Vítima
Enquanto restar uma única coisa ou pessoa para você culpar… Você… Ainda não é o protagonista da sua história.
As circunstâncias e o ambiente podem influenciar, mas não devemos nos colocar no papel de vítimas. Devemos assumir o papel de protagonistas de nossa própria vida.
Que as nossas atitudes não sejam monstruosas, com intenção de acordar os monstros de outras pessoas e no fim nos comportarmos como se fôssemos vítimas. Furucuto,2024
Dois erros que frequentemente cometemos:
pensar que somos donos do tempo,
ou viver como se fôssemos vítimas dele.
O mundo possui alimento e estrutura suficientes para a maior parte do trabalho esperar, esperar o necessário para conter o 'problema', mas nenhuma riqueza (inclusive dos empresários, disse empresários, não professores, donos de escolas) se sustenta sem trabalho. Mesmo que hajam muitas perdas humanas, para os realmente ricos estas sempre são apenas um efeito colateral'. Mundo imutável, onde a igualdade não seria o suficiente, e se existisse não daria vez a equidade. Quem aparece na Forbes não "costuma" entrar na estatística das vítimas da Covid-19. Hora ou outra tudo se endireita, e desejo todos nós estejamos presentes para ver!
A distância é o local mais seguro para se estar de uma pessoa que se vitimiza por um problema causado por ela.
A prática constante de definir como inadequado o ato de tornar público uma ação altruísta, faz com que se deseje mais, estar no papel de vítima pela atenção recebida, do que no papel de benfeitor por medo de julgamentos.
Um dos maiores valores morais da advocacia encontra respaldo na defesa daqueles que se invertem em vítimas pelo injusto penal transfigurado de medida certa aplicada, no qual o absurdo jurídico em detrimento do “justo” tem “fundamento” arbitrário em cunho pessoal doentio, o vingativo social, dos hipócritas obcecados por impelir a “justiça com as próprias mãos”, seja por atos mais simples, ante os sórdidos e às escondidas,a exemplo se negar informação jurídica quando solicitada a quem deva informar.
Ter um culpado…
Colocaram fogo no restaurante comigo ainda lá dentro. As chamas lambiam as paredes como línguas de uma ira que nunca foi minha, mas, de alguma forma, sempre me escolheu como alvo. O calor não me assustou. Pelo contrário, senti uma espécie de familiaridade com ele. Eu, que vivi tantos incêndios na alma, agora era apenas mais uma peça no cardápio do caos.
Enquanto o teto ruía e o ar se tornava pesado, percebi: não valia a pena gritar. Quem acendeu o fósforo já havia saído pela porta da frente, talvez assobiando uma melodia de inocência fingida. E quem passava pela calçada, ao ver as labaredas, não pensava em salvar quem estava dentro. Pensava apenas no espetáculo da destruição. Porque é isso que as pessoas fazem, não é? Elas assistem.
Então eu olhei ao redor. Louças estilhaçadas. Mesas tombadas. Cortinas em chamas. E, pela primeira vez, senti uma espécie de alívio. Uma certeza incômoda, mas libertadora: se é pra me chamarem de culpado, talvez eu devesse ser. Não me restava mais nada pra salvar — nem o restaurante, nem a mim. Peguei o que sobrou de força, virei o gás no máximo e, com um fósforo que achei no bolso, devolvi o favor. Explodi aquele lugar como quem assina um bilhete de adeus: com firmeza, sem remorso, mas com estilo.
Saí pela porta de trás, enquanto os destroços ainda voavam pelo ar. A fumaça subia, preta como os julgamentos que viriam. E eu sabia que viriam, claro. Sempre vêm. “Por que você fez isso?”, perguntariam. “Por que não tentou apagar o fogo? Por que não pediu ajuda?” Ah, os paladinos da moralidade, tão rápidos em condenar e tão lentos em entender. Mas eu não queria me explicar. Explicações são como água despejada sobre um incêndio: às vezes apagam, mas quase sempre só espalham mais fumaça.
Ser o vilão era mais fácil. Mais honesto. Assumir o papel de quem destrói é menos exaustivo do que tentar convencer o mundo de que você foi destruído. Porque, no final das contas, ninguém realmente escuta. Eles só querem um culpado. E, se é pra ser apontado de qualquer jeito, que seja com a dignidade de quem escolhe o próprio destino.
Não estamos falando de restaurante. Nunca estivemos.
O bem que alguém te fez não o isenta da maldade proferida a outra pessoa. O perverso é também descrito como manipulador.
"Se um dia você começar a sentir pena de si mesmo, saia fora da situação ou procure (rápido) ajuda profissional, pois a coisa tá ficando feia! (rsrs)”
Ouço homens mentirosos, inteligentes e espertos que se aproveitam até dos enfermos nos hospitais, mas não percebem que são sendo vítimas nas mãos de Satanás.
Comunicação e tecnologia arcaicas são aquelas que seus infratores inventam um jeito de enganar a vítima, pensando que as suas informações nunca serão checadas por terceiros.