Voz
A perda da inocência é um preço alto a se pagar. Mentiram para mim! Nada fica mais fácil quando crescemos.
A parte ruim de ser uma pessoa intensa, é que tudo parece grande demais. As coisas boas explodem meu peito, mas as ruins me quebram de forma violenta e cruel.
Acordo sozinho. Leio e escrevo sozinho. Fumo sozinho. É uma rotina pacífica, silenciosa e amarga. Ainda não me decidi se isso é ser livre. Estou em dúvidas. Essa liberdade tem um gosto terrível de solidão e tristeza.
Quem tem olhos leia,
O clamor
Autor: Vóz Alternativa
O clamor do Vóz Alternativa
Diz que para ouvir
É preciso quebrar as amarras
Afiar as garras
E se ímbuir, do conteúdo
São ideias emaranhadas
Leves, profundas, reticentes
Em caracol disciplinado
Espalha semente encrostada
De nojo, revolta e veneno
Sem métrica ou rima
Cruzando palavras ferinas
Com o amargo da vida
E o doce do mel selvagem
Que aponta a lança da morte
Para todos, sem Complacência
Verter o licor do marasmo
Deglutir o sabor do ocaso
Eterno anoitecer da alma
Enfrentar o calor do descenso
Se quiser sorver a verdade
Se despir das alegorias
Andar com os pés no chão
Voar nas insólitas conversões
Beba coragem, inspire-se
Uma flor, por natureza é perfumada. Seja em um templo ou santuário, em um bordel ou em um funeral, espalhem seu perfume.
Vivam com dignidade. Nunca tenham medo de ninguém. Seja da polícia, Assembleia Legislativa, ministro ou cafetão. Não temam ninguém. Quando mulheres são a personificação do poder, da riqueza e da inteligência, o que faz estes homens se sentirem tão superiores?
A voz do povo não é a voz de Deus
A voz do povo não é a voz de Deus como diz o velho ditado. Desde o início dos tempos existem quatro tipos de classe na humanidade os espertos, os bem informados, os inteligentes e a grande classe operária é uma classe manipulada. Neste processo é claro que não tem nada a ver esperteza com informação e inteligência. Os inteligentes são as pessoas que criam, os bem informados estudam e os espertos vendem para os operários. Estes fazem e compram. Os inteligentes e os bem informados trabalham para os espertos que dizem a voz da classe manipulada é a voz de Deus, mas na realidade a voz do povo não tem nada a ver com a voz de Deus.
Pilatos por exemplo sabia o que estava fazendo quando disse que ia lavar as mãos deixando o povo decidir entre Barrabás e Jesus Cristo, a multidão gritou pra soltar o criminoso e crucificar o santo, pense bem: se você estivesse lá, iria ser do contra ou ia ficar do o lado da maioria
Jesus Cristo na cruz sendo condenado pela multidão pediu perdão ao pai, pois eles não sabiam o que estavam fazendo. Na realidade a maioria não se informa e não conhece a verdade, é motivada pela razão de um instinto emocional e seguem a maioria.
Quando uma voz se cala.
O que dói mais um tapa na cara ou palavras hostis?
Quando seu filho te pressiona e te pede dinheiro toda hora.
Te pede para você fazer empréstimos e não lhe paga.
Pega toda a comida da sua casa e leva para a dele.
A quebra da confiança nas relações familiares.
Ou o ninho seguro, chamado de lar é sinônimo de fragilidade e dor.
Essa é a realidade de muitos idosos que sofrem como agressões e abandono pelo Brasil.
As agressões podem estar diante dos seus olhos, só não vemos por que não queremos.
Talvez por baixo de uma manga longa ou de uma calça comprida.
Muita, vezes, está estampada naquela roupa surrada e suja.
Que o idoso veste.
Mas pode está também encravada no coração.
Contusões, queimaduras, queda repetidas, desidratação e falta de higiene.
Medicamento inapropriado, ansiedade, depressão e medo.
Podem ser sinais de violência.
Vamos prestar atenção em nossos idosos e denuncie qualquer tipo de abuso.
Não deixe a voz se calar.
Poesia de"Sabino Tavares".
Escritor, Roteirista, Cineasta, Poeta, Diretor de cinema e ativista.
www.sabinartproductions.com.br
Amava sua voz,
mas o tempo a apagou
nem um traço restou...
Sua doce voz
a me encantar,
a me animar...
a continuar...
sumiu no ar.
Amava a simplicidade,
a doçura e a paz
da sua voz...
Mas o tempo tudo transformou
só não deixou tristeza e dor pra trás...
Amava a sua voz...
e tudo o que ela
fazer em mim era capaz.
Minha voz trêmula
se cala
em meus lábios.
Minha escrita trêmula
se encerra
em minhas mãos.
Apenas meus olhos contam.
Flor de lis
Ouvir tua voz me fez cegar
Me perdi em tuas palavras
Deixei de ser só tristezas
Esquecidas em minhas lembranças.
De te ouvi me perdi
Mergulhei em uma piscina de lagrimas
Esperando por sua atenção
Restaram apenas jardins
Com rosas regadas em lagrimas
Por sua partida.
.
Você é minha flor de lis
Meu guia em dias de chuva
Meu porto seguro em sonhos
.
De ouvir tua voz
Eu me perdi
Acabei ficando louco
Longe de você.
Vou visitar seu jardim
Em busca de minha flor de lis
Pra ver quem sabe, se reencontro a razão.
Um desejo por mulher
uma cobiça
são esteriótipos
ou apenas particularidade
são moradas em,
únicas frações de segundo
e até grandes temporadas,
neste corpo receptivo
delicadamente
perpassado por suaves mãos
pelas facetadas regiões dos meus olhos
pela troca de peles.
Mulher... mulheres
singulares em suas amplitudes
são voluptuosas, anti - efêmeras,
emburrecem de amor
cegam-se em paixão
mil, se falando de virtudes
sonhos extensos, inacabáveis.
Com uma mulher
pode-se habitar horizontes
ir do visível ao inimaginável,
certos extremos,
como ouvi por tais dias
na voz rebuscada de um homem
com tom castellano e poético
"cada mujer es un mundo",
pensei poesias infinitas
pois justamente na rebuscada voz
surge toda uma literatura sensível,
no momento faço pausas
agora escuto ao fundo a trilha,
sim é Martinho da Vila
trazendo sua proza,
seu desejo, sua vida por tantas mulheres,
por tantos "mundos" e horizontes habitados...
Voz do silêncio polifonia vazia
Voz do amor melodia tardia
Voz avós vós uníssono
Ressoa no luto a dor
Grito sem voz
Início e fim
Voz avós
A vós
Vó
A arte e a cultura brasileira não pode se calar ou desviar suas criações para um local feliz abstrato, inverídico, do faz de conta. A arte e a cultura deve ser participe se nas lutas contra as violências urbanas das periferias e os vergonhosos atos criminosos anti democráticos que fragilizam toda nossa sociedade. A cidadania artístico-cultural não é hoje uma postura diletante, é sim mais uma voz dentro das plataformas criativas exigindo mudanças e amor pelo local que se vive. A arte sem o engajamento sócio-politico do que acontece, é uma plataforma alienada, decorativa e triste.
Tenho voz aqui dentro
E não sai,
Não grita essa voz,
Que se debate
Arranha a minha garganta
Essa voz que fala
E nada diz.
Não tem caráter,
Influenciável e preza...
Uma voz amedrontada,
Que se enche de dizeres
E se entala,
E tosse o resto de letras,
Uma voz muda em meio a crise
Uma voz que vive sem nada a ser dito,
E morre engasgada pelas palavras que nunca disse.