Voo
O longo voo das aves, desde o gelado Canadá ao calor do Brasil, ultrapassa todas as dificuldades, as aves "sabem" o seu destino
Sou um pássaro
Livre a voar
Alucinadamente
Vôo até cansar
Me perco pela estrada
Tentando me achar
Mas quando chego perto
Desisto de voar
Logo chego
Chego nada
Logo nada
Nada chego
Enfim voar até morrer
Viver até cansar
Tentando me entender
Tentando me encontrar
...Vou trilhar caminhos desconhecidos, darei um vôo rumo à liberdade...
A cada dia uma mutação, uma metamorfose, um novo dia, uma libertação...
Viverei como um pássaro mudando de lugar em cada estações.
amor e uma planta que se voo´c cuida e sabe trata dela
dara frutos lindos assim>>: com bj´s carinhos amor e FEDELIDADE
Voo.
Sinto-me no céu, literalmente no céu.
Como se inventasse um jeito novo de ver, de sentir o mundo.
Gosto de pensar na minha vida com um novo cenário, com personagens interessados- contracenando comigo.
Eu não quero ser o protagonista deste novo enredo, prefiro o choque, e sua realidade.
A verdade é que, sinto-me um figurante. Nesta, que deveria ser a minha história.
Disseram-me, que lá atrás, fiz as minhas escolhas. Escrevi meu próprio roteiro.
Mas com o tempo, fui sofrendo alterações. Tenho um pouco de medo quando penso- em atribuir também a mim, essas autorias.
Sinceramente, pouco importa de quem são os créditos. Não importa se fui ficção, se idealizei, se sonhei.
Não importa se esperei demais, se desesperei, ou se cheguei a alguma conclusão- mesmo que confusa.
Como já havia dito no post anterior, cheguei por aqui menino, louco por aventura. Encontrei drama, e dosei- fazendo-me comédia.
Se eu pudesse dar nome a minha realidade, eu diria que já estou pra lá da metade.
Sei que o gostoso- é fazer desta história, um avesso de mim, de tudo que um dia eu quis.
Gosto de sentar-me num canto de mim, só para rever o que já foi feito, chamo minhas lembranças e me finalizo.
É quando a plateia esta só, quando os aplausos são poucos, sorrindo ou chorando, que descubro o tamanho do palco.
Eu estarei todo arrumado, inventando novos cómodos, novos roteiros. Serei todos os dias uma estreia, nesta “ficção de mim”.
Baseado em fatos reais ou imaginários, sem titulo. Mas com muito significado.
A Minha Vida.
Peso
Negror de sepulcro.
Consciência em interior profundo.
Asas em vôo cinza. Fumaças e pesares.
Reflexões do céu em noite agarrada de sombras.
... Pela graça de algum ente que também se pauta pelo amor ateu.
Em meu hospício pessoal faço minha alegria, voo pelos altos ares, conheço o paraíso real. Na tua lucidez estúpida, encontro minha derrota, afundo-me em tua tristeza, fracasso-me em teu amor.
O último voo.
...num movimento alienado, Aiumy olhou novamente pela janela impacientemente como se esperasse alguém. Estava inquieta e por isso foi buscar um cigarro no criado mudo do seu quarto, respirou fundo e foi caminhando o que lhe pareceu uma maratona. Colheu seu último cigarro do sexto maço que comprara junto de outros cinco a quatro horas. Acabou a munição, pensou consigo mesma, está chegando ao fim.
Sentou-se então na cama para acendê-lo, suas mãos tremiam incontrolavelmente o que dificultou o processo. Quando começou a queimá-lo fechou os olhos como se tentasse acalmar-se, como se fosse conseguir. Contou calmamente até 10 e depois deu uma tragada, pensou estar mais calma, mas a essa altura do campeonato Aiumy não conseguiria relaxar.
A sua frente mirava sua penteadeira desorganizada: quinze tipos de pincéis de maquiagem espalhados por todo o móvel, um curvex, seu estojo de sombras com cinquenta cores diferentes, um estojo de blush com seis tons e ainda 23 batons em todas as tonalidades de vermelho ocupando todo o espaço. Havia também perfumes, Carolina Herrera, Caron's Poivre, Jean Patou's Joy, Imperial Majesty, Chanel n°5, além de infinitos elásticos de cabelos de infinitas cores, grampos com e sem brilho, inúmeras jóias e algumas bijuterias. Por último e não menos visível, uma garrafa de Dom Pérignon vazia e alguns resíduos de sua fuga mais rápida. Alguns papéis, notas fiscais, contas e cartelas de remédio se via por ali também. Acima e refletindo tudo aquilo havia o espelho, que além de suas porcarias refletia o seu rosto cansado o qual não transparecia a tensão que ela sentia no momento.
Em uma tentativa de não enxergar sua desorganização, que sua mãe sempre considerara sintoma de loucura, olhou para o lado. Tentativa frustrada. Agora olhava seu criado-mudo ainda mais desorganizado, livros embaixo de tudo, 4 ou 5 exemplares, Clarice, Drummond, Machado, Nietzche, discos espalhados, pois adorava uma velharia. Ao lado deles seus óculos e a caixa do seu aparelho móvel: ambos inúteis. Muitas bolinhas de papel amassado além de embalagens de barrinhas de cereais de baixa caloria. Havia também o dobro de caixas de remédios, bulas, cartelas, receitas, copos meio vazios e um cinzeiro, o qual não se podia mais enxergar a imagem do fundo, muito menos qualquer outra parte do objeto que carregava bitucas e cinzas de quatro dias.
E agora, uma última bituca.
Acabou-se o cigarro então foi à janela conferir a presença de ninguém. Abriu a porta da sacada e demorou-se admirando as pessoas-formigas lá embaixo, era o vigésimo primeiro andar do prédio. De repente ao longe, talvez vindo da sala - agora não fazia idéia de onde colocara suas coisas - ouviu seu celular tocando Edith Piaf - Non Je Ne Regrette Rien. Irônico. Deixou tocar.
Tocou de novo. Ignorou. Não desistiu. Aiumy foi atender. Não quero, não quero, não quero, pensou alto, mas esqueceu de repetir mais uma vez para ir às quatro direções. Quando chegou parou de tocar, ela respirou e então tocou novamente. Somente de olhar o número não gravado seus olhos se encheram d’água. Não estava armazenado, mas ela sabia exatamente quem era. Atendeu, gritou, respondeu, esperneou. Do outro lado era o contrário: a outra pessoa respondia fria e indiferentemente. Aiumy desligou e jogou o celular no sofá, mas não havia dito adeus.
Olhou pensativa para o sofá, caçou o celular entre os cobertores e restos de comida. Mandou uma mensagem, uma palavra. Desligou definitivamente o aparelho e voltou ao quarto.
Dirigiu-se a penteadeira, sentou-se na banqueta, aspirou a ultima fileira e pensou, quem diria finalmente poderei me livrar desse vício. Olhou-se, e agora em seu rosto manchado de lágrimas transparecia seu sofrimento, porém havia prometido: "vou ser fiel ao rosto que criei". Selecionou suas maquiagens e se pintou, tornou-se perfeita novamente como era (re)conhecida, demorou quarenta e cinco minutos nessa última atividade e esforçou-se para não borrar, nem haver defeitos.
E então correu para sacada, até lembrar-se. Voltou até o criado-mudo, selecionou aleatoriamente uma das bulas, qualquer pedaço de papel serviria e escreveu alguma coisa pequena e somente nas bordas.
Voltou a correr para a sacada. Abriu a porta, apoiou-se com as mãos na mureta e olhou para baixo, ainda na sua incessante busca por ninguém admirando as pessoas-formigas. Pôs força nos braços, ergueu-se e ficou em pé na mureta, equilibrando-se com a respiração que aprendera na ioga.
Aiumy fechou os olhos, sentiu duas lágrimas caindo e seu coração pulando, seus braços se abrindo automaticamente em posição de asas e seu corpo foi despencando lentamente e para quem a entendia, percebeu.
Aiumy não caia, alçava voo.
Somos Fênix
Uma Fênix em seu mais alto vôo
Renascendo a cada segundo de sua morte subita
Se faz divina refazendo sua epécie.... flôr rara... de suave perfume
És agora uma miragem ou minha verdade?
Divina se fez... me refez...
Nas cinzas se ergueu... abriu minhas asas
Fênix sou... quando das águas salgadas de meus olhos
Faço brotar doces sonhos em meu coração
Sim sou Fênix de asas abertas... alma de fogo...
Sou sua coragem... sua força... sua paz... a minha PAZ
Amar alguém sem valorizar a si mesmo, é como saltar de um avião durante o seu mais alto voo e não abrir o paraquedas.
Alcei voo, e nesta viajem levo comigo toda recordação do que foi bom, do que aprendi, o resto joguei fora, me sinto mais livre e leve para descobrir o que existe além do céu azul e das cristalinas aguas esverdeadas que compõe meu horizonte.
Noutro vôo a re-pousar
Perdida em doçuras pré-fabricadas, sonhadora compõe sonhos no passar de nuvens. Quando pequena, pensava ser algodão, no céu azul pintado a aquarela. Dias de chuva logo eram regados de sol e cores do arco-íris, traçado pelo dedo do criador que curva o céu, tom sobre tom.
Gira, gira o mundo ao redor, a menina agora emoldurada, é a mulher das fases de lua, das noites escuras em prantos polidos de lágrimas, menina agora madura.
Coração de mulher tem menina como moradia, tem dor em meio ao arco-íris que ainda está por vir, pois ainda chove, tem vez que chove todo dia, nesse dia a dia de esperas, dos fins de tarde cinzentos que trazem logo, logo à noite. Chamando pelo sol da manhã a moça dos sonhos cantantes vai se deitar, pra ver luz brotar na fonte da vida de toda menina mulher;
Sonha, com o calor em noite de ventania, flor a brotar na tarde vazia, mãos entrelaçadas, esperas que não sejam vazias. Sonhos dessa menina... A menina que ainda dança frente ao vento, que cruza tocando cada fio de cabelo, purificando a alma, limpando dores distintas; Devaneios vêm ao mundo do olhar da mulher ainda tão menina, tão mulher, tão menina.
Olhar de candura, a menina dos vôos e pousos quase bruscos em tons de queda, era brisa nas ventanias da vida, solta nas curvas e esquinas, liberta no ar dos becos sem saída, era céu além de chão. Terra, fogo, céu e mar era sua junção. Sua única saída era o vôo.
Voei
Sonhei,o mais lindo sonho
Alcei voo.....e voei!
Como um pássaro pequenino.
Pairei no ar durante um tempo.
E percebi que lá estão meus sonhos
Estarei sempre ali... junto deles!