Vozes
No murmúrio do vento ouço as vozes ancestrais...No soprar da brisa nova , sinto o acalanto dos mil anjos que vêm nos acompanhar.
O palhaço
Riso macabro, vozes, cacofonia sem fim,
Um palhaço em luto, fingindo sorrir.
Lágrimas disfarçadas em gargalhadas,
Escondendo a dor que me faz sufocar.
Olhares piedosos, me vêem com pena
Enquanto mascaram sua própria miséria
Mais a alma... A alma continua lá
Implorando em completo silêncio
Por um refúgio, por um momento de paz.
Almas em perpétua decomposição
Almas católicas orando aos pés do abismo
Almas abortadas vivendo a inexistência
É o nosso país?
Ah nossa terra plácida, tão adorada!
Que na sua bandeira mentirosa carrega tanto sangue.... Sangue de um povo sofredor, um povo miserável...
Parece até piada, tantas campanhas
E nenhuma dessas merdas conseguiram me ajudar,
Nenhuma dessas merdas conseguiram olhar para meu pulso cortado sem vomitar
Nenhum desses cretinos puxou meu punhal e rasgou essa bandeira medíocre,
Do grande circo que é o Brasil.
Da escrita somos vozes,
Da fala somos magia,
Dos olhos somos o brilho,
E do sonho a alegria.
Das trevas somos as luzes,
Da noite somos o dia.
E com a graça de Deus,
Da vida, somos poesia.
O esquizofrênico
Pelas ruas, um destino qualquer.
Doente, chapado e soberbo.
Ecoavam-se vozes que a ele pareciam sobras
Do que sempre quisera ouvir.
Aquele destino antes citado,
No fundo, era apenas um.
Ah, os bordéis da paissandú...
Vulgos e famosos, rompiam classes.
Pobres, ricos ou mulatos.
Em bares, reunia-se com amigos.
Os mais bêbados e desagradáveis possíveis.
Declamavam ideologias, amores ou conquistas.
Discutiam sobre livros, a vida e política.
Por suas falas ou famas, todos sabiam.
Mesmo com defeitos, era um bom moço.
Nunca foi compreendido e,
Por sua vida toda, fora descartado.
Desde lares e amores à sua poesia.
Talvez seja mais e seguro ouvir vozes e ver vultos, do se deixar levar pela sutileza do começo de uma paixão.
"Vozes negras"
Em meio raízes secas
Luto contra a censura
Em busca da voz que cala
Minha sede de amargura
Vozes que comprometem
Minha cultura e direitos
Lembrando-me a cada dia
Da minha luta por respeito
Minha cor não precisar ser clara
Pra esclarecer minha história
A qual desde muito tempo
Luta por igualdade
Clamando por justiça
Nessa opressora sociedade
Esta que trás minha dignidade
Em imagens de mãos calejadas
Marcada pela injustiça
Da escravidão passada
Negros ou brancos
Pardos ou vermelhos
A com não importa
Quando o assunto é preconceito
Somos filhos da África
Com os olhos de pérola
Com um sorriso de sangue
Marcado pela exploração severa
Somos seres de raça
Em busca de esperança
Nessa vida de desigualdade
Sem amor, valor e mudança.
Silenciar as vezes dói. O silêncio inoportuno desperta vozes na mente e como são cruéis, destroem sem deixar vestígios, só se percebe o fim no último segundo, o fim vem de dentro pra fora.
Lcr
Vozes da Periferia: Um Grito por Igualdade e Oportunidades
No camburão, o jovem negro foi levado,
E o repórter, com intenção cruel e desvairada,
Buscava audiência em humilhar o "Criminoso",
Mas foi a resposta do jovem que ecoou de modo grandioso.
"Já não sou nada mesmo", disse ele com pesar,
"Quem quer comer vale", suas palavras a ecoar,
"Aceito qualquer salário", um grito de desigualdade,
A juventude negra, periferia em dificuldade.
Oportunidades escassas, sonhos postos à prova,
A luta pela sobrevivência, árdua e renhida trova,
Sem carteira fichada, sem seguro de vida ou amparo,
A juventude negra enfrenta um caminho tão amargo.
Que ás periferia seja um eco, uma voz a clamar,
Por justiça, igualdade e oportunidades a brilhar,
Que todos tenham chances, que todos possam alçar voo,
E que a juventude negra encontre um futuro.
Sem perceber, vozes que gritam contra a censura têm sido as que mais contribuem para que as pessoas se calem por medo dos julgamentos.
Demônios.
Malditos demônios que me atormenta, me satisfazem.
Maldita vozes e pensamentos que me atormenta, sempre sem fim, pausa ou descanso.
Não suporto mais pensar!
Lidar com meus pensamentos, a voz na minha cabeça.
Voz que não se cala, que grita e me enlouquece.
Me atormenta tanto que as vezes enlouqueço, sinto coisas que sou incapaz de descrever.
Me amedronta, mas ao mesmo tempo é tão agradável.
Isso me assusta, meus próprios demônios e a voz na minha cabeça.
Demônios, o que são? Existem?
Não sei, depende do seu ponto de vista e no que acredita.
Defino como demônio, aquilo que é intocável, mas me amedronta, ou me satisfaz em troca da minha sanidade.
Não!
Não tenho interesse em demônios.
Quero o fim, ou paz, mas a paz não me convém.
Preciso dormir, gosto de dormir, mas faz um bom tempo que deixou de ser agradável.
Tenho pesadelos e sonhos de fantasia, mas não quero ter. Quero dormir, apenas dormir. Deitar na cama e apagar, sem lembrar do que aconteceu, ou como cheguei até ali.
Preciso do fim.
Nós, que escolhemos nos erguer acima das vozes que tentam nos parar, somos feitos de uma matéria mais nobre. Somos forjados na fornalha da resiliência, temperados pela sabedoria das nossas experiências.
Olhe além da luz que lhe cega. Concentre-se, e ouvirá as vozes das mentes dos loucos. E ao perceber que os olhos são o espelho da alma encontrarás a verdade. poucos estarão ao seu lado; muitos tentaram se aproximar para tomar seus sonhos. Sua alma refletirá a luz dos céus, e todo mal cairá, ninguém poderá tocá-la, ninguém é tão forte quanto você mesma. Nem os loucos poderão tocá-la.
Em cada eleição, os discursos ecoam vazios, sem derrotados, só vencedores, apenas vozes que se entrelaçam em mundos paralelos. Numa dança de negação, transformam derrotas em vitórias imaginárias, sucessos irreais pintados com palavras ocas. O povo, cansado de ilusões, refugia-se na abstenção, um grito silencioso contra a hipocrisia que permeia o ar. A verdade dissolve-se em mentiras doces, enquanto a realidade se esvai, esquecida, na sombra de promessas vãs. No fim, quem vence é o cansaço, e a esperança esvai-se, como um eco distante no espetáculo da falsidade.
Tem dias que fingir que está bem é mais difícil. Por fora um rosto pleno e por dentro vozes gritando e se afogando.
A ferramenta mais importante e poderosa que temos são as nossas vozes. Todo mundo pode usar sua voz para lutar por aquilo em que acredita.
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