Voo
JOÃO DE BARRO
O pássaro pousou na árvore, observou atentamente o local e levantou voo. Depois, retornou várias vezes.
Voava longe.
Voltava rápido.
Trazia barro.
Punha no galho.
Utilizava o bico.
Moldava a argila.
Levantava paredes.
Após algum tempo, engenhosa casinha surgiu na árvore. O pássaro não amassou o barro, que já existia em local próprio, mas trabalhou intensamente para construir seu teto.
Não é diferente nossa situação.
Deus nos favorece na vida com a inteligência e os recursos da Natureza, mas à semelhança do joão-de-barro, espera que trabalhemos.
PLANO DE VOO
No plano alucinado
Já no degrau maior
Estrelas se enroscam em mim
E eu tomo conta delas.
São jorge é uma ilusão.
Não acreditem que São Jorge
É um guardião da lua
Quem poderia fazer mal a lua
Uma mulher solitária que só vê seus filhos
Não acreditem em São Jorge.
O homem por sua conta
Criou os dogmas, as ilusões, os mistérios
E por todas as naus
Que singram o luar disperso
Não nos trazem informações sobre
O que se preferimos ver com nossos próprios olhos
Porque o encanto se demudaria um quebranto
E as infinitas entradas trancadas
Por rendas de sedas e ornados
Se concretizariam tais as madeiras
Das portas de nossas casas.
No plano dos sonhos tudo acontece
Da forma que ninguém fale
Aqui os mistérios são tratados como mistérios
E não nos entrançamos com estrelas
Nem damos de comer à lua
E a chamamos bonitas
Porque não vive entre nós
E a distância de nós a ela
É motivo de pesquisa da NASA.
O que teria esse voo que, de tão inteiro, nem existe? Essa imagem que, de tão completa e íntegra, se desintegra? Esses traços que, de tão delicados e firmes, nada sabem do real e do sublime?" O último verão em Paris, crônicas, 2000
Amar alguém sem valorizar a si mesmo, é como saltar de um avião durante o seu mais alto voo e não abrir o paraquedas.
Plano de vôo
Nós que estamos vivos e permanecemos seremos arrebatados. . . nas nuvens para encontrar o Senhor no ar. - 1 Tessalonicenses 4:17
No livro do piloto missionário Bob Griffin, Cleared for Take-off , uma ideia surgiu com frequência: um piloto deve ter um bom plano de vôo. Os aeroportos exigem que os pilotos registrem um plano de voo que inclua sua rota e destino de viagem. Um piloto missionário, muitas vezes voando de e para pequenas pistas de pouso em um território desconhecido, deve saber como chegar aonde está indo e onde pousar o avião quando chegar.
Ele precisa saber o caminho a seguir se precisar "voar às cegas" por meio de uma névoa densa. Ou ele pode ter que conhecer e confiar em pontos de verificação visuais, como picos de montanhas e rios. Todos os aspectos de seu voo devem ser conhecidos - especialmente o pouso.
Como crentes em Jesus Cristo, também temos um "plano de fuga". Sabemos que nosso destino é o céu, e sabemos que todos os dias devemos seguir o curso de obediência que foi cuidadosamente mapeado para nós na Bíblia.
A etapa final do nosso plano de vôo é encontrada nestes versículos da Bíblia: “O próprio Senhor descerá do céu. . . . E os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Então nós, que estamos vivos e permanecemos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para encontrar o Senhor nos ares ”(1 Tessalonicenses 4: 16-17).
Que plano de vôo!
Deus nos conduz no caminho da justiça,
pelo amor de Seu nome, e enquanto caminhamos por esse caminho,
sabemos que finalmente conduz ao céu acima,
ao qual nossas almas ressuscitarão em um dia glorioso. - Hess
Quanto mais você ama a Jesus, mais anseia pelo céu. David C. Egner
Folhas de Outono
Cá estou eu em seus braços
Em laços
Depois de um voo raso
Depois de um sopro farto
Raro
Cá estou eu sem rumo
Me arrumo
Pelo seu rumo
Como folhas secas de outono
Ah, as folhas de outono
Cheias de amor
Cheias de cor
Frágeis como o amor
Que ao menor sinal de calor
Se entregam e se deixam ir
Planando sobre seu próprio mar em tons de ocre
E pousam
Repousam
Ah, as folhas de outono
Cheias de mim
Cheias de ti
Cheias de si
O Silêncio Música
Uma dor muda,
Num som sem volume,
O vazio estilhaçado no voo
À janela fechada.
Às vezes no silêncio da vida
Mora a nostalgia da alma.
Ficamos sem voz
Com o nó das palavras
Amarradas na garganta,
Numa estreita passagem de indignação.
E noutro dia,
O sol dá passagem
E, de tanta luz,
O Silêcio torna-se música.
(Suzete Brainer)
VOO ALÉM DO LIMITE
Nas asas da liberdade, voamos,
Sobre mares de dúvidas e sonhos, planamos.
No infinito saber, mergulhamos,
Em busca de estrelas que, por amor, chamamos.
Cada escolha, um caminho; cada passo, uma história,
Nas tramas do destino, tecemos nossa glória.
Com a liberdade como bússola, o saber como luz,
Construímos pontes, derrubamos muros, carregamos a cruz.
Que nossas vidas sejam mais que um quase,
Que nossos sonhos, do papel, saltem e façam-se.
Pois quem na liberdade sua alma embebe,
No mar do saber, profundamente, bebe.
E assim, passo a passo, escolha após escolha,
Construímos um mundo onde o amor se acolha.
Pois livre é quem sabe, e sabe quem ama,
E no fim, é o amor que nossa alma reclama.
Solo Seguro
(José Adriano de Medeiros)
Evitei dormir o voo todo
Queria ver coisas inteiras mesmo que de muito longe,
que de muito alto.
Lasso de tantas coisas destruídas,
um abraço há muitas mãos em solo seguro,
era tudo o que eu mais queria.
Não sei fazer barquinho de papel, muito menos aviãozinho, pois já mergulho em poesia quando voo com ti.
Mulheres são como borboletas,
com asas que a vida costura,
num voo silencioso e forte,
carregam o peso e a doçura.
De casulos de sonhos quebrados,
renascem com a luz do olhar,
pintam o céu com suas cores,
em cada gesto, a liberdade a pulsar.
Suas almas, jardim de esperanças,
florindo na força do vento,
não se prendem ao chão que pisam,
voam alto, livres no tempo.
Liberdade é seu destino,
no bater de asas, o sentir,
mulheres borboletas, infinitas,
sempre prontas a se expandir.
_ Levante seu vôo meu amigo
_ Levante seu vôo minha irmã
E juntos vamos viajar pelo infinito
Para usufruir do nosso lindo presente
Que sempre esteve dentro de nós
E que está contigo agora, nesse instante; só esperando seu despertar: você se amando, para verdadeiramente, se amar
Gratidão
Dentro do vidro, a alma se debate,
Entre nuvens e borboletas, busca escapar.
A vida é um voo, um sonho a alcançar,
Pressa os limites, mas sempre a se libertar.
O Voo do Beija-Flor
Em lampejos de cor, lá vai,
O beija-flor, tão breve e sutil,
Rasga o vento, leve e febril,
Num voo que o céu lhe atrai.
As asas batem num doce vibrar,
Como notas de uma canção ao ar,
Ele beija a flor, num bailar sagaz,
E o mundo para, só para o admirar.
No instante em que ele se lança,
Traz ao dia uma leve esperança,
De que o belo e o frágil têm força e valor,
Na dança do eterno beija-flor.
Um Voo Sem Ruflar de Asas
E sei que nada de mim
É para sempre,
Mas quero a minha
Passagem bem leve,
um voo sem ruflar de asas
No anonimato do mundo.