Vozes
... as vozes calaram - já posso adormecer!
A noite é longa e a dor é vil.
Estou exausto mas completo.
Em breve ... o dia chegará.
Adeus ... eu vou com as aves ...
Tragam vozes e resmas, tragam versos e temas, porque meu amor pela praia passeia.
Na orelha carrega uma açucena, emoção é plena.
O coração tá sereno e o olhar tá sereia.
Haverá um dia em que as armas terão, por fim, suas sinistras vozes caladas. Ainda no Terceiro Milênio, mesmo que demore, os Seres Humanos entenderão que a essência do poder não se encontra propriamente neles, mas, sim, no espírito de Solidariedade, que a todos deve irmanar.
Eu ouço na minha mente
Todas essas vozes
Eu ouço na minha mente
Todas essas palavras
Eu ouço na minha mente
Toda essa música
E isso parte meu coração
Vozes inestilizadas corroem minh'aura, tenho prolixo dos homens que me circundam, peço licença e descanço.
as lagrimas queimam meu rosto
não sei o que fazer
humilhar-se pode ser uma opção
mas vozes dizem que não
já penso que partir não resolverá
que não acabará com o fogo das lagrimas
que não acabará com a angustia em meu coração
mas ainda assim
não sei o que fazer
se pudesse saber o que fazer
daria um braço, ou qualquer coisa que estiver ao meu alcance para saber...
saber...
saber
o que saber?
nem ao menos isso eu sei
só sei
que não sei o que fazer
“O meu castigo
é o desterro das minhas idéias,
o desamparo das vozes famintas,
o som do desabafo das desilusões.”
“O meu grito é mudo e surdo
A minha palavra, o silêncio.
O silêncio dos meus anseios”
Há silêncios que falam; e há silêncios que gritam. Não se calem essas vozes; não se abafem esses gritos. E que os ouça quem for capaz...
Vozes
Há uma voz que me diz o que fazer
Há uma voz que me leva até você.
É estranho é cabuloso
Mas não sou o único que ouço
Você já se queixou de também escutar
A voz que insistimos tanto em ignorar
Numa noite escura eu a escutei
Chamando pelo meu nome e não era ninguém.
Na mesma explicação,
(só que no portão)
Você diz ter escutado
Assim que sai
Eu ter lhe chamado.
Parece loucura, mas deve ser mesmo
Ficamos numa sensação estranha de conforto e medo.
Será que devo escutar?
Ou será que devo ainda ignorar?
Se é isso ou aquilo sei lá.
Mas a voz
A voz torna a chamar.
A gente se perde nos demônios internos, parece autismo, milhares de vozes, de pensamentos dizendo para, não vai, se deita.
Mas é só você relutando pra encarar a verdade, é a falta de coragem, é o poder do medo. E não é por ser fraco, e por não saber o seu potencial.
Não, não é fácil contornar, é um caminho longo e chato, um tropeço e volta do começo. A solução? Eu não sei, só sei que o solvente é sofrer em vão.
Os mortos, coitadinhos, só pedem que ouçamos suas vozes extintas e tentemos compreendê-los com realismo e compaixão.
Uma troca de olhares.
Sorrisos tímidos esboçados.
Vozes que ecoam e permanecem no pensamento.
Um afago na alma.
Um toque na pele.
Um beijo roubado.
Outro devolvido.
Um desejo que cresce.
Dois corpos se unindo.
Uma entrega total.
Aos prazeres da vida.
Uma dor constante na ausência.
Uma alegria indescritível na presença.
Um olhar doce, apaixonado, que dispensa palavras.
Uma união de corpo e alma.
Uma entrega total em sintonia.
Na dor, na partilha, no prazer, no viver.
Que aceleram, acalmam e agitam o coração.
O tempo que voa quando devia parar.
O tempo que para quando deveria voar.
Pois bem, este texto te faz lembrar algo?
Será óbvio que sim, porque fala de nós.
As vezes ouço vozes, uma maldição que sou capaz de reprimir, basta me distrair. Elas gritam a fome de irmãos que jamais conheci.
E quando ouvimos todas as vozes dissonantes, deixamos de ouvir a mais importante que é a voz interior...
Amargura
Noite fria
vozes
gritos
choros
na cabeça pura angústia
tristeza, opressão
que noite foi esta
há quem me liberte desta prisão?
Fatos
Escuto vozes
ouço gritos
vejo passos perdidos
sinto ódio...
Escuto o vento
ouço guerras
vejo pessoas perdidas
sinto pena...
Me escuto
ouço meus gritos
me vejo perdida em mim
sinto a morte...