33 anos
Curiosa, minha filha Júlia de três anos, perguntou-me com ares de segredo: "Pai; o que é uma surra?". Gaguejei. Baixei a voz e quis saber onde ouvira a palavra. Ouvira de um coleguinha na escola em que a mãe trabalha, que dissera ter levado uma. Pelo tom da voz, a Júlia sabia que não era boa coisa, e certamente o coleguinha surrado não fez boa expressão, ao dar a notícia.
Não tive coragem de dizer. Talvez devesse, não sei o que diriam os "educocratas", mas não tive. Convergi nossa conversa para coisas mais produtivas. É claro que ela saberá logo o que é uma surra, não graças a mim, mas acho que posso adiar um pouco. E na verdade, fico feliz por ter uma filha que vive num mundo (o de nossa casa) que ainda não registrou a palavra em seu glossário.
PETER PAN
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um menino passado a lutar contra os anos,
uma vida enguiçada em balneário impróprio,
sob as perdas e os danos que o tempo confirma
sem acesso aos apelos do mundo irreal...
A criança que teima num corpo de adulto
é um vulto esquecido numa solitária;
um assombro que brinca de brincar de fato;
um retrato que pensa que pensa e que vive...
Tenho dó do menino que jamais cresceu,
distorceu a passagem do tempo na pele
sobre a gasta estrutura de puro tamanho...
Perguntar não constrange, se faço ao meu fundo;
em que rua do mundo acabou a saída;
a que horas da vida ele vai acordar...
NATAL SECRETO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Anos e anos de procura, e não encontrei a versão do meu natal no meio das cores fartas e sintéticas que saturam as ruas da cidade. Nem mesmo nas cartas de crédito e consumo que chegam à caixa de correspondências de minha casa e me chamam pras lojas enfeitadas por itens e gentes. Ou só por itens, porque afinal, pessoas também são itens no brilho superficial dos shoppings que se enchem de afetos para todos os gostos e poderes aquisitivos.
O natal com que sonho desde criança, e que não casava com os sonhos de outras crianças, nunca veio ao meu encontro. Talvez porque não exista, e porque os sonhos de meninos e adultos alienígenas não podem mesmo se realizar, para que o mundo não seja desarrumado. Jamais me achei, nem ao meu natal disforme, sob as ondas da paz comercial desse amor que se apresenta nos moldes emergenciais da velha data instituída.
Com o tempo, precisei adequar meu egoísmo à normalidade cívica e dogmática do natal que polui os olhos e dentro em pouco poluirá lixeiras, esquinas, encruzilhadas e guetos. Quando a minha esquisitice lamber os restos de abraços, discursos e sorrisos, meus olhos verão pessoas ainda mais esquisitas e carentes revirarem o lixo em busca dos restos gastronômicos do natal. Para essas pessoas, afetos de fim de ano são presentes de outro mundo.
AMIZADE PLATÔNICA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Foram anos de olhares tão só meus,
de carinho isolado, sem resposta,
uma cumplicidade no vazio
de quem gosta e não gosta; só se deixa...
Fui amigo platônico, distante,
mesmo próximo, pleno de presença;
tive afetos restantes dos descuidos
ou de surtos da tua solidão...
Sob as perdas, os danos que sofri,
rabisquei as versões de realidade
que não vi, mas vivi de não viver...
Minha mente seguiu meu coração
sob o vão das imagens afetivas,
e teus nãos me nutriram de silêncios...
O AMOR E O TEMPO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Apesar dos desgastes ou ações dos anos,
das verdades maiores do que todo encanto,
desse quanto se foi do que fomos um dia,
quero nosso destino sob os nossos pés...
É com todas as perdas e os danos da vida,
os desvios do mundo, as ilusões frustradas,
que me sinto sem chão ao me pensar sem ti;
perco minhas estradas e caio de mim...
Um amor todo entregue às erosões e o limo,
sem o mimo dos dias mais frescos do amor
nem aquele desejo incontido no corpo...
Mas escavo as vivências e nos recupero,
quando menos espero dos fósseis do tempo
entre os quais não deixamos de pulsar por nós...
A FORÇA DA FARSA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Foram anos e anos do que jamais foi
para quem desenhei na quimera tão minha,
tão acima do quanto poderia ser
a não ser pra quem perde a noção e o bom senso...
Foi assim que te amei numa espera infinita,
fiz de conta e me fiz acreditar no conto,
fiquei pronto pra quando chegasse o momento
esperado por nós; na verdade, por mim...
Você foi essa força que tirei da farsa,
uma praça de sonhos que plantei sozinho
pra perder o meu tempo e não me ver passar...
Fui a sua certeza de alguém por aí,
caso fosse preciso ancorar em um cais;
nada mais do que algo pra ser menos um...
CONSTATAÇÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Durante muitos anos, ela o aceitou exatamente como ele dizia ou confessava ser, sem qualquer disfarce ou rodeio. Só passou a rejeitá-lo, com todas as forças do seu íntimo, quando constatou que, de fato, ele era exatamente como dizia ou confessava ser.
URGENTE!
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Lá se vão os primeiros anos da morte de minha mãe, mas parece que foi ontem. A dor ainda é fresca. Não é patológica, sei que a vida segue, sabemos todos, mas trata-se uma realidade que ainda não foi totalmente absorvida pela saudade persistente.
Saudade com toque de remorso, por eu ter sido um filho ausente por muitos anos, e na mesma leva, um irmão frio e distante, o que magoava também meus irmãos, mas entristecia especialmente a minha mãe. Ainda bem que tive tempo de nos últimos poucos anos de sua vida, reatar os laços de cumplicidade com ela e lhe dar a grande alegria de me ver bem próximo de meus irmãos, dos quais não sei como consegui viver tão desligado desde cedo. Hoje sei exatamente a dimensão do meu amor por eles, e não consigo mais ficar longe ou ausente por muito tempo. Tenho irmãos especiais, a tal ponto que discordo veementemente da máxima bíblica de que há amigos mais chegados que um irmão, mesmo considerando que tenho alguns amigos também especiais; que amo sinceramente.
Voltando à minha mãe, o que me consola é saber que ela pôde assistir ao processo lento e gradativo pelo qual me tornei uma pessoa menos pior, tanto para ela quanto para os que ficaram. Minha mãe me achava o máximo, em seu amor extremado e sua simplicidade bem própria de mãe atemporal. Ou do tempo das mães ensandecidas pelos filhos. Nos últimos tempos, tínhamos conversas muito longas e secretas, sobre tudo, e até hoje não sei como ela podia gostar tanto de conversar comigo.
Cada filho de nossa Maria tinha virtudes distintas e acima das de todos os filhos de outras mães, em sua opinião. Para ela, nenhum dos rebentos estava em um patamar abaixo do outro. Nenhum merecia menos a sua admiração; o seu desprendimento e atenção infalíveis. E eram nove filhos e um neto criado como tal. Dez filhos, todos merecedores do seu melhor, na mesma proporção.
Sem mais delongas, estas considerações que já se alongaram são a minha proposta de reflexão aos filhos de todas as mães e todos os pais. Se eles merecem o seu amor, ame-os urgentemente! Com gestos, atitudes e palavras! Sim, palavras também! Evidentemente, os atos falam mais alto, mas as palavras, quando correspondem a sentimentos sinceros, têm magia. Dão ânimo novo e vida extra para quem nos ama. E no caso de mães e pais que amam os filhos, os gestos ficam até em segundo plano, porque eles bebem nossas palavras de amor sincero como se fossem rios de água revigorante.
Não custa nada um "eu te amo", entre outras frases carinhosas extraídas do fundo do coração; de preferência, sempre seguidas de um leve beijo; de um afago sutil; de um abraço aconchegante. Pensemos nisto, eivados do simbolismo deste dia escolhido como de finados.
SÓ UM CONTO QUASE DE AMOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Durante anos e anos, em todos os reencontros ocasionados sempre por ele, depois de longos afastamentos, ela dizia que o amava. Com todas as forças do seu ser. Toda sua verdade. Parecia mesmo que ela o amava, pela comoção demonstrada; os abraços desmedidos; a multiplicação das mãos; os beijos que não escolhiam quais partes do corpo.
Eles eram amigos íntimos; muito íntimos. Deitavam juntos inteiramente nus; se acariciavam sem fazer sexo; frequentavam campos, recantos e cachoeiras desertas, onde mais pareciam no jardim do Éden. Trocavam juras de amizade perpétua, sempre assim: sem permitirem que um romance pusesse tudo a perder. Que as nominatas e os arremates físicos os tornassem proibidos, porque ambos já tinham em separado, perante a sociedade, nominatas formais incompatíveis com quaisquer outras.
Um dia, ela não reconheceu sua voz numa ligação telefônica. E quando ele se anunciou, disse que lá não havia ninguém com aquele nome; portanto, era engano. Certo de que o engano era seu, e de muitos anos, o velho amigo desligou o aparelho e seguiu sem fazer queixumes.
Bem vivido, com uma larga experiência de mundo e formado em seres humanos pela escola do tempo, aquele homem sobreviveu ao baque. Não a culpou e compreendeu que a grande amiga se rendera finalmente às nominatas, mesmo sem os arremates. Fora convertida pela sociedade sempre correta, imaculada, religiosa e defensora de nomes.
SOLIDÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sempre achei que o silêncio dos anos a fio
calaria este grito que já calo em mim;
este frio na espinha, esta chama na pele
que não sei abafar quando encontro teus olhos...
Presumi que teria os favores do tempo,
dos empenhos do mundo ao abrir horizontes,
ao expor tantas pontes pra todas as margens
de verdades mais fortes do que meu segredo...
Tantos anos e o sonho de ao menos um dia
reservar um instante para ser só nosso
e fazer a magia tomar corpo em nós...
O que sonho é bem pouco, somente o rascunho
do cenário e da cena que desenho a esmo
com o punho cansado desta solidão...
VOLTANDO A CHORAR
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Passei muitos anos sem chorar. Sem verter uma lágrima; fosse de alegria, tristeza, dor. Era um ser humano impassível por fora. Cheio de sentimentos; ressentimentos; emoções contraditórias; porém, sem pranto.
Quando minha mãe morreu, a maior dor que já senti foi também minha cura. Rachaduras imensas se abriram dentro de mim, para que o Velho Chico acumulado em minh´alma entornasse todo. Fiquei surpreso comigo, ao recuperar a capacidade perdida. Sabia que não me tornara desumano, mas criara uma casca bruta, grossa e destruidora para o meu ser, que definhava dentro do corpo.
Naquele momento, eu chorava copiosamente pela mãe que tanto fiz chorar quando saí de casa. Quando fui conhecer o mundo e a fiz andar por longo tempo em meu encalço, numa luta insana para me acompanhar sem ser percebida. Para saber com quem eu andava. Quem me acolhia e dava guarida. Sobretudo, para não me perder de vista e ao mesmo tempo não negligenciar meus oito irmãos.
Chorar a morte de minha mãe foi reencontrar minha humanidade. Fazer voltar ao âmago meu eu perdido. Esquecido entre os escombros da primeira infância triste, reprimida e de violência paterna, que depois virou abandono paterno e obrigou a todos nós – meus irmãos, nossa mãe e eu – lutar com unhas e dentes contra um mundo que não nos deu moleza. Uma vida que nos testou muito além dos limites.
Mas vencemos. Foram muitos anos, e muita gente pensou que não sobreviveríamos, mas vencemos.
E a minha mãe – nossa mãe Maria de nove santos demônios revoltados por todos aqueles anos de muitas privações e quase nenhuma esperança – nunca esmoreceu. Nós os filhos, muitas vezes esmorecemos; porém ela juntou filhos, mundo e vida, carregou a todos nas costas, no colo e no coração, sempre que os nossos passos cederam ao peso de uma realidade que fechava todos os horizontes.
Depois que minha mãe morreu virei manteiga derretida. Não por coisas grandiosas nem emoções criadas para fazer chorar, mas por sutilezas. Delicadezas entranhadas nas brutalidades do mundo e percebidas por mim, que aprendi a percebê-las. Vira e mexe um acontecimento sutil, de significado ou ressignificado discreto me arranca lágrimas também discretas, e às vezes, até nem tão discretas.
Mesmo na hora da morte, minha mãe fez algo tamanho por mim. Ela me curou de não chorar. Devolveu minha percepção emocional. Fez-me rever a vida pelo prisma da simplicidade, o valor do afeto, a beleza em nuances e o quanto precisamos uns dos outros, quer sejamos família, familiares, amigos, colegas, vizinhos e até conhecidos de nos cruzarmos nas ruas em direção à padaria.
Só tive, pela vida inteira, motivos para ser grato à nossa mãe. E à vida, com todas as pedras no caminho, por todos nós, os nove, sermos cheios de graça, porque somos filhos de Maria... de Maria do Mundo.
TÉCNICAS DE LUTA EMOCIONAL
Demétrio Sena - Magé
Descobri há poucos anos, que sou capaz de suportar pelo menos uma hora dos insultos de uma pessoa. E por escrito, pelo menos umas quatro laudas de bombardeio. Isso vai depender da minha leitura do grau de carência, desequilíbrio emocional, fragilidade ou, em última instância, do grau de periculosidade que tal pessoa demonstre.
A periculosidade que meço nunca está na força física, no poder socioeconômico nem na "brabeza" do indivíduo. Está na sua fragilidade assim confessada, involuntariamente, pela carência e o desequilíbrio. Alguém assim representa um perigo para si mesmo e, em decorrência, para nós. Imagine uma criatura enfartar porque você a deixou ainda mais estressada. Ou você agredir fisicamente alguém mais frágil, que não está cabendo em si... a tal ponto que já nem é responsável pelos próprios atos. Os exemplos variam e se diversificam. Deixo a cargo de sua imaginação.
Depois de mais ou menos uma hora ou quatro laudas, minha valentia é me retirar. Se logo após isso, precisar me defender física, policial ou judicialmente, serei sempre técnico, pela questão que faço de saber o quanto fiz para que ninguém chegasse às vias de fato comigo. Quem quiser arrumar um problema sério para mim, terá que recorrer à calúnia... Sem provas.
PRA REVIVER
Demétrio Sena - Magé
Desta vez entendi que o que sinto é tão só;
tantos anos perdida no seu faz de conta,
que minha'lma ficou embevecida e tonta
por um laço que a mágoa transformou em nó...
De repente o castelo ao vento se desmonta,
como todos os sonhos se tornaram pó;
minha voz perde as notas, o que tenho é dó,
mas nem é musical; a música me afronta...
Sairei desta sombra, porque sempre o fiz;
tantos tombos na vida me deram destreza
pra seguir outra vez e tentar ser feliz...
Entre todos os meios de chegar ao fim,
decidi que não vou me render à tristeza
por alguém que brincava de gostar de mim...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Muitos dos alunos que chegam nos anos finais do ensino fundamental com um nível abaixo do esperado, são frutos de um processo de ensino e aprendizagem excludente que prioriza os alunos que apresentam resultados positivos nas avaliações.
Os Próximos Capítulos
Léo tinha apenas oito anos quando se mudou para um bairro no interior da cidade. Lá, conheceu uma garota que, sem saber, se tornaria sua grande paixão. A mãe dela era afiliada da mãe dele, o que fazia com que estivessem sempre próximos. Cresceram juntos, compartilhando brincadeiras, risadas e histórias, mas para ela, Léo sempre foi apenas um amigo. Já para ele, cada momento ao seu lado era especial.
Os anos passaram, e ela começou a namorar um amigo próximo de Léo. Ele nunca interferiu, apenas observou de longe, guardando seus sentimentos em silêncio. Seu amor não era correspondido, e ele aprendeu a aceitar isso. A vida seguiu seu curso, e cada um tomou seu próprio caminho.
Na idade adulta, os dois acabaram se afastando. Léo seguiu sua trajetória, enquanto ela se casou e formou uma família. Por muito tempo, ele apenas a acompanhou de longe, sabendo que ela estava feliz. Até que, um dia, o destino os colocou frente a frente novamente.
O reencontro foi casual. Uma conversa despretensiosa, sorrisos tímidos e lembranças de um tempo que parecia distante. Mas Léo percebeu algo diferente nela. O brilho em seus olhos já não era o mesmo. Não que ela estivesse infeliz, mas havia uma sombra de incerteza em suas palavras.
Com o passar dos dias, trocaram mais mensagens, conversaram mais vezes. Ela confidenciou que seu casamento passava por um momento difícil, cheio de dúvidas e desgastes. Léo ouviu atentamente, como sempre fazia. Não havia segundas intenções, apenas a vontade genuína de estar presente para ela, como sempre esteve.
Em uma noite qualquer, ele a convidou para sair. Não como um encontro, mas como uma oportunidade de relembrar os velhos tempos, de resgatar um pouco da leveza que a vida adulta havia tirado. Para sua surpresa, ela aceitou.
Foram a um lugar tranquilo, conversaram sobre tudo e sobre nada, riram como há muito tempo não riam. Léo não nutria esperanças. Ele sabia que seu amor sempre fora unilateral, mas aquilo não importava. Estar ao lado dela, mesmo que apenas como um amigo, era suficiente.
Enquanto a noite avançava, ele se pegou pensando no que o futuro reservava. Não esperava que ela o olhasse de outra forma, nem que os sentimentos dela mudassem de repente. Mas, pela primeira vez em anos, a vida os havia colocado novamente no mesmo caminho. E, ainda que seu amor continuasse sendo apenas dele, Léo sentiu que talvez os próximos capítulos dessa história ainda estivessem por vir, de uma forma que ele jamais poderia prever.
Esquecer os cômodos vividos por uma semana em anos de histórias, não te dá o direito para barganhar ausência por distância.
Quando a pessoa aprende a conhecê-lo a si mesmo os anos passam a passos suaves, porque a pressa né necessário.
Como será alguns anos adiante, teremos poesias, casais apaixonados, o respeito no lar, o caráter moral a fé vão continuar aqui.
Na vida tudo é passagem, a vida segue o amor acaba os anos envelhecem o tempo não para a neve derrete o novo é velho.
Alma nua vá repousar um pouco. Amanhã tu vai levantar jovem, nem os anos que carrega é capaz de amordaçar a criança que há em ti.
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