Vozes
Vagando pelas ruas desertas durante a madrugada, percebo que a escuridão me atormenta. Ouço vozes, escuto gritos enfurecidos pedindo por ajuda. Percebo que o que eu via e ouvia, era o que se passava dentro de mim.. Gritei, chorei, pedi ajuda mas ninguém me ouvia.. Todos me olhavam e se perguntavam se era verdade o que descobriam. A menina da roupa preta, do rímel borrado pelo choro, dos fones de ouvido, a mesma menina do passado, a sombria, a fria, a decepcionada, a confusa, a entediada, para muitos a esquisisita. Essa menina sou eu.
PAPAI NOEL
Sidney Santos
Noite de toda gente
Estrela ao longe reluz
Sorrisos e vozes contentes
Trenó que a paz conduz
Brilho que traz amor
Tempo de pura magia
Cirandas em dourado anel
Voltas de amor, em poesia
Em vivas ao Papai Noel!
Santos, 25 dezembro de 2012
Poeta Dos Sonhos
Eu sonhei um sonho
Houve um tempo em que os homens foram gentis
Quando suas vozes eram macias
E suas palavras convidativas
Houve um tempo em que o amor era cego
E o mundo era uma canção
E a canção era entusiasmadora
Houve um tempo e tudo deu errado
Eu sonhei um sonho, dias atrás
Quando a esperança era grande e a vida valia a pena
Sonhei que o amor nunca morreria
Sonhei que Deus seria bondoso
Então eu era jovem e sem medo
E sonhos foram realizados, utilizados e desperdiçados
Não houve preço a ser pago
Nenhuma canção não cantada nenhum vinho não saboreado
Mas os tigres vêm à noite
Com suas vozes macias como o trovejar
Como se eles acabassem com sua esperança
Enquanto eles transformam seu sonho em desgraça
Ele dormiu um verão ao meu lado
Ele preencheu meus dias com infinitas maravilhas
Ele alcançou minha infância, com seus largos passos
Mas ele foi embora quando o outono chegou
E ainda sonhei que ele voltaria para mim
Que iríamos viver nossos anos, juntos
Mas há sonhos que não podem acontecer
E há tempestades não podemos resistir
Eu tive um sonho de como minha vida seria
Diferente deste inferno que estou vivendo
Agora é diferente do que parecia
Agora a vida matou o sonho que sonhei
O sonho, o sonho que sonhei
As vozes clamam por ajuda! Elas esmolam honestidade. Representam o que há de mais sincero na sociedade, mas, na maioria das vezes, não ecoam a lugar algum...
- Os sentimentos que no silêncio se revelam, sobre vozes se constroem e tudo que é mudo, na verdade é dito como silêncio inquieto de almas desesperadas.
“E lá de foram os três, nos trinques, seus passos e vozes ressoando nas escadas. Animados pela promissora sensação de estarem no limiar do futuro, típica noite de sábado. Uma espécie de antegozo eufórico, como se o resto de suas vidas estivesse pronto para se desenrolar.”
"As vozes do meu coração dizem o contrário as da
minha mente...
Se o meu coração pede pra mim te esperar, as vozes
da minha mente gritam para mim te esquecer...
O que fazer se a voz da razão calada está e a da emoção
muda de opinião a cada instante?!
Ainda estou confusa... Só tenho certeza de uma coisa;
ainda te amo!"
Milhões de vozes se misturavam naquele ambiente frio.
Entre tantas vozes somente a tua me fala.
Ouço barulhos, teclados, risos, máquinas.
Chamo por você!
Do outro lado, calado, transmitindo ondas de amor
você toca meu coração! Escuto vozes.
Do outro lado do mundo, distante e presente,
eu pressinto você!
Uma saudade imensurável, de tudo que nunca tive
mas que sinto constantemente.
Quero tocar-te através da tua voz.
Quero amar-te diante das pessoas
que me olham e não entendem!
Quero buscar-te.
Através das ondas, sentir teu beijo
quase real em meu corpo.
Milhões de vozes e você!
Fazendo-me acreditar que existem sonhos.
Fazendo-me crer que é real o instante.
Ouço você!
Sei que o seu corpo não está presente
mas o seu coração se faz presente
Através da tua voz, do teu suspiro.
Te ouço, te sinto, te chamo
Pega o telefone, diz que me ama.
Multidão vazia
A cada passo um membro se esbarra
Na multidão entulhada de gente
Muitas vozes, muitos passos, poucos relatos
E os mesmos descontentes.
O que dizer de uma multidão vazia?
Se é o absoluto desconcerto da razão
E até ponto existe razão?
Se parece tão perto do limite da loucura.
Será por certo uma caminhada em vão
Uma multidão solitária em se eu
Num cárcere adomicílio
Num sigilo impenetrável.
Apesar de tanto movimento,
Tanta pressa e agitação.
Todos vivem num vão momento
De infinita solidão.
Dione Dias
Fique atento, ouça teu coração.
Não ouças as vozes amigas quando se trata de sentimentos
que somente teu coração sente ainda que seus amigos querem ou pensem que ajudam em suas opiniões.
Quem melhor do que tu para saber o que você esta sentindo?
Falar de amor é fácil, vive-lo é uma incessante busca para a felicidade
Ladyhawke
Aquele silêncio entrecortado de inúmeras pausas, quando as vozes dos fantasmas vêm pernoitar nos meus pensamentos vazios, queria ter aquela certeza que tudo está bem. Espelho ilusionista que me engana toda vez que o olho, faz parecer tão fácil ou tão simples mas esconde toda a verdade. Queria quebrá-lo em mil pedaços para poder ver o que realmente acontece, deixar de lado toda essa ilusão.
E se achas que isto é recente.... Refuto em dizer-te que não!
Quantas vezes já me surgiram a imagem envolta dos teus sonhos, enquanto eu permaneço nesta quietude recostado no meu canto, adormecido pelos sons que me chegam... E voo neste silêncio, desperto e encontro-te onde te aninhas no teu canto... numa tentativa desesperada em dar-te a mão, como se fugíssemos para bem longe da realidade... irmos simplesmente ao encontro dos nossos sonhos que nos espreitam e nos aguardam nessa vinda do ser em nós, como se no amanhecer nascesse um novo sol que nos aquecesse e nos fundisse.
Nunca tinha sentido o etéreo silêncio assim, a terra podia estar desabitada sem a tua presença em mim, mas mesmo assim, consegui prender-te a mão, adormeci, e fui ao teu encontro. Já a noite ia alta, a madrugada surgia desocupada de sonhos e emoções. Transforma-se em sorrisos, num leito em pétalas de rosas vermelhas. Enlaçados prosseguimos a permuta do instante, ao som de uma doce melodia dessa noite mágica moldada. Ouço o teu toque insinuante, rolamos no chão em que espraias o teu corpo e onde agora dançávamos os dois... Sentes-te sereia imaculada na profundeza desse teu mar e, agora, passou a ser também meu numa fusão transmitida pelo prazer.
Gostaria de estar ai, nesse canto, num presente que fazes teu e o sinto distante do meu, mas não sinto as palavras, elas não surgem nesta memória ausente... O passado já o deixou de sentir e o futuro é o instante onde tu estarás sempre presente. Sinto o impacto das palavras a refugiarem-se dentro do corpo numa suplica... E confesso-me nos segredos que trago escondidos na alma... e é um sobre o Amor, e outro é aquele que muitas vezes se sonha numa Paixão e nos envolvermos com os dois, sem percebermos o significado dessa loucura que nos escapam entre os dedos e lançam ternura e carícia nos corpos rendidos.
São como a mesma veemência das palavras que vou espalhando no vento ensaiando o percurso e as leve a um mar sem praias, onde tu as possas ler e senti-las, aí, sentada no teu canto, em que tudo é perfeitamente possível de acontecer... E quando os sorrisos equivalem a beijos envergonhados, na ternura desse olhar encoberto. Onde se esconde a fragilidade do teu corpo, com receio que ele seja negado ao prazer sonhado! E sempre que penso com as palavras vou-te transmitindo cada sinal neste silêncio verosímil e a ventania eleva-se onde se celebra a missão dos seduzidos.
Esquizofrênicos de um grau ou outro, todos nós somos. Pode-se até não ver coisas ou ouvir vozes, porém, o elemento de falsificação do real habita as mentes de todos nós.
“Ninguém”
Eu traço planos, não sou insano, quero um abraço para calar as vozes dolentes.
Eu tramo meu intento inocente, não quero pedidos clementes, queria mais que um amor envolvente.
Eu tranço seus cabelos, mas não os tenho em minhas mãos, graciosa manifestação vazia.
Eu trago seu pedido de misericórdia, tramóia insipiente que faz todo coração sepultar um amor.
Eu traio muito bem e não perdôo ninguém, insisto até matar minha alma perenal.
Eu trabalho de maneira incessante, procuro não ser insignificante, inserto está meu coração; orgulho, desilusão.
Eu transpiro enquanto sonho contigo, meu limiar de palavras é inexpressivo, ultraje apenas comigo.
Eu transmito em meu olhar tua sensação de dor, divina comédia que não passa; contagia.
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