Vozes
ONDE ESTÃO OS MEUS FANTASMAS
Onde estão as vozes
Que se calaram
E já não me questionam
Nos meus lapsos de memória
Dos devaneios que me faziam
Escrever poesias
E as sombras que dançavam
Alheias as minhas vontades
Pelas madrugadas frias
E que de alguma forma
Me faziam companhia
E os delírios nos desejos
Que eu gostava de cultivar
Para que me sentisse ainda viva
Mesmo que fossem só quimeras
Impossíveis de se realizarem
E a capacidade de a tudo isso transformar
Em palavras rimadas
Dando a falsa impressão
De que eu era poeta
No vale da minha imaginação
Por onde ando eu
Que vago entre a ilusão
E a dura realidade
De um despertar sem expectativas
De nada ver mudar
E essas linhas que se embaraçam
Formando teias que enclausuram
E sufocam minha mente
Num emaranhado latente
Sem palavras vigentes
Os meus fantasmas se foram
Me deixando sozinha
Na realidade fria e sem opção
De sonhos ou medos
Ou nenhuma outra sensação
Calaram-se as vozes
Sumiram as miragens
Foram-se as vontades
Restou um branco na escuridão
Do meu caminhar
(Nane - 01/06/2015)
E foi pela dor
que aprendi a conhecer
o outro pelos meus olhos,
ao invés das vozes maledicentes.
Somos terra fértil!
Temos que ter cuidado
com as sementes que jogam
em nossa Alma.
O fruto poderá ser ácido!
E distribuí-lo,
um erro que causará dor!
Posso até ouvir,
mas trancarei meu coração
enquanto meus olhos observarão
quem traz a semente da verdade
e então, entregarei a chave!
22/09/2015
De todas as vozes a tua é a única que acalenta o meu coração !!!... de todos os olhares o teu é o mais encantador e todos os sorrisos o teu é o mais lindo.
ÁGUAS TÉPIDAS
Nas tépidas águas onde nasce a canção
Vozes roucas de névoas em segredo
Terra seca que espera um só degredo
No sono, sonho ciprestes já impostos
Desperta aquilo que em si já se preste
Espanto castigado de mágoa endecha
Queixa de um silêncio em letras tardias
Dias, noites de tardes noturnas sem fim
Ilibado esquecido utopia do desesperado
Néscio sem porto no horto já esquecido
Desconforto desvão de ilusão na quimera
Sombra que espanta a dor que se embala
Noite espessa, espasmo que bate no vento
Aquilhado que passa, rompe o forte embate
No cravo de uma canção feitas pelas ondas
Do mar de vozes roucas, empatia assassina
"Não existe a voz do poeta. Ser poeta é ter mil vozes... É trazer novecentas e noventa e nove sensações diferentes a quem experimentá-las. Uma é só de quem escreve, a qual orgulhosamente, não dividirá com mais ninguém."
Existe uma doença que te faz acreditar em seres voadores do alem, em vozes de outro mundo, ela se chama religião.
E é tão árduo enxergar em que ponto estamos, tão fracos e tão fundo. As únicas vozes que ecoam, são resultantes das lágrimas que rolam no rosto. ´ Navegando para lugar algum, encurralado, sem rumo. Porém de algum modo, alguém ouvirá seu chamado, um anjo restaurará sua consciência, aliviará sua dor, secará suas lágrimas e caminhará do seu lado, mas para isso terá que ser você mesmo e permitir ser resgatado! Não me pergunte como, nem quando, pois não saberei dizer, apenas deverá estar atento aos sinais, pois eles serão bem claros e sem dizer muitas palavras, você conseguirá através dele, enxergar na escuridão. Não desista nunca, e acredite, sei bem do que falo!
( Peter Pires )
"As vozes do meu coração dizem o contrário as da
minha mente...
Se o meu coração pede pra mim te esperar, as vozes
da minha mente gritam para mim te esquecer...
O que fazer se a voz da razão calada está e a da emoção
muda de opinião a cada instante?!
Ainda estou confusa... Só tenho certeza de uma coisa;
ainda te amo!"
Milhões de vozes se misturavam naquele ambiente frio.
Entre tantas vozes somente a tua me fala.
Ouço barulhos, teclados, risos, máquinas.
Chamo por você!
Do outro lado, calado, transmitindo ondas de amor
você toca meu coração! Escuto vozes.
Do outro lado do mundo, distante e presente,
eu pressinto você!
Uma saudade imensurável, de tudo que nunca tive
mas que sinto constantemente.
Quero tocar-te através da tua voz.
Quero amar-te diante das pessoas
que me olham e não entendem!
Quero buscar-te.
Através das ondas, sentir teu beijo
quase real em meu corpo.
Milhões de vozes e você!
Fazendo-me acreditar que existem sonhos.
Fazendo-me crer que é real o instante.
Ouço você!
Sei que o seu corpo não está presente
mas o seu coração se faz presente
Através da tua voz, do teu suspiro.
Te ouço, te sinto, te chamo
Pega o telefone, diz que me ama.
Multidão vazia
A cada passo um membro se esbarra
Na multidão entulhada de gente
Muitas vozes, muitos passos, poucos relatos
E os mesmos descontentes.
O que dizer de uma multidão vazia?
Se é o absoluto desconcerto da razão
E até ponto existe razão?
Se parece tão perto do limite da loucura.
Será por certo uma caminhada em vão
Uma multidão solitária em se eu
Num cárcere adomicílio
Num sigilo impenetrável.
Apesar de tanto movimento,
Tanta pressa e agitação.
Todos vivem num vão momento
De infinita solidão.
Dione Dias
Esquizofrênicos de um grau ou outro, todos nós somos. Pode-se até não ver coisas ou ouvir vozes, porém, o elemento de falsificação do real habita as mentes de todos nós.
Fique atento, ouça teu coração.
Não ouças as vozes amigas quando se trata de sentimentos
que somente teu coração sente ainda que seus amigos querem ou pensem que ajudam em suas opiniões.
Quem melhor do que tu para saber o que você esta sentindo?
Falar de amor é fácil, vive-lo é uma incessante busca para a felicidade
Vendo Vozes
Amanheço, Nasço, apareço
Quando pequeno começando a me mostrar
Tentando me comunicar e sem alguém pra me ajudar
O silêncio me acompanha e onde quer que eu vá
Com essa incerteza, será que irei mudar
Cresci com esse dilema
Meus Pais pensando ?será que ele tem algum problema??
Será que, será que
Tentava me enturmar mais a minha escola, não é a ideal
Não era nada natural
A TV...
insiste em não comunicar-se comigo
O deálogo me parece inviável
È sempre lamentável
E então, adormeço vendo vozes que não me dizem nada
Pra você uma noite linda, mais pra mim sempre,
angustiada
Estou em uma confusão mental, estou cansado,
desesperado
Pois me deixe ser tratado, como igual
Entardeço, cresço, amadureço
Começo a encontrar pessoas, como eu
as mesmas dificuldades, mesmas ansiedades
As pessoas do mundo deveriam se ouvir mais
Se abrir mais, não ser tratados como animais
Algumas pessoas não se aproximam
Por algum tipo de medo...
Queria que acreditassem mais em mim
Mais enfim
AAAA SE O MUNDO INTEIRO ME PODESSE OUVIR
EU TENHO MUITO PRA CONTAR, DIZER QUE APRENDI
Mas estão sempre entretidas com outros sons
Sons que não são os seus
Pensamentos que não meus
Essa é sempre insana
Urbana condição humana
Anoiteço, aconteço, envelheço
As pessoas do mundo falam todas ao mesmo tempo
O caos sonoro me faz pensar, pensar com lamento
Que estão todas Surdas
Surdas de tanto barulho
Só escuto pedidos de socorro em gritos e murmúrios
E é a capacidade de não ouvir que me mantém ainda
lúcido no mundo.
Não sei se pra você estou certo ou de repente um
absurdo
As pessoas do mundo, buzinam, gritam
Mas nunca olham para o lado, quase sempre me evitam
Essa é sempre leviana
Mundana condição humana
Vozes e Domínios
Tudo para mim era um sim!
Seu aceno...Seu sorriso...
Ahhh, ela gosta mesmo de mim!
Percebi uma voz longe,
Esta era mais que pensava,
A voz ecoava distante.
A influência nociva,
Após choro...e sangue...
Agora ela já domina.
Sacrifício-Meu ou dela?
Que se espera agora?
Ainda existem vozes...
Domínio-Exercido ou Sofrido?
Paro e penso muito...
Enquanto não decido.
Tudo Parecia ser um sim.
Seu choro...Seu sangue...
Humm...Ela gosta mesmo de mim?
Desespero
Imortalidade viceral
Desejo de vinho e cartas embaralhadas
Foi quando as vozes me disseram
O que o destino me reservou que acreditei
As janelas estão fechadas
Sem caminho e bagagem
Estou atada aos teus pés
O lençól vem em minha direção
Um fantasma sem predileto
Um canto obscuro na sala pequena e mórbida
Não tenho roupas para sair
Desse labirinto
Minhas unhas se partiram nas paredes
Não vejo escadas
Nenhuma porta para abrir
Parem com seus cantos
Vocês me ferem
Estou em prantos
Meu telhado cai ferozmente ao chão
Há poeira por todo lado
Escritos de ancestrais
Imagine como pereço
Nesse escuro longitudinal
Cortes e gritos inflamados
Montes em forma de morcegos
Asas abertas para estrilhaçar meu rosto
Pedaços meus em todo caminho
Eu não conseguirei me reatar
Tragam um pó
Onde eu seja só mais pó
E esvoace no céu
Pintando as estrelas e ofuscando seu brilho
Partam e me dêem paz!
Caruaru, 22 de maio de 2008
Ellen Miranda
Ser Mulher
Não possuo o medo de amar
Não possuo as doces canções
As melodiosas vozes que tudo acalmam
E que acalentam a fé.
Não conheço os mistérios da vida
E nem os da morte.
Apenas quero sentir o prazer de viver,
De cantar, de sonhar, de sorrir e de amar.
Apenas quero ser livre, ser feliz...
Ser mulher!
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