Volúpia

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DILACERAÇÕES

Ó carnes que eu amei sangrentamente,
ó volúpias letais e dolorosas,
essências de heliotropos e de rosas
de essência morna, tropical, dolente...
Carnes, virgens e tépidas do Oriente
do Sonho e das Estrelas fabulosas,
carnes acerbas e maravilhosas,
tentadoras do sol intensamente...

Passai, dilaceradas pelos zelos,
através dos profundos pesadelos
que me apunhalam de mortais horrores...

Passai, passai, desfeitas em tormentos,
em lágrimas, em prantos, em lamentos
em ais, em luto, em convulsões, em dores...

⁠amo-te tanto

amo-te tanto amor que já não sei
se tens amor que chegue só pra mim.
do tanto amor que já te dediquei
receio que te canses ponhas fim

ao grande amor que sempre te ofertei
e que eu sempre quis fosse mesmo assim.
amar sempre também cansa eu bem sei
mas o amor nunca morre não tem fim.

amo-te como quem ama a primeira
vez em qualquer momento até lugar
e de qualquer forma qualquer maneira.

ninguém ama somente por amar
ninguém ama de forma interesseira
porque amar é sentir e eternizar...

Inserida por batista_oliveira

⁠Existe um medo da volúpia que é em si mesmo voluptuoso, assim como um certo medo da morte pode ser mortal.

Inserida por pensador

O meu sonho adormeceu profundamente ...
Sonho bordado em noites de volúpia ...
Cheios de suspiros feitos de gemidos …
Enquanto sonhava ...com a tempestade que me cobria
Ouvia os lamentos e a melodia do vento furioso...
Sentia os teus lábios que quando estão juntos aos meus
São duas metades que se encontram...fundem-se de ternura...
Beijo teus olhos, mergulho na pele suave e perfumada...
Ouço na pele, teu acariciar....entre os nossos lençóis
Respiro teu gosto tão doce de amar, como as águas salgadas do mar...!!

A volúpia do ódio não pode igualar-se à volúpia de ser odiado.

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

Desejo exacerbado
Voluptuosas mentes
Imagens continuas
De corpos ardentes
Meia luz, o sol invade
A casa fechada
A pele parece brilhar
Gotículas de suor
Iluminadas pelo prazer
Olhos conectados
Almas conectadas
Momentos únicos
Espíritos antigos
Se reencontrando
Mas a hora vai
E com a hora ele vai
Maldita hora o leva
Embora sozinha
Continuo completa
Esperando a hora
Dele voltar e transbordar
Tudo que há em mim.

Amarga volúpia dominando meu corpo.
Sensação obscura de um prazer proibido,
indesejado.

Eu, pobre criança indefesa.
E tu com a força demasiada do teu desejo, tiraste minha inocência.

Me tornando mulher.

Inválidos gritos de socorro eu sussurrei reprimida por tuas mãos fortes.

Angustia meu coração sentia.
Humilhação! Ânsia de morte.

Mancha de sangue deixada em meu corpo.
Figura espantosa de momentos de tortura.
Que a água não tira.
O tempo não apaga.

Mancha de sangue, ferida na alma que tu deixaste sem pudor.

Me mostrastes antes que a flor nascesse o segredo da vida.

“Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta-te.
Esquece-te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Querer ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca-te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti”?

Por fuga,
volúpia,
almejo,
ou desejo,
Todos tem
o mal e o bem,
dividindo a mesma cama
seja com quem se ama,
ou, apenas por grana.

Alegria!
Alegria!
Volúpia de sentir-me em cada dia
mais cansada, mais triste, mais dorida
mas cada vez mais agarrada à Vida!

Volúpia imortal

Cuidas que o genesíaco prazer,
Fome do átomo e eurítmico transporte
De todas as moléculas, aborte
Na hora em que a nossa carne apodrecer?!

Não! Essa luz radial, em que arde o Ser,
Para a perpetuação da Espécie forte,
Tragicamente, ainda depois da morte,
Dentro dos ossos, continua a arder!

Surdos destarte a apóstrofes e brados,
Os nossos esqueletos descarnados,
Em convulsivas contorções sensuais,

Haurindo o gás sulfídrico das covas,
Com essa volúpia das ossadas novas
Hão de ainda se apertar cada vez mais!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

O grande prazer dos sentidos é uma volúpia (im)perfeita e (in)completa por (in)compreensão das entrelinhas. Mas quem se detém a ler nestas tais entrelinhas?

Esse amor que me faz criança indefeza e faz parte de mim tua presa, me possua com volupia ou me ame com gentileza.

Melhor do que avançar com volúpia na escuridão é ver um farol ao longe, e se aproximar dele aos poucos. Assim seguimos para os referenciais. Por mais que sejam utópicos e estejamos longe alcançá-los, temos um alvo para atingir.

"Volúpia"

Em sua etérea essência,
O que poderia parecer atrativos vos incomodara
Por não ter havido o êxito de provocar arrepios
Ele já não fazia aquele bem que a aprisionara
E como um volúpio veneno, tomara sem rejeitar
Em cada momento ela via embriagada numa nostalgia
Como a que antes não havia
O veneno tão doce parecia que parecia lhe oferecer
A felicidade incontida, mas não lhe era permitida
Tal destino era cruel ao traçar caminhos
Tão distintos aos quais ela havia planejado
Em seus momentos de insensatez
Ela já não poderia olhá-lo
Como se La no fundo a recordasse seus malogros.

INDIFERENÇA

A tua indiferença já não me toca tanto,
Talvez tenha sido volúpia de uma paixão,
Por ter-me deslumbrado por teus encantos,
Por fim, refleti, parei pra ouvir a voz da razão.

Amar sem ser amado é teimosia,
É sonho de amor, é utopia e ilusão,
Amar é sonhar juntos amor e fantasias,
É dividir a dois a alma e o coração .

Amar sem pretensão, é egoísmo,
É uma parte sofrendo de amor e a outra sorrindo,
Amar, sem receber amor, é altruísmo,
É viver voando na vida sem destino.

Não lamentarei de derrotas ou fracassos,
Por isso, a tua indiferença não mais me importa,
Ganharei guarida e amor em outros braços,
Pois quando se fecha uma janela abrem-se outras portas.

A vida bate, mas tudo passa nesse mundo,
Pois se no teu ego me fizeste palco de sofrência ,
O tempo ensina e a todo instante muda tudo,
Sigas em paz a tua vida, com a tua indiferença.

PALAVRAS SOLTAS ღ 🌹 ಌ

Sensual de paixão, voluptuoso e libertino
Solidão dos corpos, ilusões da vida
Sonhos loucos, olhares sombrios
Mágoas e angústias, espinhos das rosas
Poetas tristes, madrugadas vazias
Rostos frios, palavras sentidas
Maresia e vento, tempestades do inferno
Fogo da carne, mar imenso
Cegos do destino, escuridão da trevas
Sentimento de um poema, despido de mágoa
Infinito e intenso, perfumado no tempo
A chuva cai com força na lama🌻
Lágrimas de sangue, dor
De todos aqueles que perderam a vida
Por uma causa, por um ideal
Luta desigual entre o aço e a carne
Entre a pátria, família, liberdade
Rasgada por dentro, carne sofrida
Sofrimento atroz, dor que arde
No fogo do inferno, sofrida depois da ida
Guardada depois da vida, dos mártires
Da guerra feita do aço e da carne podre
Sem alma, sem coração, sem honra, sem humildade
Homens sem esperança perdidos, esquecidos, com fome
Com frio, lágrimas de sangue que correm nas veias
Sem medo, sem nada, esperam a paz dada pelo aço.

Soturno como o amenizar da alvorada
Jaz moribundo em meu quarto
As volúpias que me enfeitiçava as ideias
Sem ter mais seus lábios vaporosos!

Cismando em meu consciente pesaroso,as estrelas!
Até minhas d' alvas não brilham em meu coração.
O que me resta? A penumbra para mim é mais bela
Leviano pelos próprios pensamentos.

Ignoto,ah! Como sou, malfadado não sabes nada
Sou uma pluma sem penas um sol sem raiar
No alto do céu há uma colcha prata
Nem mesmo ela brilha para mim, o que me restas?

Me restas ti, mas venha logo para diante de mim!
Para que eu possa aterrissar minha fronte em teu sorriso
Para que minha alma escura vire penumbra
Alma pura! Não demore mais, venha para perto de mim!

Caju

⁠O desejo o cheiro do cajueiro a volúpia nua.
As delícias um brotinho de céu,
Esse véu que cobre o vermelho dos montes
É nascente é rio o puro sangue
que ferve nas veias,
é nossa lua cheia...
Seu cheiro sempre vem
e por inteiro me norteia.

Eu sou esse felino sem destino,
O amor é só um menino,
sempre jovem a te respeitar,
Caso os sonhos vira realidade,
Minha mocidade vai se revestir para te servir
O melhor necta do existir da vida...

E a gente aprende no seu corpo lindo...
Que o tempo não apaga o que é bonito.
Esse sereno que toca meu rosto
É a lembrança o gosto
de saborear o seu olhar que eu amo...
É mágico o verde desejado
pelos seus olhos castanhos.

Vira mar esse tom rosa o batom perfeito.
Para um dia qualquer até o Domingo
sentir o peito ainda vermelho..
Eu vou sem medo abrir a porta para felicidade.
Essa verdade que me invade por inteiro.

Ainda tem o seus cabelos negros e lisos
a formosura de seus seios o firmamento!
Rasgando por dentro o sentimento,
Talvez exista unguentos no tempo,
Agora é só o momento de cuidar de dentro,
As lembranças sua é boa
Singela flor como as boboletas que voa.
Feliz de amor e de sonhos!

O brinco o colar de estrelas tudo pra deixar
O bonito mais dentro do infinito...
O eterno toque do seu olhar a brindar comigo..
O desperta das flores e juntos um desenho a colorir..
O existir bem ali o jardim sorrindo a florir.
Dentro de nós tudo pode ser sem fim...

Porque todo dia é o novo recomeço feliz...
O abrigo secreto o paraiso escondido na alma...
Um moinho de vento no caminho de casa a calma marrenta...
Essa sensasão do seu corpo no meus dentes és o pão que me sustenta!

É divino essa sensibilidade que eterniza por dentro.
É paixão do mistério o psiquê sem resposta dos Porquês...
E a vida continua a navega horas no mar, na terra e ao vento.
E tudo é tão pequeno até o tempo...

⁠Volúpia

A vida suicida a vontade de ter você,
É estranho não poder e querer
Desejar e não ter
Te coloquei nas orações, mas essa não foi atendida
Dos meus sentimentos desejo a ti uma despedida
Dessas só de partidas, sem vindas, só idas
Doce é saber que nem tudo faz bem,
Que você me convém quando vem
E quando não, tá tudo bem
Eu quero que minha cabeça passe a assimilar
E meus olhos não venham a chorar,
Meu coração não venha a disparar
Não gosto de disputar, só se você fosse o primeiro lugar
Mas não quero deixar o prazer me cegar
Seria uma volúpia te ter,
mas vai me doer mais ver eu me perder
Ou eu mato o que coliga minhas fantasias ou vou morrer pensando em você