Viver em Sociedade
EIS-ME AQUI
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Eis o negro;
eis o branco;
o vermelho.
Amarelo...
Toda cor.
Eis o crente;
o católico;
o umbandista;
o judeu;
o espírita;
muçulmano;
budista;
o ateu;
o ser humano.
Eis o hétero;
o homo;
o trans;
o travesti;
a drag;
o que for...
Eis o próximo;
mas...
e o amor?
Cadê o amor?
Não desperdice o bom entendimento
Não é porque quer assim um fulano
Nem pela ordem ou o procedimento
É pela sociedade que te exige humano
Quem não quer são palavras ao vento
As sociedades humanas sempre evoluíram, sempre mudaram e constantemente estão em processo de evolução, assim como se faz necessitar o homem social. Porém, sempre foi e ainda é rotina o empenho de grupos na permanência e crescimento da desigualdade entre os homens sociais. Desigualdade essa sempre combatida por outros grupos que vêem e vivem no meio da maioria destes sociais. Feliz pela perseverança e esperança do grupo que luta pela igualdade dos homens sociais que todos socialmente somos, até mesmo aqueles que lutam contra essa igualdade.
No dia em que o trabalho não for mais atividade necessária para se obter bens, mas ação necessária apenas para justificar o agradecimento pelos bens já adquiridos, estes em igual equidade à todos, terei certeza a saúde deste povo como sociedade foi alcançada. Até lá, o trabalho sempre dará sentido à separação dos povos entre ricos e pobres.
Uma coisa que não muda fácil é a cultura: essa é construída pelo coletivo, construído individualmente pelos desejos e realizações pessoais de cada ser. Assim sendo, todos somos culpados e responsáveis pela sociedade a qual estamos inseridos, ou pelo menos, na qual ela se torna.
Há um montão de adultos confusos no significado de seu fazer, confundindo aqueles que ainda estão a aprender fazeres, criando uma sociedade cada vez mais doente nas relações gerais e interpessoais. Nós adultos ainda temos muito o que aprender para saber como realmente devemos ser, para assim sermos os mestres e não os aprendizes.
É interessante o paradoxo do crescimento evangélico. Enquanto aumentamos em números, a influência na sociedade diminui. Isso prova que o Evangelho não está crescendo, mas o projeto pessoal de algumas lideranças. Pois, onde o Evangelho cresce a sociedade é impactada e transformada.
Vivemos num momento tão obscuro na história da humanidade, que os que dizem a verdade são execrados pela sociedade, e aqueles que espalham a mentira e provocam divisões são aplaudidos por milhares seguidores.
A inteligência artificial não erra por ignorância, mas por precisão. Ela apenas segue padrões, e o maior perigo disso é quando os padrões que a programam refletem os mesmos erros que tentamos superar como sociedade.
Vivemos na era das vidas filtradas, onde o que importa não é ser feliz, mas parecer feliz. A ilusão digital nos conecta ao mundo e, ironicamente, nos desconecta de nós mesmos.
As redes sociais não ampliam nossa visão, apenas reforçam o que já acreditamos. No fim, não estamos buscando verdade, apenas um reflexo mais bonito das nossas certezas.
Nunca estivemos tão conectados e tão solitários. Presos a telas, perdemos o que acontece fora delas. O problema nunca foi a tecnologia, mas o que escolhemos fazer com ela.
Toda a imbecilidade é capaz de torna-lo poeta e gênio. Na vida robotizada e de rituais místicos se pede: “Deus não me leve agora”, pois ainda convém às modinhas das vitrines, o sorvete da esquina, o sol que arde, o dor que pouco se acalma. Bem quanto à bagunça que ninguém o leve a mal. Dissemos ao mundo que aprendemos quando estamos calados, então já não temos mais nada a fazer além de passear ao dia e dormir à noite. Como dizia Raul: “Viva a sociedade alternativa”.
Toda a imbecilidade é capaz de torná-lo poeta e ou gênio. Em rituais místicos se pede: “DEUS NÃO ME LEVE AGORA”, pois ainda convém às modinhas das vitrines. Como dizia Raul: “Viva a sociedade alternativa”.
A liberdade é um estado de essência emocional, de sentir-se livre das crenças, das opiniões da sociedade, das notícias sensacionalistas.
A traição e o adultério, se dividem em traição concreta e traição abstrata, que, respectivamente, se resumem em realizar o ato, e fazer coisas que induzam a realizar o ato de fato.