Vozes
"Doutor, minha insônia e meus tremores voltaram.
Doutor, meus pesadelos retornaram.
As vozes, que em minha cabeça gritavam.
Não se calaram.
As dores em minh'alma, doutor, não cessaram.
As feridas, abriram-se todas novamente, não se curaram.
Insanidade ou saudade, doutor? Todas as respostas me escaparam.
Meus sonhos se desmoronaram.
Hoje, doutor, moro onde meus pesadelos moravam.
Moro na ausência dela, moro nas lembranças de nós, moro no amor, que me tomaram.
Sinto que estou morrendo, doutor, as batidas do meu coração só aumentam, infelizmente, não param.
Sóbrio ou ébrio, a bebida já não me traz o alívio de outrora, até isso me tiraram.
Hoje, doutor, tive um mau presságio, encaminhando-me para aqui, passei em nossa esquina, e vi: Todas as folhas do ipê, murcharam.
Talvez, como as folhas, eu também deva abrir mão da minha existência, os milagres em minha vida se acabaram.
Já não posso repousar, fechar os olhos e sonhá-la, doutor, pois, infelizmente, a minha insônia e meus tremores voltaram..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, Quando no Divã
Nós, que escolhemos nos erguer acima das vozes que tentam nos parar, somos feitos de uma matéria mais nobre. Somos forjados na fornalha da resiliência, temperados pela sabedoria das nossas experiências.
A arte na política é o eco das vozes silenciadas, o palco onde as ideias desafiam os poderes estabelecidos e as emoções se tornam manifestos de mudança.
Leonardo Godoy As árvores caem em silêncio, mas o eco de suas vozes perdidas ressoa nas lágrimas da natureza, testemunhando a tragédia do desmatamento que dilacera nossa alma e devasta nosso futuro.
O ouvido acolhe as vozes externas, o cérebro debate com lógica fria, enquanto o coração, inquieto, anseia por seguir seus próprios anseios.
O ouvido escuta as vozes da dúvida, o cérebro analisa com meticulosidade, enquanto o coração, dividido entre o medo e a esperança, busca sua própria verdade no labirinto do conflito interno.
Meu paraíso é a solidão,
onde encontro a paz do meu ser.
Longe das vozes, no silêncio,
é onde posso me entender.
Cléber Novais
Em cada eleição, os discursos ecoam vazios, sem derrotados, só vencedores, apenas vozes que se entrelaçam em mundos paralelos. Numa dança de negação, transformam derrotas em vitórias imaginárias, sucessos irreais pintados com palavras ocas. O povo, cansado de ilusões, refugia-se na abstenção, um grito silencioso contra a hipocrisia que permeia o ar. A verdade dissolve-se em mentiras doces, enquanto a realidade se esvai, esquecida, na sombra de promessas vãs. No fim, quem vence é o cansaço, e a esperança esvai-se, como um eco distante no espetáculo da falsidade.
A maior decisão da vida é não ouvir as vozes dos outros que dizem que não vai dar certo. Depende de você fazer dar certo, então seja perseverante.
Se temos vozes em nossa cabeça, que cantem uma canção que combine com nossa loucura para nossos demônios dançarem.
O fenômeno do cancelamento, ao suprimir o debate e calar vozes dissidentes, fomenta retrocessos.
Embora haja questionamentos sobre a eficácia das instituições democráticas, a substituição dessas por uma lógica punitiva individual corre o risco de nos remeter a uma era de julgamentos morais medievais, representando uma ameaça substancial à liberdade de expressão e ao progresso social.
Fracasso todas as vezes que ouço as vozes que insistem em me dizer, o que os outros poderão pensar de mim, quando eu for fazer o que sonho!
¿Hasta cuando?
Minha madama,
isso são vozes silenciadas,
oprimidas e estereotipadas,
agora vou contar-lhe uma história,
com poucas glórias e que a elite ri.
No império russo,
a opressão era ruça e chula,
que no final foi custosa
голоса. /golosa/
Na França temos Joana D'Arc,
Nós só nos encontramos para passear no parque,
e tentava falar em alto e bom som,
qui sont.
George Floyd foi mais que ferido,
por um homem pútrido e hórrido,
as coisas vão melhorar, eles prometem!
Silenced.
Quantos mais precisam morrer
como Macabéa para ele ver?
Para ter liberdade é preciso oração?
As pessoas têm de ser livres e uma hora serão.
Mas duquesa,
você é da realeza,
pode ser exagerada e comer seu sanduíche de coração,
falar do seu tempo perdido e da loirinha bombril, enquanto voa no avião.
Já pensei em ser escritora, me disseram também as vozes dentro da minha cabeça.
São sussuros do inconsciente, estão submersos.
Fecho os olhos para não ver o tempo passar, mas penso que louca sou dentro do meu silêncio, quanta arte e vida nasce!
Que mergulho!
Frio, profundo, duro.
De repente vejo um iceberg...
Que a mente complexa, a escuridão esconde, como o breu da noite em dias sem lua
mas que quando o sol ressurge pelas manhãs, o coração derrete e queima.
Ardentemente de paixão!
Salmo do Sonoplasta
Por Silvano Fernandes
Ó Senhor, que ouves todas as vozes e conheces cada som,
Guia as minhas mãos e o meu ouvido,
Para que eu possa servir-Te com excelência e devoção.
Tu que criaste a harmonia dos céus e a melodia da criação,
Ensina-me a entender a beleza do som,
Para que cada palavra proclamada em Teu nome seja clara e poderosa.
Que meus dedos deslizem pelos controles com sabedoria,
E que cada ajuste seja para a Tua glória,
Pois em Ti confio para calibrar o volume do Teu louvor.
Quando os ruídos da distração ameaçarem o culto,
Dá-me discernimento para silenciá-los,
Para que a Tua mensagem chegue aos corações sem impedimento.
Seja meu trabalho um sacrifício de louvor,
E que cada nota, cada acorde, seja como incenso suave,
Elevando-se ao céu como oferta agradável a Ti.
Fortalece-me nas horas de cansaço e vigília,
Para que eu jamais negligencie o chamado que me deste,
De ser guardião da Tua palavra através do som.
Louvado sejas, Senhor, pelo dom que me concedeste,
E que eu o use para edificar a Tua igreja,
Até que todos ouçam e conheçam a Tua voz.
Amém.
Existe uma necessidade conjunta de dar pequenas pausas no meio da jornada, silenciar as vozes que gritam desesperadas e ouvir o que grita o peito. Nesse espaço, onde a solitude é reconfortante é um passo importante para se tornar um pouco melhor do que se foi ontem. Se retirar, se espremer, se corrigir. Tem sempre uma folha mucha, um galho seco, um pedaço morrendo. E está ali, para nada funcionar além de retirar da gente energia, vida.Cortemos as folhas muchas e os galhos secos. A energia corre solta para outros espaços que estavam necessitando dela. Podemos até ficar menores, mas nos tornaremos mais bonitos. Quando cortamos o que já não tem mais vida, damos espaço para o novo, para novos ramos surgirem. Essa é uma visita constante, para vida toda. Ter a dor de cortar, mas com a certeza de ter também a alegria de ver surgir, crescer, florir, frutificar.
Quais podas você precisa fazer em sua vida?
Meu País
Brasil
De gente fina e traquina
Que ecoa nas vozes
Ecoadas dos becos, ruelas
E favelas
E em meio a tantas trevas
Que desvela a cela para
A massa
Nas arruaças e
Devassas trapaças dos
Autárquicos
Com estilhaços
Extravasa a mórbida ilusão dum povo sonhador
De vê um dia o meu País na diretriz da democracia
Assim é o meu País.
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