Zen Budismo
"Veja o falso como falso, o verdadeiro como verdadeiro. Olhe para o seu coração. Siga a sua natureza."
Nem o fogo nem o vento, o nascimento ou a morte, pode apagar nossas boas ações.
Não há nada mais terrível do que o hábito da dúvida. Dúvida separa as pessoas. É um veneno que desintegra amizades e rompe relações agradáveis. É um espinho que irrita e dói, é uma espada que mata.
Milhares de velas podem ser acesas a partir de uma única vela e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.
O eu, porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um eu que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real. Pensamos, Eu sou esta forma, levantando a mão. Pensamos, Eu tenho forma; este é o meu corpo. Pensamos, a forma sou eu; eu sou alto. Pensamos , Eu habito esta forma, apontando para o peito. Fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções… Sidarta, porém, deu-se conta de que não existe, em lugar nenhum, uma entidade independente que corresponda ao conceito de eu, dentro do corpo ou fora dele. Como a ilusão de ótica do círculo de fogo, o eu é ilusório. Ele é uma falácia – fundamentalmente um erro e, em última análise, inexistente. No entanto, do mesmo modo que podemos nos iludir com o aro de fogo, todos nós nos iludimos ao imaginar que somos o eu. Quando olhamos para o nosso corpo, sentimentos, percepções, ações e consciência, vemos que são diferentes componentes do que pensamos ser o nosso “eu”, mas, se formos examinar esses componentes, verificaremos que o “eu” não reside em nenhum deles.
Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acredite em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta.
O sentimento de raiva deve ser evitado como se fosse fogo, pois ele é perturbador e devemos mudar nossa mente, nosso modo de falar e pensar a fim de evitá-lo.
Quando se fala e age com pensamentos puros, a felicidade nos acompanha como se fosse uma sombra, jamais nos deixa!
- O que é que vocês acham? Estas poucas folhas serão as mais numerosas ou todas as folhas de todas as árvores do bosque? - Pouco numerosas as folhas que o Senhor tem na mão; muito mais numerosas são todas as folhas de todas as árvores do bosque. - Da mesma forma , ó monges, muita coisa é aquilo que aprendi, pouco, muito pouco é o que ensinei. No entanto, não fiz como fazem os mestres que fecham o punho e guardam ciosamente os seus segredos. Pois eu lhes ensinei tudo o que lhes era de utilidade, eu lhes ensinei as quatro verdades. Nada lhes ensinei porém que não fosse útil.
Fáceis de serem vistos são os defeitos dos outros, difíceis mesmo de ver são os nossos. Os defeitos dos outros são revelados como no ato de separar a casca do grão. Mas os seus próprios defeitos você esconde como o trapaceiro esconde a jogada perdida.
Seja o seu próprio protetor, seja o seu próprio refúgio. Assim controle a si mesmo tal como um mercador a sua preciosa montaria.
Não imagino uma única coisa que, quando desprotegida, cause um dano tão grande quanto a mente. A mente, quando desprotegida, causa grandes danos.
Todas as ações são comandadas pela mente. A mente é o senhor delas, a mente é quem as fabrica.
Onde houver uma imagem, haverá uma ilusão.
Os sábios, sempre meditativos e firmemente perseverantes, experimentam sozinhos o Nibbāna, a incomparável liberdade da escravidão.
"...Na família, as mentes fazem contrato entre si. Se existe amor entre elas o lar vai ser lindo como um jardim. Mas e não houver harmonia entre elas é como uma tempestade que destrói o jardim...!"
No contexto do sutra do coração, entendemos o nirvana como a natureza absoluta da mente no estágio em que ela se tornou totalmente limpa de todas as aflições mentais.
É pelo fato de a mente ser inteiramente pura que se diz que tem a natureza do buda.
A vacuidade da mente é entendida como a base do nirvana, seu nirvana natural.
A base do nirvana é a experiência do estado fundamental da mente como uma presença estável.