Viver em Sociedade
Será uma grandiosa jornada de infiltração nas sub-engrenagens da proto-máquina que programa o sistema vigente mundial.
Os porcos não tomam ciência da realidade do chiqueiro que vivem porquê só conseguem olhar para o cocho, esperando as sobras que lhes dão, achando que é o suficiente, acreditando ser merecedores dos restos e ainda se banhando felizes na própria merda.
Só sucesso não basta, o reconhecimento é quem te leva a ter ascensão na carreira e respeito perante a sociedade.
Ao cuidarmos da nossa história e das nossas dores, estamos quebrando um ciclo de violência instalado na sociedade há milhares de anos.
Pessoas seguem mais roteiros de um personagem que o papel de si próprias. Sentem-se amedrontadas a contracenar em uma vida real sem máscaras e falas prontas, rendendo-se ao improviso da naturalidade de serem elas mesmas. Passam a encarnar meros papéis que acham viáveis, trajam um modelo que sirva para a ocasião, incorporam uma imagem que agrade, vivendo sob as sombras de protagonismos alheios afim de não correr o risco da reprovação do público de se machucarem, e sem perceber, vivem mais num teatro que em suas próprias histórias. Passam metade de suas vidas atuando e perdem parte dela sem saberem o que é real.
A felicidade é o ópio da ignorância de um povo que ainda acredita na possibilidade de um final feliz.
Não importa como nos vemos, de onde viemos ou como falamos. Não importa o que fazemos, o que temos ou que cor somos. No final somos o mesmo por dentro.
Todos sorrimos, todos choramos, sentimos alegria e sentimos dor.
O que realmente importa é quem somos nesses momentos.
Assim como uma
criança, ao tomar uma vacina, chora por não saber a finalidade daquela e a temporalidade da dor,
assim é o indivíduo, que desconhece seu propósito social de fomentar o “bem comum”.
Ignorando ainda a insignificância do seu egocentrismo em relação a sua breve existência na proporcionalidade da continuidade do tempo…
"Retribua paz, por não temer as armas do ódio, e com amor toda forma de ofensa, porquanto cada um só pode dar daquilo que tem dentro de si, então a alegria e a esperança iluminarão todas as trevas cultivadas pelo medo e a intolerância.
A sua luz pode contribuir para afastar a escuridão que há no mundo, acredite."
Havia algo sobre as pessoas que eram tão seguras; elas faziam você se sentir melhor consigo mesmo, como se te aceitassem por tudo que você era, com imperfeições e tudo.
Em parte, porque estamos tão dispostos a culpar os outros pelos seus erros, fazemos questão de esconder os nossos.
Lamentável é o tempo no qual vivemos atualmente, onde vale mais ter um motivo de se gabar por ter a posse de um recurso de última geração do que sustentar uma boa relação.
Triste século, onde os produtos são mais valorizados do que as pessoas; as ambições tem mais valor do que as relações.
Decepcionante é saber que se tratando disso, o consumo é mais alto do que o consolo, que o ter é melhor do que o ser, que a compulsão é mais extasiante do que a emoção e o possuir é melhor do que o sentir, e assim, cada vez mais nos distanciamos de nossas verdades para satisfazer nossas falsas vontades, escondendo tudo aquilo que nos tornam humanos somente para sermos usados, já que o que consumimos também nos consomem.
E você? O que te consome?
Não importa se ela não devia, se ela nunca faria isso. O que importa é que ela poderia fazer, se quisesse. O poder de ferir é uma espécie de riqueza.
O gênero é uma concha. O que é um homem? O que quer que uma mulher não seja. O que é uma mulher? Tudo o que um homem não é. Toque nessa concha e ela é oca. Repare nas conchas: nada está lá dentro.
A verdade sempre foi uma mercadoria mais complexa do que aquilo que o mercado pode facilmente embalar e vender.
Ele servia a humanidade, mas nunca entendeu as pessoas, e embora ansiasse de todo o coração por amor e companheirismo, ano após ano, sua carne suportava menos a humanidade.