Voo
Talvez eu precise de permissão para correr no seu quintal, mas quando eu vôo, minhas asas me permitem conhecer todos os jardins.
VÔO IMAGINÁRIO
Seria então, o meu céu no teu sorriso
Flores, beijos, nós dois...Mais ninguém
Neste mar fascinante, revolto e impreciso
Porque ao teu lado sou mais e além
Sou o sol em dia escuro e inconciso
Iluminando o vil e sombrio engano do bem
Pois contigo, sou só o céu e o paraíso
Sou alma, coração e libido, também
Nem contabilizo o ínfimo humano indeciso
Decido querer ser p’ra sempre, tua refém
Neste voo imaginário, enigmático e indiviso
Aí então todos os poemas que fluem e nos mantém
Serão a lírica e santa musica de versos concisos
O universo, o amor e a paz...Amém!
A distância até a porta de embarque é inversamente proporcional ao tempo que resta para pegar o vôo. Obs.: Lei dos Aeroportos.
Sinto me livre...assim como um pássaro voando pelo céu posso levantar voo quando quero e parar assim que minhas asas pedirem socorro; sentir o vento tentando me barrar e saber que sou mais forte que este e que o deixo pra trás; vejo tudo e todos com clareza como se estivesse voltando a enxergar...sim, eu estou voltando a enxergar, voltei a ver quem realmente sou, vivo intensamente com o simples da vida, é tão subjetivo mas ao mesmo tempo tão perturbador,como o balançar de um navio perturba o estômago,mas isso só quer dizer que estou viva.
Sou eu novamente, mas em forma de pássaro dessa vez.
Pássaro este que quer ser livre para poder continuar sentindo o vento, o doce prazer do medo de altura, a segurança de só depender de minhas asas...sim confio em mim como nunca confiei antes, afinal se eu não confiasse não estaria voando, não teria saido daquela gaiola que me limitava a visão e a vontade, cansei de só comer, beber e cantar para meu dono ficar feliz. Hoje sou minha própria dona, não bebo nem como...apenas voo por ai até um dia parar...onde? Não sei, não quero saber, pra falar a verdade só quero voar mais e mais até o infinito chegar.
MEU AMOR POR TI
Uma gota de orvalho...
O perfume da flor...
O vôo do colibri...
A essência da poesia...
Meu amor por ti cresce
A cada dia
Na sensibilidade d'Alma
e na mais perfeita sintonia.
Meu amor por ti é divino
Como a gota de orvalho...
Sedutor como uma perfume da flor...
Leve como o vôo do colibri...
Sensível como a doce poesia...
É tudo mais belo que já vivi.
Assim é meu amor por ti.
Alguns livros não são para pessoas de mentalidade acanhada(tacanha), de vôo curto e rasteiro, amarradas à letra do texto. Pedem inteligências abertas, capazes de descobrirem, em meio à falação desabrida, o quanto há de humano, sofrido e pungente
Pensar é saltar de paraquedas num voo livre até cair numa tirolesa voadora que vai dar nos trilhos de numa montanha russa, que depois entra num trem fantasma, e termina numa queda de cachoeira.
Quando pensamos, sabemos como começamos, mas nunca sabemos onde isso vai dar ou o que acontecerá no momento seguinte.
Será que o paraquedas vai abrir a tempo?
Será que chegaremos à cachoeira?
Será que chegaremos à terra firme de novo?
Será que ainda haverá terra?
O medo da liberdade produz no homem o orgulho da escravidão. É por isso que muitos trocam o vôo por gaiolas.
Dizem que os ventos nunca sopram a nosso FAVOR...
E que, é contra este vento que o pássaro alça vôo, as aeronaves ganham alturas, e as nuvens se derretem em lágrimas.
A favor, mesmo é sempre a vontade
de encontrar um motivo que não sei, pro vento não nos arrastar pronada.
Fui ao topo da montanha mais elevada,
e alcei voo com asas de beija flor,
senti a alma congelada
junto ao orvalho da noite em torpor
Tal qual borboleta, voei dias e noites,
delirando de jardim em jardim,
senti perfumes, espinhos, açoites
tudo isso e mais, à procura de mim
Assim mais forte, sempre em quimera,
fui remédio de minha própria dor,
fui tempo, fui verbo e espera,
tudo em nome do amor !
Lapsos na memória se fez, na dor extrema daquele vôo sem volta. Todavia o coração capturou a ventania daquele amor na câmera vasta sem leis, sem escolhas.
Evaporado naquele vendaval...
Suspiros coloridos, ficaram.
Eu voo muito bem sozinha
Mas se você vem comigo me esquento mais
Eu sigo muito bem sozinha
Mas mãos dadas também rimam com paz
Ah se pudesse levantar voo
varrido seria pelos ventos do sul
soando um sopro sacudido no tempo
valendo um troco no vale do esquecimento
ah se pudesse levantar voo
asas não bastariam
levitaria todo o peso-corpo
pouco a pouco avançaria
ah se pudesse levantar voo
do chão não passaria
Alma Paranaense
Viajei pelo infinito...
Com minha asas reforçadas....
Em vôo frenético...
Subi no espaço....
Bem acima das nuvens....
Perto das estrelas....
E fui pairando no Ar....
Com minhas inspirações....
Voltei no tempo....
Buscando o passado....
Dos anos dourados..
Senti algo tão profundo....
Levado pelo vento....
E com meus pensamentos...
Pisando em minha terra....
Naquele solo sagrado.....
Grande Estado do Paraná.....
Lá de cima...
A saudade bateu...
O sangue ferveu....
Atingindo e ferindo....
O centro de meu peito...
Foi forte demais...
Da saudade que doeu...
Do amor pela minha terra...
Um carinho do tamanho do céu...
Me trazendo de Volta....
Uma eterna recordação.....
Nessa viajem...
Vaguei longe...
Fui entre vales e serras...
Rios e montanhas,
Grandes fazendas...
Lagoas e cachoeiras.....
Nessa memória...
Algo me amarga...
E ao mesmo tempo me adoça...
De lembrança boas...
Que até hoje me acompanha...
O velho barulho....
Dos touros berrando...
Lá na gruta...
Ouvia seu rugindo...
O galo despertando....
E os passáros cantando....
O barracão....
E o terreirão....
A tuia de milho....
E nós...
Abrindo de porteiras....
O apito...
Era a garganta....
Bastava gritar....
Para o gado juntar....
A fumaça do fogão de lenha...
Toucinhos e linguiça no varal....
Uma pitadinha de sal....
Conservando no tempo....
Da minha casa...
Que imagem bonita...
O gado na estrada...
Levantando poeira....
Passa o tempo..
Mas isso...
Nada pode apagar...
O que ficou...
Apenas saudades....
Dessa mocidade....
Que um dia eu vivi....
Tento não lembrar....
Os olhos marejam...
Ficando brilhantes....
Das lagrimas que descem....
Ah familia Melo...
Essa alma sulista..
Zelo eu por ela....
E cada vez mais...
Me apego no travesseiro....
E volto a viver....
Essas ricas lembranças...
Talvez de outro modo....
Vivo em outro lugar....
Mas nada tem igual...
Dos tempos que se foram....
E não voltam mais...
Cheiro de mata...
Terra molhada....
Comida feita a lenha...
Até hoje...
Posso até sentir...
O seu paladar.....
Essa alma Paranaense....
Soltas risos e chora...
Mas essa terra...
Nunca esquece.....
Um dia....
Quem sabe eu...
Posso regressar....
E nesse chão....
Ainda vou chorar...
Com minhas lágrimas...
Aquele solo regar...
Aqui...
No âmago de minha alma....
Os cantos dos pássaros...
Gorjeia sem parar...
Todod dia...
Eu Acordo com o som...
Do cantar....
Dos lindos sabiás....
Autor :José Ricardo
VÓO DA MINHA INSPIRAÇÃO...
Nasci....
E criei asas....
Dei a elas forças para voar.....
Em meus sonhos....
Fiz um vôo....
Subi alto....
Por ares desconhecidos....
Desafiando toda gravidade....
Na minha imaginação.
Passei pelas nuvens....
Abrindo as portas da vida....
Entre noites e dias....
Perto do Sol e da Lua.....
Visitei as estrelas...
Saudei os anjos do amor....
E encantado eu fiquei....
Com tanta beleza....
De tudo que avistei....
De asas abertas...
Voei em busca da sorte....
Mas sempre passando....
Bem longe...
Do rastro da morte...
Por instantes....
Parei e pensei
E lá de cima...
Tive um sonho....
Sonhei alto....
Esquecendo dores e rancores....
Cego sem rumo....
Me virei dos avessos....
E minha alma clamava....
Dos versos....
E controversos.....
E meu sangue fervilhava...
Bem acima da lua....
Tudo me encantava....
Nesse voo...
Me fascinei...
Me senti fora de mim.
Mergulhei nas profundezas...
Senti algo tão forte....
Tão absoluto....
Que nesse momento lacrimejei...
Vi tudo com exatidão....
Sentindo a minha alma chorar....
Do vôo que voei....
Nessa viajem....
Um "AMOR" veio do Céu...
E chegou até mim...
E o que era pesadelo...
Se tornou real....
Nesse momento...
De tudo eu esqueci....
E hoje....
Renovado voltei....
Com o "AMOR" dentro de mim..
E desci....
Sem medo de pousar...
Pra aqui na terra...
Somente amar....
Autor:José Ricardo
"O RESSUSCITAR DO POETA."
O poeta....
Decidiu um dia voar....
Nesse vôo....
Foi em busca de sua alma....
No alto....
Decidiu plainar e descansar...
Mas por um pequeno descuido...
Adormeceu e se distraiu...
Em queda livre....
Em um abismo caiu...
Mesmo ferido...
Mas já com sua alma encontrada...
Aos poucos...
Conseguiu se levantar....
Dizem que na vida nada é eterno...
Mas as asas...
Não machucara nessa queda...
E ao abrir os olhos....
Percebeu que poderia voltar....
Uma montanha.....
O poeta decidou procurar....
Ao subi-la
Seu vôo novamente levantou...
O que ficou na lembrança....
Trouxe novamente a esperança de continuar....
Mas o poeta....
Dessa vez....
Nesse vôo acertou....
Surgindo do abismo....
Veio e ressuscitou.....
Sem mesmo saber....
Até onde iria chegar....
Com alguns ferimentos ainda dolorido....
Foi buscando vitórias.....
De sua dolorida história que vivera um dia em outrora....
Que na vida....
Um dia registrou...
E hoje.....
Com coração fortalecido.....
Do tamanho do céu infinito...
Mas com seu sonho ainda não vivido...
Decidiu novamente sonhar....
Porque o poeta....
Nesse sonho achou....
Que tudo pode realizar.....
Mas não deixou...
De esquecer que na vida...
O que vale é o sonho....
E mais vive....
Quem mais sonhou...
E o sonho...
É a vida....
De quem da vida.....
Vive só amor...
Com o amor da sua vida...
Dada pelo nosso Senhor....
Autor:José Ricardo