Viver de Verdade
As pessoas tem a incrível capacidade de transferir a culpa de seus fracassos para os outros , bom , se um dia você quiser vencer , deixe a covardia de lado e assuma suas responsabilidades como um homem de verdade.
O peso da verdade só doi, machuca, destrói, caduca, mata, ilude, cala e discute, quando o coração está cheio de mentiras, a alma entupida de ignorância e a consciência encurvada na balança da culpabilidade, dos enganos e da escravidão.
Não se distraia com os “E se…”, “Eu deveria...” e “Se eu tivesse…”. A única coisa que você escolhe para si mesmo – essa é a verdade do seu universo.
O desprezo ou indiferença para com a verdade que se sabe que é verdade torna teu coração insensível.
Parábola da mentira sobre a verdade. – José Meireles
Em suas várias caminhadas pelo mundo, eis que Ela chega a um lugar estranho, onde avista uma caverna. Curiosa e atrevida Ela adentra aquela caverna escura e triste. Com seu esplendor emana luz e se depara com uma surpresa.
- Quem é você? E o que faz aqui solitária nesta caverna escura e triste?
- Eu!? – Se não sabe é porque me ignora. Mas olhe bem para minha face e saberá que sou sua irmã gêmea. Porém, os opostos nos distanciaram desde a criação e como pode ver, não tenho nem roupas para sair daqui, pois se assim o fizer, serei humilhada e envergonhada.
- Desculpe, mas eu nunca soube que tinha uma irmã gêmea, nem mesmo sabia que você existia.
- Não sabe e nem pode saber, pois seu brilho me esconde e me afasta das pessoas. Sua roupa esta não só em seu corpo, mas todos que a ti tem em si próprio. Empreste-me suas roupas e me deixe sair daqui por um instante, deixe-me por um momento sair sem você e fazer com que me vejam. Arrumarei umas roupas e volto para devolver as suas.
Inocente e pura, Ela se despi e entrega suas roupas para aquela que ao olhar, reflete a sua própria imagem e semelhança.
- Se és o que deseja, tome, vista-se, veja o mundo lá fora e venha me buscar. Mas não demore, pois tenho muito a fazer.
Vestindo as roupas da irmã, ela sai da caverna toda alegre, sorridente e feliz. Porém, se esquece de retornar e buscar sua irmã. Sem ter como sair da caverna, pois estava nua. Cansada, com frio e fome, Ela pega no sono profundo.
Tempos depois, já sem saber quanto havia dormido, Ela desperta e resolve sair da caverna, mesmo sem roupa. Mas algo de horrível acontece ao olhar tudo ao seu redor. Seus olhos não acreditam no que veem. Então se põe a chorar, quando começa a escutar vozes ao seu redor.
- O que pensa que está fazendo longe de sua morada, sua megera? – Diz a Raiva.
- Acaso ficou louca, aqui não há lugar para você. Volte para sua caverna e nunca ouse a sair dela. – Grita a Loucura.
- Sua egoísta, não vê que seu lugar não é neste mundo, suma já daqui. – Fala o Egoísmo.
- Vê-la ao chão assim, me faz rir de alegria. – Solta risos a Alegria.
- Se achas que pode vir aqui roubar tudo, está enganada. – Se irrita a Riqueza.
- Eu choro só de saber quem é você. – Fala em lágrimas a Tristeza.
- Vejo que és linda com sua irmã, mas não pode viver entre nós, causara desavenças ao dividir a beleza de ambas. – Contesta a vaidade.
Para toda história sempre existem duas versões e a verdade. Se você só conhece uma das versões então você não sabe nada.
Eu me perdi nesse teu olhar...
podia jurar que já te conhecia de outras vidas,
que nos emanamos pela madrugada de um sábado qualquer numa juventude rebelde e inconsequente de um passado não tão distante.
O teu toque alcançou minha alma, fez refém, entrega inevitável.
Essa tua boca convidou-me a conhecer o perigo da adrenalina e o tesão do proibido.
Eu quero mais é que se exploda as idealizações da minha cabeça.
A bem da verdade é que ando com medo de não amar a tempo.
E agora passo a pensar que esse tempo pode não chegar.
Enquanto isso, deitar no teu peito tem sido a melhor fuga do caos mundano.
Pois aqui é onde sobrevivemos, nossa zona de guerra.
Certamente, não é possível traçar um caminho para felicidade. Porque na verdade, à felicidade é o caminho, é a verdade e a vida. Nele, de fato, tudo é possível!
Fale sempre a verdade, mesmo que doa, em você ou nos outros. Se em você, fale com aceitação; se nos outros,
fale com amor.
Para aqueles que vivem de mentiras, quem é de verdade(s) sempre lhes causará medo.
Você jamais será capaz de convencer o mentiroso de qualquer coisa; nem mesmo sobre o seu amor por ele.
Ele pensa: "Ora, se eu sou manipulador, egocêntrico, narcisista e egoísta, por que os outros seriam diferentes?"
Todas as coisas de que fala a ciência, seja ela qual for, são abstratas, e as coisas abstratas são sempre claras. De sorte que a claridade da ciência não está tanto na cabeça dos que a fazem como nas coisas de que falam. O essencialmente confuso, intricado, é a realidade vital concreta, que é sempre única. Quem seja capaz de orientar-se com precisão nela; aquele que vislumbre sob o caos que apresenta toda situação vital a anatomia secreta do instante; em suma, quem não se perca na vida, esse é de verdade uma mente lúcida. Observai os que vos rodeiam e vereis como avançam perdidos em sua vida; vão como sonâmbulos, dentro de sua boa ou má sorte, sem ter a mais leve suspeita do que lhes acontece. Ouvi-los-eis falar em fórmulas taxativas sobre si mesmos e sobre seu contorno, o que indicaria que possuem idéias sobre tudo isso. Porém, se analisais superficialmente essas idéias, notareis que não refletem muito nem pouco a realidade a que parecem referir-se, e se aprofundais na análise achareis que nem sequer pretendem ajustar-se a tal realidade. Pelo contrário: o indivíduo trata com elas de interceptar sua própria visão do real, de sua vida mesma. Porque a vida é inteiramente um caos onde a criatura está perdida. O homem o suspeita; mas aterra-o encontrar-se cara a cara com essa terrível realidade, e procura ocultá-la com um véu fantasmagórico onde tudo está muito claro. Não lhe interessa que suas "idéias" não sejam verdadeiras; emprega-as como trincheiras para defender-se de sua vida, como espantalhos para afugentar a realidade.
Homem de mente lúcida é aquele que se liberta dessas "idéias" fantasmagóricas e olha de frente a vida, e se convence de que tudo nela é problemático, e se sente perdido. Como isso é a pura verdade - a saber, que viver é sentir-se perdido -, quem o aceita já começou a encontrar-se, já começou a descobrir sua autêntica realidade, já está no firme. Instintivamente, como o náufrago, buscará algo para se agarrar, e esse olhar trágico, peremptório, absolutamente veraz porque se trata de salvar-se, lhe facultará pôr ordem no caos de sua vida. Estas são as únicas idéias verdadeiras; as idéias dos náufragos. O resto é retórica, postura, íntima farsa. Quem não se sente de verdade perdido perde-se inexoravelmente; é dizer, não se encontra jamais, não topa nunca com a própria realidade.
“Para se defender, o homem de bem tem apenas a sua voz. Para negar uma verdade, o mentiroso tem uma legião de amigos.”
O Eu Sou
Como ROSA de um jardim foi desarraigado.
Como LÍRIO DOS VALES foi cortado.
Como HOMEM de dores foi pisado por aqueles que no jardim andavam desatentamente.
Como CAMINHO mostrou aos homens a verdade, mas eles não o compreendeu.
Como OVELHA muda foi sacrificada sem postergar.
Como INOCENTE foi ferido sem motivo algum.
Como AMOR nos mostrou a face do grande EU SOU.
Eric Voegelin ensina que, nas civilizações antigas, como Egito e Mesopotâmia, a idéia da 'verdade' era idêntica à da ordem social vigente. A noção de uma verdade divina superior à sociedade e acessível à consciência individual mesmo CONTRA a ordem social só aparece na Grécia -- primeiro no teatro, depois na vida de Sócrates -- e se consolida no cristianismo.
Aqueles que hoje em dia se erguem contra qualquer idéia que vá contra o 'establishment' pertencem ainda a uma fase civilizacional já superada há muitos milênios.