Zen Budismo
O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.
A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.
Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima.
Não há nada de errado em sentirmos raiva, tristeza, paixão, inveja... É humano. Só não devemos deixar que as emoções nos dominem e nos impeçam de fazer aquilo que estamos fazendo.
Que eu me torne em todos os momentos, agora e para sempre,
Um protetor para os sem proteção,
Um guia para aqueles que perderam o seu caminho,
Um navio para os que têm oceanos a cruzar,
Uma ponte para aqueles com rios para atravessar,
Um santuário para aqueles em perigo,
Uma lâmpada para aqueles sem luz,
Um lugar de refúgio para aqueles que não têm abrigo,
E um servo para todos que precisam.
Diz o budismo, muito sabiamente: mantenha-se no presente. Passado é para os depressivos e futuro é para os ansiosos. Sábias palavras, talvez nosso maior desafio.
PROVÉRBIOS E DITADOS POPULARES BUDISTAS
“Nunca se extingue o ódio com o ódio. O ódio só se extingue com o amor; esta é a lei eterna.”
“O ódio é a erva daninha da humanidade.”
“Pela meditação se ganha a sabedoria; pela falta de meditação se perde a sabedoria. Se o homem conhece este duplo caminho de ganho e perda, coloque-se naquele em que a sabedoria aumenta.”
“A prática da tolerância ajuda-nos a controlar a mente temerosa e irada.”
“Quando a alegria se torna tristeza e o bem-estar infortúnio, as almas pacientes extrairão prazer mesmo da dor.”
“Em qualquer circunstância, o sábio não emprega palavras fúteis, nem se deixa levar pelo desejo; a dor e a alegria não o alteram.”
“A melhor oração é a paciência.”
“Os que não se impacientam colherão os frutos daquilo a que de coração aspiram.”
“Quem não vigia nem é vigiado, vive feliz, liberto do jugo da concupiscência.”
“Os que temem o que não se deve temer e não temem o que se deve temer, envolvem-se em falsas ideias e enveredam por esconsos caminhos.”
“Pela reflexão, comedimento, auto-domínio, os sensatos podem tornar-se uma ilha que nenhum dilúvio poderá inundar.”
“Quem se entrega à vaidade e não se entrega à meditação, com o tempo invejará aquele que se esforçou na meditação.”
“A causa do sofrimento humano encontra-se, sem dúvida, nos desejos do corpo físico e nas ilusões das paixões mundanas.”
“Em qualquer circunstância, o sábio não emprega palavras fúteis, nem se deixa levar pelo desejo; a dor e a alegria não o alteram.”
“Nada mesquinho ou confinado se pode deter sempre no coração que sente ilimitada piedade por todas as coisas vivas.”
Inspiro, expiro
Profunda, lenta
Calma, à vontade
Sorriso, alívio
Momento presente, momento maravilhoso
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz
de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.
Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade,
e o jovem começou a insultar o velho mestre.
Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo,
mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado,
o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações os alunos perguntaram:
Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?
Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente? - perguntou o Samurai.
A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo
a quem os carregava consigo.
"A sua paz interior, depende exclusivamente de você.
As pessoas só podem lhe tirar a calma, se você permitir."
A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência:
o budismo não promete, mas assegura.
O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.
O budismo ensina que a alegria e a felicidade surgem do desapego. Por favor, sente-se e faça um inventário da sua vida. Há coisas em que você está se apoiando que realmente não são úteis e privam você de sua liberdade. Encontre a coragem para deixá-las ir.
As sete verdades do bambu
Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui!
Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e…
…este bambu tão fraco continua de pé ? Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.
A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.
Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.
Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é : ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.
Preceitos
1. Aceite tudo como é.
2. Não procure o prazer físico para seu próprio partido.
3. Em nenhuma circunstância, dependa de um sentimento parcial.
4. Considere a si mesmo com leveza; considere o mundo com profundidade.
5. Durante a sua vida, evite o desejo, até o próprio desejo de nada desejar.
6. Não lamente o que fez.
7. Não tenha inveja.
8. Não se deixe entristecer por uma separação.
9. Ressentimento e reclamação são inadequados tanto para si como para os outros.
10. Não se deixe guiar pelos sentimentos de luxúria ou amor.
11. Em todas as coisas, não tenha preferências.
12. Seja indiferente ao local onde reside.
13. Não persiga o gosto da boa comida.
14. Não carregue bens que já não necessita.
15. Não aja de acordo com as crenças habituais.
16. Não colecione ou pratique com armas para além do necessário.
17. Não tenha receio da morte.
18. Não tenha a intenção de possuir objetos ou um feudo na velhice.
19. Respeite Buda e os deuses sem contar com o seu auxílio.
20. Ainda que abandone sua vida, preserve a sua honra.
21. Nunca se afaste do Caminho.
Você não sofre porque as coisas são impermanentes. Você sofre porque as coisas são impermanentes e você acha que elas são permanentes.