Voo
O Vôo da Borboleta
Em um mundo vasto e colorido,
Onde a diversidade se faz presente,
Uma borboleta surge, destemida,
Representando a comunidade LGBTQ, florescente.
Suas asas esplêndidas, radiantes,
Um arco-íris vibrante a se adornar,
Em cada cor, cada tom brilhante,
A individualidade se revela sem hesitar.
Essa borboleta voa livremente,
Espalhando aceitação e amor,
Desafiando preconceitos, resplandecente,
Mostrando ao mundo seu valor.
Em seu voo gracioso, quebrando padrões,
Conquista espaços, transforma corações,
Despertando consciências, desatando nós,
É símbolo de liberdade, de novas visões.
Essa borboleta leve, delicada,
Enfrenta ventos hostis, sem medo,
Reflete a força da luta, da jornada,
Superando adversidades em seu enredo.
Ela dança no céu, em harmonia,
Emana coragem, inspiração,
Celebra a diversidade, dia após dia,
Destacando a importância da inclusão.
Que essa borboleta encante, ensine,
E leve sua mensagem mundo afora,
Quebrando barreiras, fazendo brilhar
A diversidade que enriquece a nossa flora.
Então, voe, borboleta, voe sem temor,
Ilumine caminhos, encante olhares,
Seja o símbolo de amor e de valor,
Orgulho LGBTQ, a linda flor que desabrocha sem cessar.
CRIANÇA
De água e mato a vaca faz o leite
de flor e voo a abelha faz o mel
de milho e pena o galo faz o canto
de folha e terra a planta faz a flor.
Uma criança, com seu corpo e alma,
se faz de amor, amor, amor, amor…
Vôo da flora, natureza verdejante, flor amarela na sua essência, fruto da minha mente, uma inspiração inquietante diante de uma imagem tão bela, sutileza cativante e naturalmente serena.
VOO
O voo mais livre e belo é o dos pássaros sobrevoando o céu,voam para onde querem e voltam se quiserem.
O voo oferece-nos a liberdade, mas são as gaiolas que nos ensinam a valorizá-la.
© 01 dez.2023 | Luís Filipe Ribães Monteiro
Vôo lúdico em um momento mágico, o equilíbrio de dois mundos, unidos por um amor demasiado, escrito nas estrelas, a riqueza do que é recíproco, onde a consideração é verdadeira, as emoções estão em sincronismo, vidas venturosas e autênticas habitando o próprio paraíso.
Sobre as asas do triunfo, alço meu voo,
Na senda do saber, trilho meu enlevo.
Às oportunidades, adapto-me com ardor,
Num poema atemporal, forjo meu labor.
Nem sempre ela foi leve assim, soberana, em pleno vôo. Como toda borboleta, em um tempo anterior ao casulo, teve a sua fase de lagarta.
Nem sempre eu tive essa coragem que eu tenho agora. Nem sempre eu vooei tão alto quanto vôo agora. Nem sempre eu tive a liberdade que tenho agora. Foi só depois que o chão se abriu sob meus pés e a vida me empurrou de um abismo que eu descobri que tenho asas, uma fé gigante no peito e esse horizonte infinito no olhar que só o tem quem possui asas.
E na turbulência e no desespero que um bom piloto mostra seu potencial, voo monótono nunca irá tirar o seu melhor, então tenha calma enquanto todos se desespera e foco no seu objetivo que os aplausos só vem depois do pouso
Às vezes, bem na hora do voo
no exato momento em que o chão vai embora
em que a alma sem querer molha
o tecido tão remendado da vida
a insistência, ou seja lá o que for, cria raízes
fortifica a ponto de sobreviver ao caos
preservando o que existe na imaginação
e faz viver sorrindo
na solidão dos confins do tempo
das verdades secretas
de um só coração...
O Vôo Da Alma
Por que os outros voam
E eu não consigo?
A vida é um fardo, pesado e imenso
De um destino eterno, no inferno propenso
Numa tempestade sem teto e abrigo
Por que os outros voam
E eu não consigo?
O odor da morte perfuma meu ser
Abro meus olhos mas não posso ver
Já sei que a vida é um eterno castigo
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Minhas lembranças se apagam
Como uma breve história
Em minh'alma enlutada
Se recordam memórias
De um Coração que ligava e agora eu desligo
Que viver tão inútil
Neste mundo fútil
Em que temo o escuro
Me sinto aflito
Entre o feio e o bonito
Eu jamais cruzo o muro
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Fico calado, em meu quarto, mudo
Palavras não saem, lágrimas caem
Qual a razão de tudo?
Deste modo aflito, sempre prossigo
Por que os outros voam
E eu não consigo?
A vida maltrata
A noite é ingrata
Eu sinto o perigo
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Que maldita trama
Ao viver o meu drama
Quase sempre eu digo...
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Meu coração adoece, assim tão intenso
E quando amanhece, já nada mais penso
Deste modo aflito, eu sempre sigo
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Quão triste tem sido minha trajetória
Agora só fica minha dedicatória
No túmulo escuro, abaixo escrito
Por que os outros voam
E eu não consigo?
Minh'alma lamenta e chora seus desgostos
Neste mar de sangue e veneno exposto
Onde meu corpo, padece ao jazigo
Na consciência abro a porta
Vejo uma alma morta
Parece ser a minha
Me cansei de tudo
Agora estou mudo
A morte tardou
Mas meu pai falou
Que cedo ou tarde ela vinha
Escrito por: Wélerson Recalcatti
Num voo de cores, dança a borboleta,
Entre flores e sonhos, a vida completa.
Ela é o sopro do vento, a luz do poente,
Um sussurro da vida, tão efêmera, tão presente.
No entanto, vem a morte, silenciosa e certa,
Finaliza a dança, a cortina deserta.
Mas na despedida, uma nova beleza desponta,
Na metamorfose final, a vida se reencontra.
Paradoxo da Existência
Desde cedo, aprendi nesse longo voo.
Depois de tudo, eu te perdoo?
Aprendi que a ordem não governa essa esfera azul.
Tudo acaba, não controlamos nada. O rei é o caos nu e cru.
Não deixe a vida te levar, porque todos os caminhos levam à morte.
Deitar e procrastinar enquanto sua existência se esvai, e você aposta na sorte.
Horácio, conjurei de minha mente essa poesia pra você, isso é o que doo.
Nesse palácio que é a aceitação inerente, penso nessa tardia pergunta: Eu te perdoo?
O senhor que tanto fez, tanto desfez e tanto refez, o supremo arquiteto.
Construiu pessoas, vidas, terrenos e casas do chão ao teto.
Ochima nos enfeitiçou com seu honroso e desonroso otimismo.
Sem aceitar o fim, buscando controle, vivendo á toa, o povo acreditou por ser orgulhoso com seu favoroso negacionismo.
Esperando ir pro céu, viverem felizes, buscando um guia, alguém que retome o controle que nunca existiu.
Clamando um mundo cruel, sem perceberem as cicatrizes gerando uma fobia do além que nos forma e nos polhe, nos une e sempre nos uniu.
Somos forçados a nascer, forçados a decidir,
forçados a morrer, e,
Enquanto estamos a decair com ira nessa curta estrada, somos forçados a, na mentira de que não somos forçados á nada, passarmos a crer.
Isso não é uma mensagem de ódio, nem de saudade ao passado.
É uma mensagem de verdade, e de aceitação.
Aceito que sou forçado, aceito que és o senhor da destruição.
Mas mesmo assim, esse pensamento ecoa
Você me perdoa?
Porque eu sim. Eu te perdoo, por mais que doa.
Sentir ódio de você seria buscar este controle que não existe.
Esse pódio que estou a querer talvez seja um fruto do otimismo. Isso apenas me deixaria mais triste.
Querido Horácio, eu te perdoo. Então, lhe pergunto de novo
A pergunta que nesse palácio ressoa.
Você me perdoa?