Vulnerabilidade
Praticar a caridade é louvável, mas não se iluda: fragilidade, vulnerabilidade e carência não garantem bondade ou virtude no outro.
"Pedras quebram, vidraças revelam: a transparência exige coragem e a vulnerabilidade nos torna mais humanos."
''Amar de verdade uma pessoa, é um ato de coragem e vulnerabilidade, pois requer confiança, reciprocidade, abertura e disposição para se entregar de corpo e alma a outra pessoa, compartilhando sonhos, medos e alegrias em uma jornada de crescimento mútuo''
Raphael Denizart
O berço de um processo autodestrutivo é a vulnerabilidade, é quando a pessoa se sente ferida, atacada e desprotegida. Uma pessoa vulnerável não tem um abrigo e para sobreviver ela precisa trilhar seu caminho.
O que ela sente, vai além de uma vulnerabilidade em sentir tão intensamente do que as outras pessoas. Mas não subestime toda essa entrega dela.
Quando não sentida da mesma forma que sente, ela pode até atrasar a partida, a insegurança questionar-lhe, a saudade fazer-lhe companhia por algum tempo.
Mas nada disso a intimidara de seguir em frente.
Ela sabe que o universo, está a seu favor. Ela não tem medo de partir!
Tão pouco de dizer adeus!
Ela vai em busca do que ela conhece.
A “reciprocidade”.
Tire a sua família da vulnerabilidade das frágeis emoções, aconselhando o diálogo e a mútua cooperação para promover a paz, a confiança, o respeito e a honra familiar.
Existem dois erros gravíssimos de comportamento na vida do ser humano. Primeiro: subestimar-se, e segundo: superestimar-se. Ninguém é tão ruim que não possa vencer na vida ou tão bom que não necessite de ajuda.
Morrer não é o momento em que o coração deixa de bater, mas quando, mesmo enquanto ele bate, desistimos de viver!
O PONTO SENSÍVEL
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Tudo se inicia no começo.
Lá, em nossa origem, somos o que somos e nem sequer pensamos que poderíamos ser outra coisa
Já nascemos vulneráveis, sem mesmo entender o significado dessa palavra
Que significa: onde podemos ser feridos.
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Nem imaginamos que esse ponto sensível em nós acaba se tornando um ponto de fragilidade, nosso calcanhar de Aquiles
Logo que começamos a destoar da normatividade, das regras sociais, das crenças culturais, somos atingidos bem nesse local.
No começo, bem no começo, nem entendemos porque estamos sendo repreendidos e maltratados.
Somos somente o que nós somos, mas de algum modo isso não é o suficiente.
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Após umas pancadas da vida percebemos que somos diferentes dos demais naquele ponto vulnerável, que no expõe e nos deixa envergonhados.
E é apartir daí que começamos a vestir nossa couraça emocional, a esconder a sensibilidade do mundo que ousa nos ferir.
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E essa armadura acaba servindo muito bem para que nos sintamos inseridos na sociedade, que somos parte de uma comunidade.
Somos agora todos iguais.
Um número, que arredonda os milhões e bilhões de pessoas no mundo.
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Até que conhecemos alguém que possui algo a mais. Percebemos que ela deixa transparecer em seu jeito de ser aquele ponto vulnerável.
E nos apaixonamos, deixamos cair as couraças e mostramos nosso lado sensível ao ser amado. A vida, que antes parecia mecânica agora tem vitalidade, tem luz, tem cor e sentido.
Agora podemos ser novamente, sem esconder.
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Mas é óbvio que a vida, irônica e trágica, acaba trazendo um drama de um término, uma traição ou uma despedida, que faz com que o nosso ponto sensível novamente seja estilhaçado.
E mais uma vez voltamos a nos fechar pro mundo, com medo de nos machucar.
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Agora, nosso Ego-Persona está mais esperto e consegue fingir vulnerabilidade quando alguém se aproxima. Se disfarça de um sorriso amarelo, de um humor ácido, um ar de deboche, fantasias românticas, formas que evitam sentir a realidade e encarar a verdadeira exposição.
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Mas, mesmo com tanta inteligência em saber burlar as dores originais, acabamos no final nos sentindo sem ânimo, sem propósito, sem o Eu.
E há um grande abismo entre quem estamos agora para o que somos, pois no fundo do penhasco do vazio encontra-se a ferida, as dores causadas ao nosso ponto sensível.
E há um medo surreal de encarar e reviver esse mar revolto.
Mas não há outra saída. Ou nos arriscamos atravessar, ou permanecemos a cada dia perdendo a nossa alegria de viver.
E de uma forma extremamente inusitada percebemos que sempre houve uma ponte que conecta o nosso ponto de estadia para nosso ponto de origem, chamada Vulnerabilidade.
Pela mesma via que a vulnerabilidade nos leva a nos machucar e a nos fazer fechar ao mundo, é também ela que nos faz sentir novamente e nos abrir pra nós mesmos.
É somente através da abertura, da confiança de que a cada nova ferida em nosso ponto sensível, nos tornamos mais fortes, mais articulados e mais preparados pro próximo baque que a vida der.
As pessoas que ainda não perceberam que viver se trata de ser vulnerável acaba se fechando e exigindo que os demais escondam o diferente, o sensível e o fraco.
Mas na realidade o foco nunca será o outro, nunca será o desamor ou a padronização.
O ato de controlar fora é imposto para que ninguém mais os machuque dentro.
É somente uma forma de proteção.
Então, pra quem esse texto chegou hoje, está na hora de se abrir novamente e mostrar suas verdadeiras cores ao mundo , sem ter medo de retaliação, sem ter medo da exposição ou de sentir ferido novamente.
Viver é isso, amar as nossas dores como forma de bálsamo e cura.
Pois somente a gente pode entender nosso lado sensível e o quão amado ele deve ser.
Ser vulnerável para livre ser.
Dizem que chorar é sinal de fraqueza, mas às vezes minhas lágrimas parecem ser feitas do próprio mar, prontas para se juntarem às águas salgadas da vida. Talvez eu seja apenas um viajante perdido em um oceano de emoções, navegando entre as ondas da vulnerabilidade.
Pessoas que vivem tratando os outros mal, são tão vulneráveis que precisam se esconder atrás de suas truculências.