Voo
Soneto da Imaginação
A imaginação
Origina a força para o voo
O cansaço faz dela
Seu repouso
Na estreita calada da noite
A espreitar o passar
De um tempo
Ali se passa o vento
Aqui se passa o tempo
Minha mente vai a lugares
Que você não iria
Nem com segurança
Armado
Meu desespero
É covarde
É que apesar de sombria
Caminha na escuridão
Escuta como dispara
De medo o meu coração.
Voo de um Poeta
Voa poeta!... Nas asas da inspiração
Éolo assopra-lhe o vento da impulsão
Dando-lhe atmosfera na imaginação
Voa poeta!... Em teus sonhos infinitos
Nascestes para criá-los sempre mais bonitos
Assim, compor a vida em sublimes escritos
Voa poeta!... Em suas anotações
Morfina necessária aos corações
Não estão ao solo acorrentado suas emoções
Voa poeta!... Em sua imensurável revelação
Sê de fantasia infindável, cheio de intuição
Livre no voo, a domínios não se sujeita não
Voa poeta!... Sem rumo e sem pouso
Rasgando o céu do sobrenatural, indefinidamente
Com sua linguagem que é o seu entorpecente
Voa poeta!...No profundo do seu universo
Voar só ti fará bem na criação do verso
E que teu voo seja de aplauso, de sucesso.
(aplauso, sucesso... voo do poeta).
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ - 08/12/2008, 09’44”.
O Beija-flor
E ele vem, todo dia, ao entardecer
Ligeiro, fagueiro, num voo em folia
Em um balé, tão tomado de poesia
De encanto, tanto, ao olhar a deter
Um bailado que faz a alma sorver
Por esse bailador que traz alegria
Vestindo a inspiração de fantasia
Num seduzir o fascino sem temer
E todo dia ele vem, tão cativante
Visitante, ao valioso, significante
Cheio de ternura, elegância, teor
Todo dia, contagia, vai em frente
De flor em flor, num ritmo fluente
Dom Divino à gente, o Beija-flor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/11/2023, 20’37” – Araguari, MG
PASSARINHO
O passarinho, pelo céu, passa
Entre galhos, voo, mansinho
Desliza toda a sua graça
És livre no seu livre caminho
Na secura do cerrado, reaça
Entre tortos galhos, seu ninho
Num canto de encanto, bocaça
Aveludando a aridez num alinho
Lá, cá, acolá, na frente, na regaça
Em bando, passarinho, sozinho
És leve, garrido, como a cassa
Em galhos macios ou de espinho
Voa deslizante, de braça em braça
No campo, praça, qualquer cantinho
O passarinho, bom prol nos faça!
Ás, lento, alto ou baixinho, passarinho...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
28 novembro, 00’25” – 2017
Cerrado goiano
Voo
Voa pensamento
Livre como o vento
A procura do sentimento
Voa imaginação
Nas asas da emoção
Ao encontro do coração
Voa ilusão
Desenhando paixão
Nos rascunhos da solidão
Voa sonhos
Reais e risonhos
Sem ser enfadonhos
Voa felicidade
Sem a brisa da saudade
Flutuando na eternidade
Voa bardo transcritor
Poetando ventura e dissabor
Nos caminhos do amor...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
É da natureza humana sonhar com as coisas do alto, o pleno vôo e querer o perfeito, mesmo se erguido sobre raízes podres.
Sou feito passarinho, voo para me sentir livre e canto para te sentir...minhas asas é a imaginação !
Eu, "Tico e Teco".
Pensava aqui no movimento dos mares
E no vôo dos pássaros pelos ares
O que acha, Tavares?
Tanta coisa a vida ensina
Umas a gente domina
Outras a gente abomina
Fazer o quê? É a sina!
"Meirmão", sei disso não
Negócio de sina faz virar ancião
Deixa vida entornar "pelo ladrão"...
Velho é quem deixa de sonhar
Esquece que o sol sempre volta a brilhar.
Isso mesmo, Maria,
Acredita que viver é cronologia
Deixa de lado a magia
Falseia a alegria.
Sai de mim Juvenal,
Me livra desse mal
Afinal... é carnaval.
Folia Maria, alegria, alegria !
Voo por entre as nuvens
Sentindo as minhas asas tão leves
Sempre que sonho contigo.
Queria ter-te comigo no mesmo voo
Sentirmos as mesmas emoções
Termos o mesmo sonho.
Se um dia por um motivo simples você perder seu voo, trem ou ônibus, não reclame e nem fique irado ao ponto de blasfemar, apenas eleve os seus pensamentos a Deus e agradeça pelo milagre da vida.