A Genealogia da Moral
Entendo que quem quer o bem não se preocupa com o que o outro quer ouvir e, sim, se preocupa com o que deve ser dito.
Quem tem um dever moral para com o outro toma partido do que é certo e não teme pela indisposição.
O limite temporal da vida, seja ela curta e, ou, longa, não deve inibir o indivíduo.
Antes pelo contrário, contribuir para deixar o Mundo melhor do que encontrou é o dever moral e a missão do homem.
Cícero falava em 'cultura animi' (cultura da alma), e Horácio dava ao termo a acepção de enobrecimento moral.
Hoje em dia, 'cultura' significa a auto-badalação, o desejo de poder e a fome de dinheiro do 'beautiful people'.
Ficar em cima do muro significa não estar do lado de um e nem de outro, mas ao mesmo tempo estar do lado dos dois.
É não opinar para não perder a afinidade moral, a capacidade de se impor diante de um dos lados.
Mesmo que tenha convicção prefere afastar-se por temer perdas sentimentais e até materiais; ou seja, é hipócrita e covarde de merda.
Começar o dia lendo as notícias é um ótimo execício, assim lembra-te da decepção que é este mundo. Percebe-se a decadência moral e social, e como não vale a pena fazer grandes investimentos.
Duas fidelidades podem se tornar uma confiança. Porém uma das duas pode ruir diante de algo mais atraente quando o seu possessor tem inclinação a fraqueza moral.
A arte tem por si o poder de transformação por novas maneiras de ver e de fazer mas nunca qualquer criação tem o menor direito natural, ético e moral para advir em obra pela destruição e da transfiguração de qualquer conceito, pensamento, cultura, religião e semântica pré existente. Cabe na arte a observância frequente constitutiva da livre expressão de todo artista desde que não e nunca ultrapasse o limite do direito natural do outro, de quem for e do que quer que seja.
Desprezar os ideais de um homem inteligente, nos parece pouco racional, porém se o seu caráter for duvidoso, será repelência natural.
Porque o homem aqui plantado, pode e deve ser avaliado, pelo intelecto moral.
Na minha vida íntima, não desandei caminho para desvalorar regras de comportamento social, mas, por Deus, muitos de meus detratores, em sentido largo, revoltam-me o estômago pelo odor moral com que se perfumam.
Já perceberam como o mundo ao nosso redor tenta nos doutrinar a todo momento?
Não nos deixam criar algo novo, tentar e assumir uma nova alternativa.
Sempre terá alguém que saberá a melhor forma (e o jeito "certo") de amarrar um tênis, de fazer um bolo, de tocar um instrumento, de sentir amor, de se relacionar com a política e socidade, de se conectar a Deus.
Com isso, bloqueiam nossa energia criativa, nossa expressão autêntica, nosso poder intuitivo de seguir o nosso verdadeiro caminho.
Querem que nos tornemos uma reprodução do que já existe, querem dominar nossas ideias e ideais com seus próprios, que por sinal, já foram dominados por outras pessoas num ciclo interminável de amarras e limites.
Reconheça e ultrapasse as fronteiras de si mesmo. Busque ousar, criar, brincar na tentativa e erro que se encontra no desbravamento.
Também lembre-se de se alinhar à sua intuição, que lhe permite sentir o calor do fogo antes mesmo de ter que tocá-lo para saber que sua essência é queimar.
Desdoutrine-se,
seja uno,
ache uma forma mais interessante de dizer Bom Dia.
Seja você.