Vivi
Sou mestre na arte de falar em silêncio.
Toda a minha vida falei calando-me
e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra...
Sou mestre na arte de falar em silêncio.
Toda a minha vida falei calando-me
e vivi em mim mesma tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra...
Enfim, tenho agradecido por estar vivo e ter andado por onde andei e ter vivido tudo o que vivi e ser exatamente como sou.
Vivi por vinte anos sem saber que cê existia, mas depois de perder você é difícil viver por vinte dias!
Sinto saudades de todos os momentos românticos que já vivi. Daquela época em que passava anos gostando de alguém, que também gostava de mim, mas que por timidez, não tinha coragem de se declarar. Daquela época em que um beijo no rosto era motivo para mudar de cor, e um selinho era um beijo cinematográfico. Daquela época em que só saber que poderia olhá-lo me fazia levantar da cama e enfrentar um período chato de matemática. Daquela época em que uma ficada não era apenas uma ficada. Era mais, era frio na barriga, misturada com uma ansiedade que nos fazia querer gritar sem voz, chorar sem lágrimas. Tudo isso por saber que iríamos beijá-lo. Beijar aquele cara, que há tempos havíamos desejado. Sinto falta daquela época.
Sou mestre na arte de falar em silêncio. Toda a minha vida falei calando-me e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar uma palavra.
Há o momento de chegada
E o instante de partida
Quanta vida já vivi
Quanto resta a ser vivida?
São dois espelhos quebrados
Dois vezes sete de má sorte
Já vivi quatorze anos
Quanto resta para a morte?
É fácil vê-la chegar
Em cada momento que passe
Pois se começa a morrer
No momento em que se nasce
Estou caminhando pra morte
Não decidi meu nascer
Da morte não sei o dia
Mas posso saber!
imagino que isso que chamamos de amor. Algo assim. Porque tudo que vivi e senti antes me parece agora bobagem, brincadeira.
Vivi.
Amadureci nas experiências.
Cresci nas atitudes.
Me decepcionei nas expectativas.
Me surpreendi nas coisas que achava distante.
Chorei,sorri.
Acima de tudo,APRENDI.
Acho que conquistei carinho,
como também dei muito.
Senti raiva (sim....)
mais nada que o AMOR não me fizesse pensar.
Sou um coração mole (não bobo),
um cofre onde guardo os gestos que ganho.
TODINHOS...
E viva a reciprocidade!
Quebrei alguns conceitos,
e vi que se nos permitirmos,
podemos encontrar o melhor em tudo.
E que quando olhamos pras coisas com VALOR,
mínima que seja,ela responde.
Valeu cada minuto ao lado de um amigo.
Cada conselho...
Vi que as pessoas,por mais diferentes que sejam,
suprem uma certa necessidade,
algo que nos complete.
Eu vivi muitos dias pra entender
que cada um é único.
e que nós, nada mais somos, do que pequenas partes
dependentes um dos outros.
É bom ser diferente.
Melhor ainda é saber ser gente.
Consciente.
Digna.
Eu vivi mil vidas e amei mil amores. Andei por mundos distantes e vi o fim dos tempos. Porque eu li.
Às vezes fico com saudade de momentos que eu ainda não vivi. Crio diálogos que nunca vão se cumprir. Às vezes peco na vontade de abraços que eu ainda não senti.
Sei que é estranho, mas sinto saudade de tudo que não vivi com você. Ultimamente ando meio assim, deve ser coisas da idade ou a solidão batendo na porta. Lembro com carinho que você sempre dava um jeito de mandar uma mensagem, estivesse você casado, namorando ou ilhado num templo budista, era como se dissesse sem dizer: "Sei que já faz tempo, mas eu ainda amo você". Sinto falta do seu abraço e do seu olhar que dizia tudo sem pronunciar uma palavra sequer e hoje me vejo aqui lembrando sozinha trancada no mundo. Você nunca soube, mas eu te amei. Sempre fui assim, as pessoas que realmente mereciam nunca ouviram isso de mim, agora não tenho nem como me arrepender, você já tem alguém para preencher o lugar que sempre foi meu, mas eu nunca quis ocupar. Talvez um dia você ligue para dizer que continuo sendo sua grande e velha amiga, ai sim eu vou dizer: "Sei que é tarde, mas ainda amo você".
E criei pra mim uma rotina de paz, e deixei de admirar muita gente e a apreciar outras. E vivi muita solidão, muita solitude, muito aconchego também.
Já não me importa o tempo perdido, eu sinto uma ansiedade imensa de mergulhar no que ainda não vivi.
Alguém disse viva e eu vivi, alguém disse ame e eu amei, alguém disse perdoe e eu perdoei, alguém disse esqueça... Eu vivi, eu amei, eu perdoei, mas nunca te esquecerei
Sonhei com um amor de romance, acreditei que a alma gemea existia, vivi uma vida esperando, sonhando e um dia, enconteri você.
Simplesmente eu vivi...
Um dia amei com tanta intensidade que senti medo de me esquecer de mim e não achar o caminho de volta.
Um dia senti me no céu,
Um dia me senti no abismo.
Um dia esqueci do amor que tinha por mim achando que o que sinto pelas pessoas é mais importante.
Mas me lembrei em outro dia, que sem ele, não poderia amar mais ninguém.
Um dia a chuva caia bem fina, aquele dia frio, mas estava aquecida e quente.
Um dia de calor, me senti incendiada, que tive que sair correndo pra tomar banho.
Um dia, sonhei e a noite acordei. De tanto pensar, e lembrar daquele dia.
Um dia, dormi, e sonhei que estava dormindo!
Quando acordei pisava em nuvens, eu cheguei a flutuar.
Um dia, uma noite, uma semana, um ano, uma vida.
Simplesmente eu...
Vivi...
Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranquilos e escuros
como o sofrimento dos homens.