Voltarei
Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.
Enxugue estas lágrimas
Não fique triste assim
Um dia voltarei meu bem
Aqui não é o fim
Dê-me tua mão
É teu o meu coração
Não vou te esquecer
Não fique a temer
Pois o nosso amor
Não foi em vão
Vamos passando, passando, pois tudo passa. Muitas vezes me voltarei. As lembranças são trompetas de caça, cujo som morre no vento.
(...) saudade daquilo que fui e, sei, não sou mais e nunca mais voltarei a ser. Mais logo afasto essas coisas da cabeça. Só trazem tristeza, reavivam coisas que eu não queria mais sentir. Essas lembranças passam pela cabeça sem se deter. São humildes, parecem esperar um aceno para caírem sobre mim. Quase nunca faço esse aceno; ela desaparecem, deixando um gosto e um cheiro muito leves de poeira, armário aberto depois de muito tempo, lençol limpo, café preto com broa de milho.
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Espera-me pelas manhãs vazias,
nas tardes longas e nas noites frias,
e, outra vez, quando o calor voltar.
Aí, nunca deixes de me esperar!
Espera-me, ainda que, aos portais,
as minhas cartas já não cheguem mais.
Ainda que o Ontem seja esquecido
e o Amanhã já não tiver sentido.
Espera-me depois que, no meu lar,
todos se cansem de me esperar.
Até que o meu cachorro e o meu jardim
não mais estejam a esperar por mim!
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Não dês ouvidos nunca, por favor,
àqueles que te dizem que o amor
não poderá os mortos reviver
e que é chegado o tempo de esquecer.
Espera-me, ainda que os meus pais
acreditem que eu não existo mais.
Deixa que o meu irmão e o meu amigo
lembrem que, um dia, brincaram comigo
e, sentados em frente da lareira,
suponham que acabou a brincadeira…
Deixa-os beberem seus vinhos amargos
e, magoados, sombrios, em gestos largos,
falarem de Heroísmo ou de Glória,
erguendo vivas à minha memória.
Espera-me tranquila, sem sofrer.
Não te sentes, também, para beber!
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Esperando-me, tu serás mais forte;
sendo esperado, eu vencerei a morte.
Sei que aqueles que não me esperaram
– que gastaram o amor e não amaram –
suspirando, talvez digam de mim:
“Pobre soldado! Foi melhor assim!”
esses, que nada sabem esperar,
não poderão jamais imaginar
que das chamas eternas me salvaste
simplesmente porque me esperaste!
Só nós dois sabemos o sentido
de alguém poder morrer sem ter morrido!
Foi porque tu, puríssima criança,
tu me esperaste além da esperança,
para aquilo que eu fui e ainda sou,
como nunca, ninguém, me esperou!
Prometo que esta será a última vez que vai me ver. Não voltarei. Não a farei passar por nada como isso novamente. Você pode seguir com sua vida sem qualquer interferência minha. Será como se eu nunca tivesse existido.
Voltarei tão rápido que você não terá tempo de sentir minha falta. Cuide do meu coração, ele ficou com você.
"Já amei perdidamente
Decepcionei-me estupidamente
Mas voltei a amar
Talvez voltarei ainda a me decepcionar."
Tomarei um bronze, ficarei em forma, depois voltarei bem mais determinada para sua destruição, Prepare-se para a viagem da sua vida, esta prestes a embarcar no expresso da vingança, destino Terror
Paixão,
Fui embora, sem demora, era chegada a hora
Se preocupe não,
Em breve voltarei e em seu coração habitarei
E quando nele eu chegar,
Vou bater, vou entrar
E se não deixar,
Se preocupe não,
Ao lado dele vou esperar, cada dia
Cada hora, sem demora e não irei mais embora
Até você abrir, vai abrir , pois precisa de ar,
Nem que seja uma frestinha, sou pequenininha
E posso passar, até pela fechadura sem amargura
Posso entrar, mas se por esta ainda não conseguir
Se preocupe não,
Voltarei a esperar, cada dia, cada hora, sem demora
Sem reclamar,
Até você resolver o que vai fazer,
Se vai abrir ou vai correr,
Se correr, vai sofrer,
Se abrir, vai descobrir,
Que se me deixar entrar,
Vai me amar.
"Há um verso de Verlaine que não voltarei a lembrar.
Há uma rua aqui perto que está vedada a meus passos,
há um espelho que me viu pela última vez,
há uma porta que fechei até o fim do mundo.
Entre os livros de minha biblioteca
(eu os estou vendo)
há algum que nunca mais abrirei.
Este verão farei cinquenta anos;
a morte me desgasta, incessante."
Eu nunca voltarei a ser pobre. Depois que você experimenta o gosto do que é ter tudo isso, você ganha mais pique para correr atrás. Eu sei o quanto foi difícil viver daquele jeito e eu nunca mais viverei aquilo novamente.