Vou Morrer
Eu queria morrer um pouquinho
Pra ficar com você um tantinho
Que essa dor me consome, voraz
Eu queria morrer um instante
Pra matar a saudade constante
Que meu coração já não tem paz
Eu queria morrer um momento
Pra morar nesse teu acalento
E não sair desse abraço jamais
Eu queria morrer um segundo
Pra recuperar em teus olhos, meu mundo
E então já lhe digo, até mais
Queria morrer de excesso
De ódio
Da pior doença
Da maior dor
Ou mesmo,
De amar
De amor.
Mas é o vazio quem me consome.
Algum Dia Minha Moto Pode Ate Me Matar,
E Eu Chegar A Morrer, Mas Eu Não Sentirei Raiva Dela Simplesmente Pelo Fato Deu
Estar Perto de Deus.
Porém, morrer para fugir à pobreza, ao amor, ou a qualquer coisa dolorosa, não é próprio de um homem corajoso, mas sim de um covarde, pois é fraqueza fugir do que nos atormenta, e um homem dessa espécie enfrenta a morte não por ela ser nobre, mas para escapar de um mal.
O vilão de tudo isso não sou eu, mas sim esse maldito sentimento que insiste em não morrer, por mais terra, ódio e orgulho que eu coloque sobre ele.
...E o que eu decidi para quando eu morrer: Eu quero ser lembrado pela vida que vivi e não pelo dinheiro que gastei
Já sentiu vontade de morrer, mas depois pensou o quanto isso é idiota? Já saiu pela rua desejando não voltar nunca mais, mas voltou? Já dormiu esperando não acordar mais e depois se arrependeu e ficou com medo de dormir? Já olhou para sua janela com muita vontade de se jogar mas depois ignorou isso? Já desejou que todos no mundo morressem mas depois ficou imaginando que não viveria sem muitas pessoas a sua volta? Já teve o desejo de se matar mas depois fingiu nunca ter tido esse desejo? Já abriu a porta querendo fugir mas desistiu? Muitas vezes sentimos que nada no mundo importa e que já passou da hora de desistir de tudo e dizer um grande “dane-se” a nossas vidas, mas depois notamos que por mais que tudo desabe sempre achamos um jeito de dar a volta por cima e reconstruir tudo. Nunca desista do que acredita, por mais que tudo indique que você não irá conseguir.
CARTA PARA O HOMEM QUE MORREU E UM POUCO DE VERDADE VIVA
(...)Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz.
(...)E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu.
(...)Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê.
Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena.
Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz.
De tanto treinar acostumei.
(...)Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos.
O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre.
Para dar tempo de eu ser para sempre.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você.
Antes que eu morresse de amor. Matei você.
Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não.
Enquanto os homens estiverem sujeitos a morrer, gostando de viver, os médicos serão metidos a ridículo e bem pagos.
Quem pode morrer honradamente deve morrer; / Porque, para continuar nesta vida triste, / Chega-se ao mesmo tempo à morte e à vergonha / Com frequência e facilidade.
Unir para desunir, fazer para desfazer, edificar para demolir, viver para morrer, eis aqui a sorte e condição de natureza humana.