Voar
Você sabia que pode voar?
Desde pequena sempre ouvi histórias, relatos, coisas impossíveis, milagres... Aquilo parecia tão distante para mim. Parecia que na vida real as coisas não eram assim.
Olhava para o céus e via as nuvens, mas não conseguia entender, os reinos escondidos, os céus infinitos e tudo aquilo que estava escrito.
Foi quando descobri que não importava, se via ou sabia. Se tinham coisas que eu não conhecia. Pois o que valia, era a condição em que nascia. Que através da Cruz me tornei casa, o Seu amor ganhei sem pagar nada e Suas asas me foram presenteadas EXATAMENTE quando Ele me escolheu, antes do tudo ser nada.
Por que ainda guarda as suas asas, minha doce filha amada?
Os homens são sempre livres para "voar", já as mulheres prendem se por mínimos detalhes e, muitas vezes pelo o amor, ficando sempre para trás, deixando seus sonhos de lado para abraçar um mundo que quase nunca lhe valoriza...
Oh, mundo ingrato!
24√05√22
Dali
voar, e no fim ser devorado por um passáro
depois do banho de formigas
o voo de abandono a gangue
a pena negra nunca esquecida
e o canto que restou por todos os danos
não é para efeito de tempo
os relógios derretendo
e as caravanas longilíneas nos desertos
não querem devorar um religioso
está apenas fragmentando os prisioneiros
os tornando livres em seus sopros
em teu nascimento a face oculta celebrou
e um pouco de cada pedaço teu guardou em gavetas
codificou em estigmas as respostas dos segredos
e no sofrimento fez a chave
no amor nada
no prazer o caminho
na dor o intento
na solidão a compreensão
no desejo a vontade
da indústria do circo
a plebe tem saudade
do veneno do vício
do vício de lealdade
da causa que dá sentido
por não ter escolha
ignorantes da unidade
onde tudo se fragmentou
quem dele se decidiu ser cada parte
de uma mão que toca o violino
seu corpo está longe
na beira de praia
esse corpo em descarte
de tua torre enviou um navio até a minha
para encontrar algo sem sentido que te retorna
te inflama e me traz de volta tuas cinzas
no regresso queima a minha
leva as cinzas e no mar naufraga
para sempre no fundo
onde tudo ressoa.
Sair da zona de conforto é como abrir as asas para voar além dos limites conhecidos, descobrindo novas paisagens, desafiando nossos medos e encontrando a verdadeira essência do crescimento pessoal.
Meu amor ao vento é apaixonado, Como um fogo que nunca é apagado. Ele me guia, me leva a voar, Em cada brisa, meu amor a soprar.
Nos seus olhos azuis da cor do céu eu via a possibilidade de voar como pássaro e alcançar as nuvens do meu coração.
Nada se compara à impressão de liberdade quando se ama e se é amado. É como voar em uma velocidade incrível. Amar é viver!
No alto do abismo a única certeza que restava era a vontade de voar.
Olhei para trás e vi o quanto já havia escalado.
Lembrei dos momentos bons e dos ruins, sem poder dizer quais tive mais.
A subida foi e tem sido difícil, mas o desejo e o dever de crescer sempre foram mais fortes.
Quantos amei ou odiei? A quais estendi a mão ou ignorei? Para quem sorri ou amaldiçoei? Não sei e talvez já não queira recordar.
Tudo o que importa, tudo o que vejo agora, é o horizonte à minha frente.
Estradas brotam como uma miríade de estrelas, largas ou estreitas, pedregosas ou pavimentadas, duvidosas ou sinalizadas, curtas ou infinitas, solitárias ou lotadas, com destino certo ou sem destino algum, mas no final são só estradas e a escolha é de cada um, individual e inescusável.
Então, num impulso me atirei, as pernas esticadas e os braços bem abertos.
Com os olhos fechados senti o vento bater confiante no meu corpo inteiro. Sua voz imperiosa dizia: “você pode”.
Na queda, naquele mergulho vertiginoso, juntei todos os pedaços e, num espasmo de onisciência, entendi tudo, para, no mesmo instante, poder esquecer. Estava voando.