Você Nasceu pra Mim
O verbo amar vem do latim “amo”, que é uma contração de “a me o”: “saio de mim”. Amar é sair de si, doar-se ao próximo.
A cada dia encontro mais gente que sabe, com certeza absoluta, o que é melhor pra mim. Apontam, decepcionados, o caminho que eu deveria ter seguido. Apontam, como última chance, o caminho que devo seguir. Nos seus conselhos, elas só se esquecem de uma coisa: de mim.
Fui Sabendo de Mim
Fui sabendo de mim
por aquilo que perdia
pedaços que saíram de mim
com o mistério de serem poucos
e valerem só quando os perdia
fui ficando
por umbrais
aquém do passo
que nunca ousei
eu vi
a árvore morta
e soube que mentia
[...] Lisa: Explique para mim o que está acontecendo lá fora.
Dean: Lisa, não posso trazer essa porcaria para você.
Lisa: Está falando de seu trabalho?
Dean: Estou falando da minha vida.
Foi tudo tão rápido. Num piscar de olhos você não precisava mais dos meus cuidados, dos meus mimos, do meu cheiro, do meu aconchego, da minha proteção. Num piscar de olhos você não precisava mais de mim.
Meu pai foi para mim um grande exemplo de ternura, de trabalho... e acima de tudo de compreensão de todos os meus problemas.
Sei que dizem que é fato científico, mas, para mim, que sou um medieval, só acredito na ciência quando vem no formato de resultados de exames de laboratório, e não quando tem a ONU no meio e gente nas bordas ganhando milhares de para salvar o planeta.
"Gostando de quem não devo, gosta de mim quem eu não gosto. Gostaria de gostar de você e que você gostasse de mim. Será ilusão demais?"
A coisa crucial é encontrar uma verdade que seja verdade para mim, encontrar a ideia pela qual eu esteja disposto a viver e morrer.
Há uma teimosia em mim que não suporta ser assustada pela vontade dos outros. Minha coragem sempre aumenta a cada tentiva de me intimidarem.
Me sinto perdido no tempo e espaço,dentro de mim carrego um vazio e a saudade de tudo aquilo que sonhava viver
Soneto da mulher inútil
De tanta graça e de leveza tanta
Que quando sobre mim, como a teu jeito
Eu tão de leve sinto-te no peito
Que o meu próprio suspiro te levanta.
Tu, contra quem me esbato liquefeito
Rocha branca! brancura que me espanta
Brancos seios azuis, nívea garganta
Branco pássaro fiel com que me deito.
Mulher inútil, quando nas noturnas
Celebrações, náufrago em teus delírios
Tenho-te toda, branca, envolta em brumas.
São teus seios tão tristes como urnas
São teus braços tão finos como lírios
É teu corpo tão leve como plumas.
Eu somos tristes. Não me engano, digo bem. Ou talvez: nós sou triste? Porque dentro de mim não sou sozinho. Sou muitos. E esses todos disputam minha única vida.