Vou Morrer
Amei!
Amei tanto a ti
Que me perdi.
Quase morri.
Porém, renasci.
E estou pronta
Para amar outra vez.
Porque a vida foi feita para morrermos de amores.
Cansado...
Cansado de pensar
De pensar o amanhã, que nunca chega;
De pensar o passado que não posso apagar.
De pensar no presente que parece não passar.
De pensar a mente fervilha.
Cansado de olhar...
De olhar o mundo, que muda a todo instante;
De olhar gente que passa, que não para;
De olhar gente na praça
Desocupada
De férias
De folga
Procurando o quê fazer.
Cansado de escutar
De escutar ruídos da rua;
De escutar gritos de lamentos,
De escutar gemidos...
Cansado de ouvir alegres cantos.
Cansado de ser vaidoso
De contar dias vantajosos, sopros...
De viver como não fosse morrer,
De esperar a noite chegar
De desejar o amanhecer...
Cansado da guerra...
Cansado da paz
Do sossego, do apego as coisas
Cansado da liberdade
Cansado, cansado...
É a hora de voltar pra casa.
E na Selva de Pedra
Há falsos brilhantes e luz escondida.
Há muitos solitários acompanhados.
Há celebração utópica de vida em sepulcros caiados.
Há corpos de estômago farto, de alma faminta.
Há juras de amor em janelas mecânicas,
e corações torturados pelo nada.
Há medo de partir e deixar tesouros perecíveis,
Mas o medo que impede é o mesmo
Que dá coragem para silenciar em morte sonhos de luta.
Há jovens velhos e velhos jovens.
Há sangue de resistência e cale-se da impunidade.
Há rios que não matam a sede;
Sua fonte é a amargura, lágrimas que levam a dor daqueles que tiveram sua alma e esperança despedaçadas.
Há nascer e renascer.
Há morrer e deixar de existir.
E na Selva de Pedra...
#A #cigarra...
Ouvi...
Ela vai morrer...
E em seu canto revela seu destino...
No chão observo...
Perto de uma porta...
Formigas carregam ...
Uma companheira já morta...
O ar brilha...
A brisa quente passa...
Então perfume se espalha...
São jasmins...
São rosas...
O céu nublado...
Pingos de água fria...
Terra chama...
Para o enterro da cigarra...
Que o momento clama...
Ah...
Vida triste...
Viver na obscuridade...
E quando a luz procura...
Já é quase tarde...
Resta apenas amar...
Que já é muito bom...
Cantar...cantar e mais cantar...
Talvez assim...
Possa compensar...
A tristeza do passado...
Que deve se deixar para lá...
Paz em vez de violência...
Neste mundo necessitado de amor...
Cantai...
Pelo menos uma vez na vida...
Louvando nosso Criador...
Sandro Paschoal Nogueira
Não importa o que você faça, não importa o que você conquiste, não importa onde você esteja, nem mesmo importa quem você é: A vida um dia poderá parar de fazer sentido pra você, e o fim chega a ser desejado, mas infelizmente, ou felizmente (de fato nao sei) a vida não acaba depois do nosso 'fim' então CUIDE-SE, ou conviva com esse vazio aí que eu sei que você sente, mas não desconte em quem consegue VIVER, muito menos feche o livro antes da hora.
É difícil, mas é o correto.
Eu, conversando comigo mesmo.
Nós vivemos todo dia um novo inferno
Porque quem nos mata veste farda
E quem nos rouba anda de carrão e terno
Mas agora não adianta chorar pelo leite derramado
Na terra da justiça vence quem tem o melhor advogado
País com maiores índices de corrupção
Deus tenha piedade das nossas almas
Eles querem salvar vidas liberando armas
Quantos vão colocar o dedo no gatilho
Quantas mães vão chorar a perda do filho
Me diz quantas pessoas vão sofrer
Me diz quantas pessoas vão chorar
Me diz quantas pessoas vão morrer
Me diz quantas pessoas vão se matar
NÃO DEIXE O CIRCO MORRER
Passando pela Fonte dos Desejos lá em Roma,
ali, na bela Fontana de Trevi eu fiz um pedido:
Óh! Hípio, deus do Circo, não o deixe morrer
no abandono da cruel decadência e no axioma
da paixão; possa ele reviver no amplo sentido
da razão com a beleza, alegria e muito prazer.
Que venha o circo sempre nos divertir na vida,
que haja muito espetáculos, a magia, o sorriso
na face de uma bailarina e um engraçado anão;
que se apresentem os malabares e a comitiva;
o mágico com cartola, acrobatas de improviso;
e um palhaço caricato que nos cative o coração.
Que perdure o circo eternamente na memória,
possa ele se elevar como um marco de cultura
a consagrar artistas na sua máxima expressão;
que divirta a toda gente e perpetue na história
dos povos a autêntica beleza igual sua pintura:
esteja exposto a todos para grande apreciação.
Não deixe o circo morrer e tudo ficar perdido
à sombra das futuras gerações; que ele floresça
para encher de fascinação as nossas crianças;
se o circo morrer o mundo ficará sem sentido;
não haverá mais emoção à plateia que mereça
um espetáculo que traga alegrias e esperanças.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
Pior não é morrer, é não viver e ter que respirar, já que viver é transpirar
Foda é viver sem ter nada pra inspirar!
Ultimamente eu me sinto como se quisesse dormir para sempre, mas não quero morrer.
Eu não estou feliz e nem triste, não sei o que estou. Acho que apenas "estou"... ou nunca estive.