Vivo pra Mim
Vivo imaginando que de repente vão aparecer fadas ou gênios na minha frente para perguntar o que eu desejo.
Bordado em Seda
Vivo além das emoções
Transpiro amor nos poros da pele
Bordo-te nas veias do meu peito ao lado do meu coração
Uso agulha de ouro com linha fina da mais pura Seda
Escrevo seu nome com meu dedo anelar juntinho do meu
Bordando-te o levarei para ver a Lua em minha carruagem de sonhos
Laçarei seu beijo com o cetim dos meus lábios
Coloco-te em mim
Com as gotas de orvalho que escorrem por todo esse ser insano
Que queima como brasa sem chamas
Autora:Simone Lelis
Eu já morri, eu já morri por dentro. Vivo aos olhos de quem vê, mas por dentro não existo mais. Não me sinto, não me vejo, não me quero.
Depois que quis viver novamente
Minha mente muito louca grita sem parar
Vivo escrevendo várias letras
Minha boca muda, começou a cantar
Abandonar vivo uma batalha depois do seu chefe tombar significa infâmia e vergonha para toda a vida.
Vivo em uma sociedade onde você leva vários tapas de policiais apenas por dar tapinhas em uma planta!
Vivo aprisionada a 7 chaves, a 7 pecados capitais, desculpe minha indelicadeza mas devo acrescentar você ao 8º.
Eu vivo a vida não vivo a morte e por sorte eu estou de pé, A lei da vida não é dos mais fortes e sim dos que tem mais Fé.
Acredito que a vida é um jogo, uma piada cruel e que a vida é o que acontece quando se está vivo e o melhor é relaxar e aproveitar.
A vida é precária e preciosa. Não presuma que certamente amanhã você estará vivo. Não desperdice a sua vida hoje.
Utopia
Das muitas coisas
Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança
O aconchego de meu lar
No fim da tarde
Quando tudo se aquietava
A família se ajeitava
Lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham
Nem escola, nem dinheiro
Todo dia, o ano inteiro
Trabalhavam sem parar
Faltava tudo
Mas a gente nem ligava
O importante não faltava
Seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes
Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado
Um por um ele afagava
E perguntava
Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia
Tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha
A viola alguém trazia
Todo mundo então pedia
Pro papai cantar com a gente
Desafinado
Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas
Seu olhar ao sol poente
Passou o tempo
Hoje eu vejo a maravilha
De se ter uma família
Quanto muitos não a tem
Agora falam
Do desquite ou do divórcio
O amor virou consórcio
Compromisso de ninguém
E há tantos filhos
Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço
E do carinho entre seus pais
Se os pais amassem
O divórcio não viria
Chamam a isso de utopia
Eu a isso chamo paz.