Vou Morrer
Tudo que a gente quer é isto: encontrar uma pessoa legal pra passar o tempo até a gente morrer. Não estamos pedindo muito!
Alguns anos antes de morrer, colocou um anúncio no jornal que dizia:
"Mulher simples, trinta anos, bem em todos os sentidos, mas, até agora, muito pouco feliz no amor, com rendimento médio de quinhentos mil dólares por ano, procura homem honesto e sensível, pode ser calvo, para relação séria. Responder a Marilyn Monroe, Sutton Place, Nova Iorque."
(E não recebeu uma única resposta - FONTE: Autobiografia de Marilyn Monroe, Rafael Reig).
Quando morrer me enterre de pé, pois passei toda minha vida de joelhos.
Morrer rico é extrema incompetência. Significa que você não usufruiu, ou pelo menos não usufruiu todo o seu dinheiro. Além disso, um rico que gasta tudo o que tem antes de morrer, livra os seus herdeiros do odioso imposto de transmissão.
Quem não está se ocupando em viver, está necessariamente se ocupando em morrer.
Aquele que é feito escravo por uma força maior do que a sua, ama a liberdade e é capaz de morrer por ela, nunca chegou a ser escravo.
Meu suicídio diário não é uma forma de morrer. É uma tentativa desesperada de encontrar essa vida, testar minha capacidade de quase ir e voltar, descobrir se eu mereço estar aqui e se existe mesmo um deus. Afinal, ele concorda ou não com a minha maneira de encarar as coisas? Por que não me castiga por ser tão estupidamente desapegada? É minha necessidade de viver que me mata.
Particularmente, eu prefiro morrer traído do que viver desconfiando. Prefiro confiar e ser traído por alguns pela possibilidade de construir ao invés de viver atormentado pela desconfiança. Isso é uma cadeia!
De qualquer modo, Gale e eu concordamos que, entre morrer de fome ou com um tiro na cabeça, a bala é bem mais rápida.