Volúpia
Sou e Estou
Quando enxergar além do extremo,
O quê Eu Sou.
E contemplar com volúpia,
Naquilo que Estou, então entenderá.
A nudez da solidão revestida de volúpia consiste no confronto instintivo entre a imaginação e o ferver da intimidade corporal.
O que é belo exibe-se...
E o que não é? Mitiga-se.
Faz -se o que com aquilo que é voluptuoso? Devora-se!!!
270814
Você é a minha mais louca fantasia. O desejo que me consome por essas noites de volúpia. É você quem me leva à loucura de uma doce sedução quando o seu quadril encaixa no meu em uma envolvente dança da paixão... encostando à minha boca os seus macios seios!...
"... nos instantes de volúpia quando, no êxtase do g0zo, o homem perde consciência do mundo exterior e, na expressão popular, "morre no outro". Isso significa que a morte e o amor têm uma estreita semelhança."
Toda arte, toda filosofia pode ser vista como remédio e socorro da vida em crescimento ou em declínio: elas pressupõem sempre sofrimento e sofredores. Mas existem dois tipos de sofredores, os que sofrem de superabundância de vida, que querem uma arte dionisíaca, e desse modo uma perspectiva trágica da vida – e depois os que sofrem de empobrecimento de vida, que requerem da arte e da filosofia silêncio, quietude, mar liso, ou embriaguez entorpecimento, convulsão. Vingança sobre a vida mesma – a mais voluptuosa espécie de embriaguez para aqueles assim empobrecidos!
Vento
Sinto a respiração aliviada da noite
O sussurro do vento e seu timbre aveludado
a falar das vidas, de nortes, do pecado
Enquanto fito um sono digno das fadas
Numa mistura de lençóis brancos e pernas,
Viçosas, fortes, bem torneadas
Arquitetura em carne, osso e cheiro
Morros, montes e vales ocultos
As vezes não, pelo vento
Que revela os cheiros e fragrâncias
De Vênus, das suas, dos seus...
Como sou grato ao olfato e a visão
O tato, paladar e audição
Para que mesmo em obscenos pensamentos,
Possa tocar furtivamente o vento
Cheirar em um sussurro os montes
Degustar o sono das fadas
Ouvir a melodia do desejo ....
Meu
Do vento...
Luciano Calazans. Salvador, Bahia. 17/03/2015
"Mas faltava descobrir o que vinha por detrás da arte. Respiração ofegante. Sangue a correr nas entranhas das palavras. Um pacto. Confiança? Eu te amo porque hoje é um novo dia".
"Ah, sim. Um verdadeiro escândalo. (...) Um alvo perfeito para quem a odiasse. As senhoras não somente lhe virariam a cara, como o corpo inteiro. 'Bom dia' não lhe diriam mais os senhores, e a 'boa noite' seria com os livros de Shakespeare de vez".
Enquanto eu o olhava com lascivia, ele libidinosamente escrevia seus desejos no meu corpo. Entre uma rima e outra trocavamos beijos apaixonados, até que nos embriagamos com o gosto dionisíaco de nossos bocas . E exaustos, nos abandonamos um no outro, pela madrugada afora.
De que adiantavam aqueles gritos se mensageiros mais velozes, mais ativos, montavam melhor o vento, corrompendo os fios da atmosfera? Meu sono, quando maduro, seria colhido com a volúpia religiosa com que se colhe um pomo. E me lembrei que a gente sempre ouvia nos sermões do pai que os olhos são a candeia do corpo. E, se eles eram bons, é porque o corpo tinha luz. E se os olhos não eram limpos é que eles revelavam um corpo tenebroso.
(Lavoura arcaica)
Tenho um amor
Eu tenho um amor que pira
Tenho alguém que me respira, suspira,
Enrosca, enrola,
Ensopa, cai, pega, leva
Segura, puxa, levanta
Chora, grita, sorri
Desespera
Eu tenho um amor que consola
Que me amola,
Chupa, sobe, desce
Enlouquece, o corpo aquece,
Congela, beija, abraça,
Na frente, atrás, amassa
Arregaça, tateia, se perde
Acha, enleia, despenteia.
Eu tenho um amor calmo
Que enlouquece,
Enriquece, empobrece
Me leva, me traz,
Joga, lança,
abaixa, levanta
Devaneios
Na hora do amor...
Eu tenho um amor
Com a calma de furor
Com a cumplicidade
De amantes que não percebem a incrível
História que escrevem com o suor dos corpos
Na página do coração
Banho de chuva pra lavar meus santos pecados
Aqueles que eu penso sozinha
Imaginando seu corpo
Seu rosto
Seu suor
Gotas de chuva
Deixam meu corpo ávido pelo seu
Quente
Abruptamente te quero!
Te mordo pra te segurar com os dentes
Ah, chuva!
Busca meu amor!
Traz aquele que me faz sonhar!
Vai...e que cada gota seja abençoada
Pra te trazer pro meu olhar...pra te amar...
Como o amor é delinquente, ilegal, imoral e adora bagunçar a casa.Sua boca encaixa na minha. Seus braços me cobrem com uma perfeição incrível. Perto de você eu não tenho medo de ser, de sentir, muito menos de fazer. Me encontro na sua perdição, me derreto com o seu calor. O amor é desajuizado e não mede consequências. Amantes jamais percebem o quanto podem ser felizes e loucos. A loucura do amor é deliciosamente abençoada, sempre. Quem ama exagera, erra, acerta, sorri, chora, grita e sussurra. Tudo ao mesmo tempo. E pouco importa quem pensa o que. O amor é insensato e surdo. Não escuta o que não lhe convém.
Depois de um magnífico capellini
acompanhado de um chileno honesto
instalou-se a lombra.
Deitado na rede da varanda escorro em devaneios.
Meus pensamentos lentos desembarcarão logo, logo
na planície do sono profundo.
É preciso.
Álacre e lestamente virá o show do Ratto.
Enfim a cidade sairá da mesmice sertaneja.
Preservarei meus olhos marrons
para o brilho dourado e alegre do whiskey.
E que venha a noite com suas sombras protetoras,
seu acalanto cheio de segredos vorazes,
sua volúpia de mil dedos.
Fala a loucura: “... dizei-me, por Júpiter, sim, dizei-me se há, acaso, um só dia na vida que não seja triste, desagradável, fastidioso, enfadonho, aborrecido, quando não é animado pela volúpia, isto é, pelo condimento da loucura. Tomo Sófocles por testemunho irrefragável, Sófocles nunca bastante louvado. Oh! Nunca se me fez tanta justiça! Diz ele, para minha honra e minha glória: “Como é bom viver! Mas, sem sabedoria, porque esta é o veneno da vida”. (Elogio da Loucura)
Toco-te, como as ondas acariciando a areia, e da ponta de meus dedos extasiados escorre o sal, do mar bravio das tuas volúpias.
Uma maré de sangue se ondulou no chão da avenida silenciosa, meus cabelos pregaram no rosto, o primeiro tronco negro que avistei, envenenei com minha fraqueza, tempestade... Quantas gotículas pesadas caem sobre minha carne, alguém por favor ilumine essa ruela sórdida e absorva de mim o peso dessa cruz de madeira? Estou decidida a não errar mais... Partículas de odor e um tenebroso rangido de botas entrando em atrito com o chão me deixaram em alerta, a névoa nunca esteve tão vasta...
Fitei com dificuldade aquele corpo esguio que vinha em torno da minha direção trajando a tons sombrios. Insinuou medo, tive sensações déjà vu, uma afronta terrível de querer encarar o medo com ousadia. Mas corri, Porque o medo é algo fatídico, porque aquele coldre de couro na sua cintura, insinuava medo, não proteção. Rápido como um raio, empurrou violentamente os meus ombros pra traz, cai. Mas não inconsciente, sim sufocada com aquele macho em cima de mim! Soquei seus seios rijos em tentativas de um golpe, mas em frações, segurou minhas mãos sobre o chão crespo.
Quase obsceno de tão sedutor, dono de um jeito perspicaz, ficou clara sua sagacidade., DE NOVO NÃO... Sem ver, rolamos no chão de lama ralando o nosso corpo na avenida, eu estava decidida a não errar novamente, mas aquele macho gracioso voltou-me a aparecer novamente.
Não sou santa nem libertina, sou apenas uma mulher intensa, com o desejo à flor da pele. Uma mulher que ama e é correspondida, que deseja e é desejada e que sabe aproveitar com volúpia até a última gota dessa dádiva.
Inspiração do amor puro, verdadeiro e divino ao meu amor...
Não, eu não vou dizer que te amo
Não vou dizer que te amo porque...
Quero que sinta como eu te amo quando olho pra você, e em como o vejo e admiro o homem que é, e o quanto me orgulho de você.
Que sinta que te eu amo, quando olho no teu olho e te sinto no fundo da minha alma...
Quero que sinta que te amo a cada beijo meu, e que ao tocar dos meus lábios contra os seus, sem falar nada, estou dizendo que amo você com toda minha volúpia, e que a cada abraço apertado que damos, sinto você de um jeito tão especial que não sei explicar, e me emociono de tal forma porque dele não quero nunca mais sair, porque sinto que somos um só, em corpo e alma.
Quero que sinta que eu te amo, quando ao meu toque em seu corpo, escreva nas pontas dos dedos o que sinto, e com o afago de minhas mãos em seu rosto e cabelos, perceba como eu que ali encontrei o meu ninho de amor.
Quero que sinta que a cada respiração e transpiração, no entrelace de nossos corpos e em um desejo sem fim, que sinta que eu te amo, quando estás dentro de mim...
Não direi que eu te amo, porque as palavras são como o vento, voam...
Mas o que sinto não é abstrato e sim muito concreto, e ao perceber e sentir o meu amor, será pra nunca mais esquecer, porque quando te olho, beijo, abraço, acaricio e me entrego, entenda de uma vez por todas e sinta que meu amor é real, e não efêmero.
Quero que sinta que te amo, quando me rendo aos seus caprichos de amor, e me entrego sem pensar nessas loucuras, porque só desejo estar ali naquele momento com você e em amar-te meu amor, meu amante, meu anjo amado.
Quero que sinta que te amo, quando em meu devaneio, não consigo parar de pensar em ti um só instante e minuto do meu dia, porque você é o ar que respiro e preciso dele pra viver.
Quero que sinta que te amo, quando em um fragmento de tempo e espaço que estou com você, sou feliz, e quero que esse momento se eternize e perdure, mesmo que em mundo paralelo só nosso, e nele imagino que sempre estarei contigo e não me deixará nem por um minuto...
Não, não vou dizer “EU TE AMO”
Pois meu coração de tanto amor chega a doer,
E o que sinto, não precisa dizer, pois apenas o amo com todo o meu ser...