Voar
"SE EU SOUBESSE VOAR"
É esse sentimento leve como a brisa da manhã que eu canto
A sensação de receber energia de uma fonte inesgotável, alimentada por um sentimento de querer mais e mais
Da voz doce e aveludada, retiro a força que me faz crer que a distância é apenas uma vírgula, incapaz de pôr um ponto final no desejo de tê-lo ao alcance das minhas mãos
Ah, mas se eu soubesse voar!
Olharia você pelo ângulo mais profundo e encantador do seu ser
Não perderia um só detalhe
E, de volta, traria um pedacinho da luz que da sua alma emana
Feito mágica, ao fechar os olhos, estaria ao seu lado
Mesmo tão longe, cada vez mais perto...
Mas, um dia... ah, um dia...
As luzes hão de se encontrar, num eclipse único, singular
Sem métricas, sem limites...
Formando, de dois, um só inteiro
Ela resolveu sair do casulo ...pois viu que voar era bem melhor do que se isolar ... se fechar, se trancar, se guardar de tudo..vai te fazer perder o mundo aqui fora... e as coisas extraordinárias que poderiam te proporcionar... sai da tua zona de conforto ..o mundo espera de braços abertos pra te ver feliz ... só você pode fazer algo bom por você mesmo! Não espere que ninguém te dê asas...voe por si só!!!
Eu aprendi a andar; por conseguinte corro. Eu aprendi a voar; por conseguinte não quero que me empurrem para mudar de sitio.
O Prisioneiro Tecnológico
Num tempo atrás sonhamos em voar.
Voamos em aviões, em foguetes,
Voamos para a terra,
voltamos para a casa.
Neste tempo agora sonhamos em voar
Voaremos em carros voadores,
Voaremos não, pilotaremos.
Pilotaremos robores ou nos teletransportaremos.
Dirigiremos os carros voando,
Pilotaremos robores ou seremos os robores?
Teletransportaremos o corpo mas o eu sempre ficará.
Tecnologicamente evoluímos?
Humanamente evoluímos?
"Se os sonhos voam, hoje eles são pássaros em gaiolas tecnológicas"
O papel dos pais não é o de cortarem as asas de seus filhos, mas de os ensinarem a voar mais alto do que eles mesmos um dia já conseguiram chegar.
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Que Deus pai eterno, lhe dê sabedoria para crescer,
voar alto e ver o que é belo; a criação de Deus pai eterno,
sem medo de cair no abismo.
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Queria ser um anjo, mas não posso voar, agora vivo neste mundo sem alguém para escutar, meus lamentos de dor e ódio.
Queria apenas fugir desse silêncio, mas ele me ensinou que é melhor a solidão do que a decepção.
Melancolia, tristeza, decepção e raiva me inspiram.
Me enchem de combustível para voar rumo a causa desses sentimentos como se eu fosse um míssil nuclear.
Mas transformo toda essa carga em algo menos letal para os outros, porém fatal para mim.
Vou guardando.
Guardando e aguardando, até que não haja mais espaço em minha mente e explodo em palavras e versos que só fazem sentido pra mim.
Que só importam para mim.
É tão injusto não devolver as desgraças que me jogam na cara.
E se eu devolver?
Ficariam eles chateados ou entenderiam minha licença poética?
O alto preço de viver longe de casa
Voar: a eterna inveja e frustração que o homem carrega no peito a cada vez que vê um pássaro no céu. Aprendemos a fazer um milhão de coisas, mas voar… Voar a vida não deixou. Talvez por saber que nós, humanos, aprendemos a pertencer demais aos lugares e às pessoas. E que, neste caso, poder voar nos causaria crises difíceis de suportar, entre a tentação de ir e a necessidade de ficar.
Muito bem. Aí o homem foi lá e criou a roda. A Kombi. O patinete. A Harley. O Boeing 737. E a gente descobriu que, mesmo sem asas, poderia voar. Mas a grande complicação foi quando a gente percebeu que poderia ir sem data para voltar.
E assim começaram a surgir os corajosos que deixaram suas cidades de fome e miséria para tentar alimentar a família nas capitais, cheias de oportunidades e monstros. Os corajosos que deixaram o aconchego do lar para estudar e sonhar com o futuro incrível e hipotético que os espera. Os corajosos que deixaram cidades amadas para viver oportunidades que não aparecem duas vezes. Os corajosos que deixaram, enfim, a vida que tinham nas mãos, para voar para vidas que decidiram encarar de peito aberto.
A vida de quem inventa de voar é paradoxal, todo dia. É o peito eternamente divido. É chorar porque queria estar lá, sem deixar de querer estar aqui. É ver o céu e o inferno na partida, o pesadelo e o sonho na permanência. É se orgulhar da escolha que te ofereceu mil tesouros e se odiar pela mesma escolha que te subtraiu outras mil pedras preciosas.
E começamos a viver um roteiro clássico: deitar na cama, pensar no antigo-eterno lar, nos quilômetros de distância, pensar nas pessoas amadas, no que eles estão fazendo sem você, nos risos que você não riu, nos perrengues que você não estava lá para ajudar. É tentar, sem sucesso, conter um chorinho de canto e suspirar sabendo que é o único responsável pela própria escolha. No dia seguinte, ao acordar, já está tudo bem, a vida escolhida volta a fazer sentido. Mas você sabe que outras noites dessa virão.
Mas será que a gente aprende? A ficar doente sem colo, a sentir o cheiro da comida com os olhos, a transformar apartamentos vazios na nossa casa, transformar colegas em amigos, dores em resistência, saudades cortantes em faltas corriqueiras?
Será que a gente aprende? A ser filho de longe, a amar via Skype, a ver crianças crescerem por vídeos, a fingir que a mesa do bar pode ser substituída pelo grupo do whatsapp, a ser amigo através de caracteres e não de abraços, a rir alto com HAHAHAHA, a engolir o choro e tocar em frente?
Será que a vida será sempre esta sina, em qualquer dos lados em que a gente esteja? Será que estaremos aqui nos perguntando se deveríamos estar lá e vice versa? Será teste, será opção, será coragem ou será carma?
Será que um dia saberemos, afinal, se estamos no lugar certo? Será que há, enfim, algum lugar certo para viver essa vida que é um turbilhão de incertezas que a gente insiste em fingir que acredita controlar?
Eu sei que não é fácil. E que admiro quem encarou e encara tudo isso, todo dia.
Quem deixou Vitória da Conquista, São José do Rio Preto, Floripa, Juiz de Fora, Recife, Sorocaba, Cuiabá ou Paris para construir uma vida em São Paulo. Quem deixou São Paulo pra ir para o Rio, para Brasília, Dublin, Nova York, Aix-en-provence, Brisbane, Lisboa. Quem deixou a Bolívia, a Colômbia ou o Haiti para tentar viver no Brasil. Quem trocou Portugal pela Itália, a Itália pela França, a França pelos Emirados. Quem deixou o Senegal ou o Marrocos para tentar ser feliz na França. Quem deixou Angola, Moçambique ou Cabo Verde para viver em Portugal. Para quem tenta, para quem peita, para quem vai.
O preço é alto. A gente se questiona, a gente se culpa, a gente se angustia. Mas o destino, a vida e o peito às vezes pedem que a gente embarque. Alguns não vão. Mas nós, que fomos, viemos e iremos, não estamos livres do medo e de tantas fraquezas. Mas estamos para sempre livres do medo de nunca termos tentado. Keep walking.
Pra hoje. Apenas não dê asas a quem não vai voar junto com você. Não entregue seus sentimentos a ninguém. Não se apaixone por si mesma se você não tiver certeza de seus próprios sentimentos. Não cultive esperança daquilo que já se passou. Lembre-se que matar o amor é o maior pecado do universo. Pelo qual ele retribui apenas própria solidão. Lide com os sentimentos de outras pessoas como se fosse os seus.
Intensa a ponto de não criar raízes....virar borboleta e voar livremente onde der na telha... porque sou dona de mim e do meu nariz... me prender pra quê? Passarinho na gaiola canta triste ....
"Você é o piloto da sua vida. Voar por lugares duvidosos, sem radar, sem combustível suficiente...
o resultado quase certamente será um voo que não se encerrará com um pouso bem sucedido"