Vivendo em Sociedade
No palco imaginário do teatro pós-moderno vivemos uma vida que se liquefaz nas constantes explosões dos pixels e slogans – deixo registrado meu exemplo.
AS PESSOAS NÃO SÃO
As pessoas não se permitem mais.
Estão deixando de viver as melhores coisas da vida, as mais simples...
Escondem-se atrás de meias verdades, de meias palavras, de meias ideias, de meias pessoas.
Tornam-se escravas da imposição feita pela sociedade.
São aquilo que não são, aquilo que não gostariam de ser, aquilo que jamais serão. Elas não são.
Esquecem que a vida é nossa e não dos outros e se estabelece preso ao tradicional e esquece de viver, na tranquilidade e paz de ser, estar e sentir!
Vivemos em uma corrida frenética contra o tempo e contra a competitividade, o que provoca grande instabilidade emocional. A continuar assim, caminharemos para uma identidade sem valores éticos como já se constata nas instâncias de poder, no trabalho, no exército, na família, na escola e nos partidos políticos. O presente está carregado de medos e de tensões que tiram o sentimento de liberdade.
Vivemos num mundo distorcido, onde tudo, tanto o grande quanto o pequeno, está sujeito a vigilância, e onde qualquer coisa que tenha valor sempre será explorada.
Gostaria de poder amar livremente
De não precisar engolir com amargor a verdade
De poder viver sem amarras
E de não ter que me encaixar em um estúpido padrão inalcançável
Vivemos fechados em duas grandes muralhas. A do egoísmo, onde as minhas necessidades são mais importantes que a dos outros. A da hipocrisia, fingimos amar a Deus, para agradar os outros e aceito na sociedade.
A fome delespor livros poderia ensiná-los uma vida melhor, sem fome, mas sem comida eles nunca viveriam o suficiente ou teriam forças para encontrá-la.
Quem não sabe respeitar total e integralmente os direitos das mulheres não está preparado para viver em sociedade.
Se você vive numa cultura doente, se arrisca a ficar doente também e - quem sabe - , talvez seja a vontade de agradar os outros que conduz as pessoas ao crime, tanto quando ao ódio e à ganância.
Esse é o mundo em que vivemos, pessoas se dando bem em cima dos erros alheiros seja para manipular ou usar alguém para algo em seu favor, ou ate mesmo para se relacionar.
Somos condicionados a viver um objetivo. Este objetivo produz um vazio. Este vazio produz uma falta. Esta falta produz uma dependência. Esta dependência produz um desconforto. Este desconforto produz uma angustia. E esta angustia pode produzir a morte.(Walter Sasso)
As pessoas se habituaram tanto a viver em um mundo de aparências, que reclamar hoje em dia por falta de caráter se tornou obsoleto.