temos vários pares de mãos, prontos para nos segurar, n'outro tempo a gente cai e temos que aprender a nos levantar sozinhos, porque não há ninguém para nos ajudar.
Cresci achando que eu era uma super heroína, capaz de lidar com qualquer monstro (interno ou externo) que aparecesse em meu caminho. Mas fui traída pela minha própria imaginação. Me dei conta que eu não era essa super heroína que imaginava ser. Que sou tão pequena e frágil a ponto de caber em qualquer abraço alheio.
A gente percebe que a inocência que existe em nossos corações podem desaparecer em questões de segundos. Somos tão frágeis, quebráveis e vulneráveis.
E a vida e o amor vêm e nos dá uma rasteira. E a gente desmorona. E precisamos reacender e criar uma força interna para nos transformar no super herói que costumávamos ser.
Precisamos ser fortes, inquebráveis e intocáveis. Vestir a armadura para ser muralha.
Mas ser muralha é pesado demais.
E então, às vezes, a gente desaba.
Gosto de gente que coloca os pés no chão sem pensar, que sabe o gosto de lamber os dedos, que conhece cada canto de um lugar especial, gente que não se mete, gente que se entende, gente que ajuda e gente que procura. Gente que não tem medo de opinião, e gente que encara o que vier pelo chão, gente que luta e bate de frente. Gente que se impõe, gente que ama animal, gente que também ama quem precisa da gente. Gente que erra e aprende.
Gente de todos os tipos ,de etnias e crenças. Gente que quer o melhor e luta por isso, gente que chora, que ri, e que é. Gosto de gente transparente.
Resume-se dito gente que é ser humano!
Gosto de pessoas que vivem em um mundo só seu...
Aquelas que são enigmáticas por natureza, as pessoas andam cada vez mais.
Tão parecidas é comuns e de tão previsíveis chegam a ser desinteressantes.
Ei moço, mais uma vez, perdão pelas palavras proferidas. Não desejo mais brigar, ainda mais por bobagens que não tem nada a acrescentar.
É que às vezes é tão difícil deixar esse meu lado rude. É difícil deixar de lado toda essa paranoia. Você me entende? Mas por você eu sei que vale a pena.
Vem cá e me abraça forte. Não me solte. Gruda em mim e deixe tudo passar lá fora.
O que importa é a gente. É termos um ao outro. É o presente.
A humildade não te procura.
Humildade se "costura".
Humildade não tromba de frente;
Humildade é pra quem procura ser gente.
É preciso ser realista e aceitar, que nem tudo que se dá, se recebe, afinal independente de qualquer coisa, a gente só recebe aquilo que decidem que a gente merece..."
COTIDIANO URBANO
Uma mulher elegante rasga a multidão de transeuntes a passos largos com seu salto agulha.
A tranquilidade do velhinho sentado no banco da praça incomoda alguns com sua conversa fiada e afiada.
O vendedor com voz de locutor grita na porta da loja as promoções do dia.
Uma criança sardenta chora por um picolé de chocolate do Bené, e a mãe impaciente grita com o filho: - picolé no frio não pode senão inflama a garganta.
Do outro lado da rua vendedoras bem maquiadas trocam ideias animadas na porta da loja deserta.
O barbudo ambulante vende goiabas e peras gigantes na esquina jurando que as frutas são orgânicas.
Ao seu lado um homem grisalho oferece produtos importados com o slogan “bom e barato”.
As adolescentes mal saídas das fraldas comentam animadas no ponto de ônibus sobre a beleza do funcionário da padaria.
Um rapaz “vida loka” compartilha seu funk “bombadão” com todos pelo celular barulhento enquanto observa as “novinha” passarem com seus micro shorts.
Entremeio os carros ziguezagueia um ciclista aventureiro (ou inconsequente) pendurado numa roda só.
Uma senhora de idade avançada para na faixa de pedestre, tenta atravessar a rua sem sucesso, pois os motoristas a ignoram.
Já a mulher marombeira atravessa facilmente fora da faixa, pois para o trânsito com sua roupa de academia dois números a menos, destacando suas curvas, celulites e culotes.
Uma moça em seu vestido esvoaçante atravessa a rua falando ao celular, quase é atropelada, é buzinada e nem percebe.
Já sua amiga distraída segue no mesmo caminho colocando em perigo a vida do seu poodle encardido.
E a senhora de idade ainda esta lá tentando atravessar na faixa de pedestre sem sucesso.
Um jovem oriental com camiseta de super-homem ajuda o deficiente físico com suas sacolas até o ponto do ônibus.
Aqui uma estátua viva finge-se de morta para sobreviver.
Acolá artistas de rua também se esforçam para agradar e esmolar uns trocados.
Meninos e meninas saem animados da escola, tagarelas, brincalhões com uniformes surrados e imundos depois de uma tarde de aprendizado diverso.
Um homem calvo fala ao celular, gesticula, anda pra lá e pra cá, esbraveja como se quisesse que a pessoa se materializasse na sua frente para que pudesse apertar o pescoço do infeliz.
Pessoas se acotovelam, se empurram e se espremem para entrar no coletivo lotado “soltando elogios” para todos os lados, lei do mais forte, do mais esperto ou do menos educado?
É o cotidiano urbano.
Vida que vai e vem, vem e vai.
Pulsante desafio diário, sofrível, recompensador, aprendizado.
Olhe à sua volta...
Qual o sentido da vida quando se vive uma vida de gado confinado?
Pensou na mesmice desse mosaico vivo?
E o mendigo indigente a tudo observa em silêncio tragando sua bituca de cigarro.
Rosto cadavérico, raquítico, cabelo encruado, mãos calejadas, homem vivido.
Ele é como uma sombra que quase ninguém vê, o qual a maioria prefere apenas desviar o olhar e o corpo para nele não roçar.
Ele observava a tudo e esboçava um sorriso de canto de boca por não entender a natureza humana, tanta aflição, agitação, tanta correria pra que.
Ele vive como “Carpe Diem”. Aproveita ao máximo o agora, vive dia a dia, só se preocupa com o que matar a sua fome e matar o vício antes que morra.
Sentado no chão em meio à multidão, aspira a fumaça dos veículos, a poeira dos calçados frenéticos, o odor alheio, em silêncio.
Ouvem-se as portas dos estabelecimentos baixando causando um frenesi imediato.
Ansiedade latente, a agitação toma conta do ambiente, pressa pra voltar pra casa ou ir seja lá pra onde for.
De repente a rua se esvazia de gente.
Restam carros transitando e lixo parado nos cantos da rua.
Mais um trago no cigarro, mais um gole de cachaça, mais um papelão para passar mais uma noite.
E amanhã recomeçar novamente a vida de gado de cada dia, de cada um, de quase todos nós...
GOSTO DE GENTE!
Gosto de gente com brilho nos olhos, que incendeiam os outros com a chama do fogo da paixão, o que é próprio das pessoas que escolheram fazer o que gostam...
Gosto de gente que não recua, frente ao desafio de modificar o que precisa ser modificado. Essas pessoas sabem que a força e o sucesso da transformação está em saber que o primeiro e o mais importante passo é modificar a si próprio...
Gosto de gente que se emociona com o singelo da vida. Esses são diferenciados, pois nunca perdem a oportunidade de enxergar o óbvio e desfrutar da beleza, nem sempre aparente das coisas simples...
Gosto de gente que planta, de gente que colhe e de quem sabe plantar para colher. Esses têm a iniciativa dos empreendedores...
Gosto de gente, que resiste às tentações do ilícito e do mal e repudia todas as suas outras formas de manifestação. Esses podem ter convivido uma vida inteira na pobreza, mas nunca conhecerão a sua pior forma de expressão: a pobreza de espírito...
Admiro muito os que sabem reconhecer e compartilhar o crédito com o autor da obra! Gente assim tem uma maneira a mais de se realizar e crescer pelo sucesso do outro...
Gosto daquele que tem o hábito de agradecer. Essa prática combina gratidão e humildade, dois ingredientes imprescindíveis para a manutenção do sucesso...
Gosto de gente perseverante, pois, sem dúvida, a tenacidade é a forma mais certa de superação....
Admiro as pessoas que brilham como as estrelas. Mas aprendi gostar e apreciar o brilho maior, muitas vezes invisível dos “produtores de estrelas”...
Gosto de gente que repudia o preconceito em todas as suas formas de manifestação. Esses sabem o valor da inclusão e da importância de conviver com a diversidade.
Gosto de gente que engravida além do biológico. Esse ser, masculino ou feminino, gera a vida por solidariedade e dá abrigo ao próximo. Pessoas assim, com certeza, têm um órgão a mais que os outros: um útero no coração...
Gosto de estar perto de gente jovem de qualquer idade. Pessoas que aumentam suas idades cronológicas, mas não envelhecem. Pessoas com essa característica jamais criarão rugas na alma...
Gosto de gente que sabe que o crescimento, como pessoa, vem da capacidade de tolerar o intolerável, de conviver com o que parece impossível de conviver e muito, mas muito acima, perdoar o que todos imaginam imperdoável...
Gosto de gente que faz da atitude do presente, a grande construtora do futuro. Estes terão sempre suas histórias conspirando a favor...
E, desconfio, que é de gente assim que Deus também gosta...
Tenho nojo de alguns seres humanos, que só abrem a boca pra criticar o próximo, falar mal e inventar coisas.
Pra mim isso é coisa de gente mal amada
Que tenta diminuir os outros pra aumentar seu Ego.
Gente vazia,onde a hipocrisia faz morada. O que ganham com isso? Deve aumentar sua auto estima? Só pode!
Bando de gente medíocre e pobre de espírito!