Voo
... o céu um pouco cinza, ela abriu as cortinas da sua janela e avistou um vôo azul metálico, ela o seguiu, trilhou a montanha e o beija flor a ensinou voar, então ela soube que era ela mesma extraindo o néctar da liberdade, alçando vôo para o amor próprio, sentindo no seu rosto o vento de novos ares...
Toda vez que te vejo, voo ao infinito,
Toda vez que te vejo, o impossível se torna possível,
Toda vez que te vejo, tenho o melhor sonho,
Toda vez que te vejo, meu coração é feliz e não fico tristonho,
Toda vez que te vejo, não tenho medo do escuro,
Toda vez que te vejo, sorrio e me sinto seguro,
Toda vez que te vejo, vejo a paz no mundo,
Toda vez que te vejo, te amo e não me confundo,
Toda vez que te vejo, vejo a maior força da cumplicidade,
Toda vez que te vejo, sinto em você a minha eternidade.
Almas leves não aceitam o peso de pessoas vazias,
por isso voo sem asas e quedo o abismo confiante,
não temo o solo, porque piso em nuvens sem razia,
já não mais me habito, por ti me tornei o itinerante,
"O voo do tempo que nos empurra tão tragicamente para adiante; o monocórdio e irritante eterno, por vezes rebentando em ferozes labaredas amarelas como aquelas efêmeras bolas amarelas entre folhas verdes (ela olhava as laranjeiras); beijos em lábios que irão morrer; o mundo girando, girando em confusão de som e calor – embora na verdade exista a noite sossegada com seu doce palor […]."
Se observássemos o lento desabrochar de um botão de rosa,
o voo de um pássaro ou a transformação da noite em dia...
passaríamos a acreditar piamente em milagres.
‘Eu nunca fiz isso antes’ é algo poderoso
Um portal
‘Eu nunca fiz isso’ é um voo no vácuo do espaço
Para a imensidão do viver
Um farol no breu
O antes impensado deságua sobre nós
Com a força irresistível de outras possibilidades
Um prisma infinito
Então você acredita na vida após a morte
Porque pode mergulhar de novo em si mesmo
Para nadar ao encontro desse calafrio
Agora eu faço o que eu sempre quis.
O voo desconcertado de uma borboleta entre flores amarelas enobrecidas por raios de sol desvela a beleza harmoniosa na existência dos seres e das coisas.
É assim, nas voluntariedades do mundo que a natureza desfila como desfilam as palavras em festival de poesia
O voo da saudade!
Minha mente voa, flutua nas nuvens de algodão,
Que sensação boa, um acalento para o meu coração,
Diminuo a distância, pegando o balão da imaginação,
E lá em cima me vejo, pegando na sua mão.
VOO LIVRE
Sem grades ou cortina
A janela aberta
O pássaro vem
(verde-oliva)
e pousa
repousa
na retina.
Todo Risco
A possibilidade
de arriscar é que nos faz homens.
Voo perfeito
no espaço que criamos.
Ninguém decide
sobre os passos que evitamos.
Certeza
de que não somos pássaros
e que voamos.
Tristeza
de que não vamos
por medo dos caminhos.
Porque me olhas
Porque me olhas
Voo sem medo
Por lugares que não sei
Ouso a altura
Nos teus braços
Meus miradouros do mundo
Meus caminhos de ir e vir
Meus Sítios de estar e de ser
Cinza e labareda
Flor, pó e pedra
E esta fome de distância
Esta sede de chegar
Ao âmago de ti.
Onde queres o negro da noite
Estojo das mais belas estrelas?
E o meu olhar a arder
Como lembrança de outros voos?
Diz-me de que fonte é a água
e o céu que te apetecem.