Voo
O longo voo das aves, desde o gelado Canadá ao calor do Brasil, ultrapassa todas as dificuldades, as aves "sabem" o seu destino
Vôo, sim!
Na fantasia despida das Tuas poesias.
Vejo, sim!
Pela luminosidade do Teu sorriso.
Reflito, sim!
No brilho dos Teus olhos.
Respiro sim!
No ar quente que expiras...
E a mim, inspira estes
Sonetos sem Teu nome.
Navego, sim!
Nas tempestades advindas dos Teus versos.
De ventos tão fortes - que não assinas...
Que de tão flamantes
- sacolejaram e incendiaram
as velas da minha nau sem rumo.
Caminho, sim!
Nos Teus poemas em busca de um horizonte.
Parto sem rotas nem mapas.
Sem guias e sem vias.
Mas, abro portas,
Atravesso pontes,
Transponho montes e,
Encontro fontes que saciam
A sede, que me provocas!
A mim, pouco importa aonde vou chegar...
Tampouco sei o que vou buscar.
Só sei que na volta sempre me assusto...
Trago dentro de mim o que não busco?...
Mas, vazio não volto!
Na ida algo levei dentro de mim
No meio do caminho algo deixei.
Na volta, colhi o que plantei
Engrandeci com o que aprendi.
Pois, se nas pedras tropeçei e caí
a passagem dos outros não impedi.
Essa é a lição que tirei dessa viagem que fiz:
Plante uma flor e semearás: Amor.
O Amor, é como uma flor e a erva daninha
- existe em todos os caminhos da nossa vida.
Ele nasce, cresce se nós não o cultivarmos...
Ele morre!
Soneto Solene
"Quando entristeço,
penso logo em algo novo,
traço novos planos de voo,
antes que a vida
me surpreenda
em cima do muro"
Voo.
Sinto-me no céu, literalmente no céu.
Como se inventasse um jeito novo de ver, de sentir o mundo.
Gosto de pensar na minha vida com um novo cenário, com personagens interessados- contracenando comigo.
Eu não quero ser o protagonista deste novo enredo, prefiro o choque, e sua realidade.
A verdade é que, sinto-me um figurante. Nesta, que deveria ser a minha história.
Disseram-me, que lá atrás, fiz as minhas escolhas. Escrevi meu próprio roteiro.
Mas com o tempo, fui sofrendo alterações. Tenho um pouco de medo quando penso- em atribuir também a mim, essas autorias.
Sinceramente, pouco importa de quem são os créditos. Não importa se fui ficção, se idealizei, se sonhei.
Não importa se esperei demais, se desesperei, ou se cheguei a alguma conclusão- mesmo que confusa.
Como já havia dito no post anterior, cheguei por aqui menino, louco por aventura. Encontrei drama, e dosei- fazendo-me comédia.
Se eu pudesse dar nome a minha realidade, eu diria que já estou pra lá da metade.
Sei que o gostoso- é fazer desta história, um avesso de mim, de tudo que um dia eu quis.
Gosto de sentar-me num canto de mim, só para rever o que já foi feito, chamo minhas lembranças e me finalizo.
É quando a plateia esta só, quando os aplausos são poucos, sorrindo ou chorando, que descubro o tamanho do palco.
Eu estarei todo arrumado, inventando novos cómodos, novos roteiros. Serei todos os dias uma estreia, nesta “ficção de mim”.
Baseado em fatos reais ou imaginários, sem titulo. Mas com muito significado.
A Minha Vida.
Peso
Negror de sepulcro.
Consciência em interior profundo.
Asas em vôo cinza. Fumaças e pesares.
Reflexões do céu em noite agarrada de sombras.
... Pela graça de algum ente que também se pauta pelo amor ateu.
Em meu hospício pessoal faço minha alegria, voo pelos altos ares, conheço o paraíso real. Na tua lucidez estúpida, encontro minha derrota, afundo-me em tua tristeza, fracasso-me em teu amor.
Sou um pássaro
Livre a voar
Alucinadamente
Vôo até cansar
Me perco pela estrada
Tentando me achar
Mas quando chego perto
Desisto de voar
Logo chego
Chego nada
Logo nada
Nada chego
Enfim voar até morrer
Viver até cansar
Tentando me entender
Tentando me encontrar
...Vou trilhar caminhos desconhecidos, darei um vôo rumo à liberdade...
A cada dia uma mutação, uma metamorfose, um novo dia, uma libertação...
Viverei como um pássaro mudando de lugar em cada estações.
Vôo no vôo da espera da lembrança.
Lembrança boa que não voa.
Os dias não decolam.
Meu coração não aterrissa
e ultrapassa o limite da minha ânsia:
dormir, sonhar e acordar.
Me atiro em vôo livre
por ares desconhecidos.
Vôo medroso...
ares assustadores.
Plaino sobre o que gosto
com minhas asas bem abertas
Eu gosto de voar.
Gosto de sentir o vento
que toca o meu rosto.
Gosto de sentir a brisa forte
que acalma meus dias tortuosos.
Gosto do chamego do Sol.
Eu sou a namorada do Sol.
Sol pleno que toca em mim.
Os milagres de todos os dias
O nascer do sol;
Uma brisa suave;
Cor do girassol;
Mais um voo da ave;
As flores nascendo;
Crianças brincando;
Rosas florescendo;
Os seres amando.
Na nave da Igreja,
Jesus acolhendo,
Sem olhar quem seja,
A benção descendo.
E Deus nesta hora
Em brilho total,
Resolveu que agora,
Haveria Natal.
Milagres assim,
De todos os dias,
Nos trazem, enfim,
Muitas alegrias.
O Natal é agora,
Bem neste momento,
Pois Deus não tem hora
Para tal evento.
Porque afinal,
É sempre Natal.
Sinto por ti uma ansiedade incógnita,um voo gaivota, uma chama trêmula,um arrepio na pele,o amor..?
Não sei...
Mas o desejo...
Incansável que sou, eu sigo. E quando penso que vou me espatifar no chão, levanto vôo. E quando penso que vou alçar vôo, me espatifo no chão! E a única coisa que é incansável em mim é meu cansaço, mas nem por isso eu paro.
Foi no espinho do teu beijo doce
Que eu me feri
Perdi o passo e senti
Que fui além num voo quase sem fim
Como um pássaro eu me entreguei
Ao voo como se fosse a última vez
Bebia o néctar da ilusão
Serpente na escuridão
Tocaia no destino de quem quis
Sentir da rosa o tocar
Da pétala no claro da manhã
A queda ergueu as minhas asas
A queda ergueu as minhas asas
Hoje eu sei voar...