Vou Tentar
Cada vez que eu passo por um dia aqui, ali, catando, olhando, pensando, eu vou adquirindo um novo conceito das coisas que me cercam. Acho que parei num lugar; parece que meus conceitos próprios chegaram. Dúvidas de mim já não tenho. Sei dos caminhos e de como eles são. O dia a dia fez de mim um homem mais calmo, mais sereno, menos desvairado. Nós (você, eu, Sérgio, Walter) somos velhos e estamos caminhando para nascer, e enquanto não nascemos "levamos nosso cão raivoso" para passear. Amizades mais calmas, mais escolhidas (achei boa companhia), bom papo, cervejas em botecos longe da fumaça e da poluição, pois esta cidade não pára!! Eu preciso dar um descanso à máquina. Já não há escapatória para a nossa civilização. Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos.
Há dias calmos aqui também. Manhãs que passam manhosas entre os móveis e automóveis e a gente vai percebendo, aos poucos, que o capim do parque ainda é verde. A gente enche os pulmões, pega um tema e sai assoviando.
Só ando de ônibus. Cheguei à conclusão que eu me aborreço 99% menos. Ônibus não é tão mau quanto eu pintava.
Em cada carta eu lhe falo um pouco sobre esse movimento "Cavernismo", que é um movimento de tendências universalistas.
(Carta inacabada ao irmão Plínio Seixas)
1970
Sou punk: ”Amanheci determinado a mudar, agora vou ser punk até apodrecer. Apodrecer para incomodar, com meu mau cheiro empesteando o teu jantar. Eu sou punk, nojento, e mais, eu quero é matar minha vozinha, botar veneno na cerveja do meu pai. Não acredito mais em nada, vou cuspir na cara da empregada. Eu sou punk nojento, vulgar, demais".
"Não vou permitir silêncios porque é aí que o meu fundo transborda e a tristeza pode me tomar sem saída."
Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade, não conseguirei dizer mais nada, não tenho culpa, estou apenas me sentindo sem controle, não me entenda mal, não me entenda bem, é só esta vontade quase simples de estender o braço para tocar você, faz tempo demais que estamos aqui parados conversando nesta janela, já dissemos tudo que pode ser dito entre duas pessoas que estão tentando se conhecer, tenho a sensação impressão ilusão de que nos compreendemos, agora só preciso estender o braço e, com a ponta dos meus dedos, tocar você, natural que seja assim: o toque, depois da compreensão que conseguimos, e agora. Não diz nada, você não diz nada. Apenas olha para mim, sorri. Quanto tempo dura?
Quero te fazer compreender que não é assim, que tenho um medo cada vez maior do que vou sentindo em todos esses meses, e não se soluciona.
Mas tomo copos de leite, durmo bastante, e repito sempre que, seja o que for, vou sair desta pelo menos mais sadiozinho.
Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo...
E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje.
Então sinto falta. Aí vou na esquina e cato o primeiro que passar. Quanto custa? Vamos lá, qualquer um.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma idéia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens.
E o que ele me deu depois do sorriso eu nunca vou saber, porque o bom de ter essa dor que nem dá pra mexer é pouco nos lixarmos pras pequenas felicidades.
Vou experimentar tudo o que possa, não quero me ausentar do mundo.
"Será que eu vou ter que te matar pra você me ouvir?
Me ouve, se não eu vou ter que te matar pra viver!"
Coração bate acelerado cores e promessas como ser corajoso como posso amar quando tenho medo
De me apaixonar mas ao ver você na solidão toda minha dúvida de repente se vai de alguma maneira
Um passo mais perto eu morri todos os dias esperando por você amor não tenha medo eu te amarei por mil anos eu te amarei mais mil
O tempo fica parado há beleza em tudo que ela é terei coragem não deixarei nada levar embora o que está na minha frente
Cada suspiro cada momento trouxe a isso um passo mais perto eu morri todos os dias esperandopor você amor não tenha medo
Eu te amarei por mil anos eu te amarei por mais mil o tempo eu acreditei que te encontraria o tempo trouxe seu coração pra mim eu te amarei por mil anos eu te amarei por mais mil
Um passo mais perto eu morri todos os dias esperando por você amor não tenha medo eu te amarei por mil anos eu te amarei por mais mil
O tempo trouxe seu coração pra mim eu te amarei por mil anos eu te amarei por mais mil
Para sempre eu vou te ama
Eu não sei se vou conseguir, mas nunca vou saber se não tentar, porque na vida, a única certeza que a gente tem, é da morte!
(...) Talvez tenha que esperar um pouco mais por mim, mas da próxima vez eu vou tentar ser melhor...
Vou Tentar - Alan Maiccon
Oh Oh Oh
Oh Oh Oh
Oh Oh Oh
E se eu Tentar, passarei por essa fase
O fogo vai se acender , por essa história eu vou andar
E vou vencer
Eu Vou Tentar , me arriscar
Pelo caminho percorrer
Por essa fase vou Passar
Eu Vou Tentar, me arriscar
E o medo vou vencer
Não a oque temer
Vou percorrer, as luzes vai me guiar
2x
Vou cair no caminho
E o gelo vai me esfriar
Mais vou acender as luzes dos faróis
E vou tentar, para vencer
Eu Vou Tentar , me arriscar
Pelo caminho percorrer
Por essa fase vou Passar
Naranana
Parceiros vou fazer , diferença de encontrar alguém como eu
Não há
Alguém como eu
Oh oh oh
Oh oh oh
Vou me arriscar
Pelo caminho não a oque temer
Nenhum mal aparecerá ,Vou cair
E levantar
Dois passos para o lado eu vou dar
Pelo alto vai cair
Vou me esquivar
Eu vou chegar
Vou atender ,Quando ligar
As instruções vou receber
Eu vou tentar ......
Não quero, não posso, vou tentar
Tentar, invariavelmente tentar; esse é o caminho para dormir em paz com sua imaginação... e com seu coração.
Confesso que o ‘não quero’ sempre era minha primeira alternativa. Deixa pra lá... vivi até aqui sem isso, continuarei a viver sem isso forever...
Daí... a imaginação entrava em ação! Com aquele isso como tudo seria diferente! Com aquele isso eu seria mais feliz! Com aquele isso eu teria o que sempre quis!
...
Mas nuvens escuras vinham tudo nublar... me engolia a água do mar... me sufocava a falta de ar: eram muitos degraus pra subir, muitas pedras pra empurrar, era muito suor pra suar...
Não, não posso isso tudo enfrentar só pra esse isso alcançar!
...
Ah! Mas... e se eu tentar!?
Posso me machucar? Posso em mil pedaços me quebrar? Posso me sufocar?
Posso me curar? Posso os mil pedacinhos de volta no lugar colocar e colar? Posso ganhar? Posso lucrar? Posso melhor ficar?
...
E eu tentava... invariavelmente eu tentava!
Eu sempre o que queria alcançava?
Não, claro que não... mas eu dormia em paz com minha imaginação... e com meu coração.
Sem essa de dar um nó cego na preguiça e no medo de braços cruzados, my dear.
Nem sempre alcançamos o que queremos; o que não
tira o sabor inigualável do fruto chamado tentativa.