Vivemos
Vivemos em uma corrida frenética contra o tempo e contra a competitividade, o que provoca grande instabilidade emocional. A continuar assim, caminharemos para uma identidade sem valores éticos como já se constata nas instâncias de poder, no trabalho, no exército, na família, na escola e nos partidos políticos. O presente está carregado de medos e de tensões que tiram o sentimento de liberdade.
O ar que brota em nossas almas são parte do ciclo que vivemos.
Para tais desejos a imortalidade parece um passo na imensidão.
Em alguns momentos bons.. sonhos são um caminho de espinhos.
A verdadeira paz é aquela que permanece dentro de nós, e não, somente, no ambiente no qual vivemos.
Vivemos numa busca constante pra melhorar, pra mudar, pra ser a nossa ‘melhor versão’. Mas e se, por um momento, você se permitisse ser exatamente quem é? Com suas falhas, inseguranças, tudo que faz de você uma pessoa única. Porque talvez a verdadeira evolução não esteja em se transformar em alguém diferente, mas em valorizar o que já existe aí dentro. Ser você, do seu jeito, sem filtros. Afinal, autenticidade é a melhor versão que existe – e ninguém pode fazer isso melhor do que você.
À você que me encanta.
Vivemos uma coisa sem nome, mas com tanta força que mesmo que tentemos sumir de "nós", a busca não é necessária. Só buscamos o que perdemos, digamos então que nada se perderá, pelo menos dentro da gente.
Vivemos
Ao longo da vida, amei diversas artes e cores. Sons e sabores.
Porém como eternizar em pintura, uma cor tão única quanto a do seu olhar.
Que possui o azul dos oceanos e o verde do campo.
Olhar, que incendeia sem combustão.
Repousada sobre meu peito, como uma bela e única obra.
Poderia então admirá-la assim por vidas.
Mas beijo os seus lábios vermelhos, e parto antes de o sol nascer.
...nós vivemos
Vivemos em constante conflito entre estabilidade e liberdade, desejos divididos sem solução definida.
Vivemos tempos de sombras densas, onde o silêncio se faz refúgio e a palavra, um risco. A polarização ergue muros invisíveis, transformando o espaço comum num campo minado, onde cada sílaba pode desencadear tempestades. A liberdade de dizer torna-se miragem, ofuscada pela luz cortante da ofensa fácil.
Já não se pode abrir a boca sem que o ar se torne pesado, sem que as palavras sejam distorcidas, mal entendidas, censuradas. O diálogo, esse fio frágil que nos liga, estica-se até quase romper, ameaçado pela intolerância travestida de zelo. A palavra "tolerância" soa como uma piada amarga, dissipada no vento.
Onde antes floresciam debates, agora restam trincheiras. Cada opinião, uma bandeira; cada silêncio, uma suspeita. O medo de falar cala, sufoca, e a liberdade de expressão definha, encurralada pela vigilância implacável da hipersensibilidade. Escolhem-se as vias do ódio e da vitimização, em vez do entendimento.
A revolução necessária não brotará dos campos férteis; precisa de um terreno mais árido, onde as mentalidades sejam forçadas a mudar. Promessas de liberdade, por vezes, tornam-se prisões de benevolência, incapazes de curar as feridas que se agravam nas sombras do ressentimento.
No entanto, é preciso lembrar: a verdadeira mudança exige sacrifícios além das escolhas fáceis. É preciso confrontar a feiura que evitamos, a dureza das verdades que recusamos. Precisamos de uma revolução de mentalidades, um despertar que não virá sem dor, sem ruptura.
Nas fissuras da polarização, o ódio e a vitimização germinam, sufocando a esperança. Mas talvez, nas ruínas do diálogo, possamos encontrar a semente de uma nova compreensão, forjada no fogo da necessidade.
A liberdade, essa ave ferida, não alçará voo sem luta. E nós, perdidos entre sombras, devemos decidir: permanecer na escuridão confortável ou enfrentar a revolução que os tempos exigem.
Ingenuidade é achar que podemos fazer do mundo que vivemos um paraíso, quando o sistema com seu distanciamento social, já o transformou num verdadeiro inferno e fez de outros pensando que não são, uns diabos e demônios malandro perturbado, por causa de um maldito dinheiro.
Vivemos em uma sociedade esquizofrênica onde as amizades e os amores líquidos são descartáveis, porém, em meio a essa fluidez, persevera incessantemente a busca pela autenticidade e pela conexão verdadeira, como faróis que guiam nossos corações na escuridão das relações efêmeras.