Vital
Só os idiotas são felizes
Nada mais libertador do que rir de si mesmo
Idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda, visceral. Putz, coisa pentelha.
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado do Schopenhauer? Deixe a pungência para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota. Ria dos próprios defeitos, tire sarro de suas inabilidades. Ignore o que o boçal do seu chefe proferiu. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, objetivos claramente traçados mas não consegue rir quando tropeça? Que sabe resolver uma crise familiar mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Sim, porque é bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Em suma: desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. A realidade já é dura; piora se for densa. Dura e densa, ruim. Brincar, legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não se descontrolar, não demonstrar o que sente. É muito não. Dá pra ser feliz com tanto não? Pagar as contas, ser bem-sucedido, amar, ter filhos – tarefa brava. Piora, muito, com o peso de todos aqueles nãos. Tenha fé em uma coisa: dá certo ser adulto e idiota. Aliás, tudo fica bem mais fácil ser for regado a idiotice, bom humor. Manuel Bandeira foi um grande homem e um grande poeta. Disse certa vez: “E por que essa condenação da piada, como se a vida fosse só feita de momentos graves ou só nesses houvesse teor poético?” Estava certo.
Empine pipa
Adultos podem (e devem) contar piadas, ir ao fliperama, beliscar a bunda da mulher, sair pelados pela cozinha. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, pra começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que são: passageiras. A briga, a dívida, a dor, a raiva, tudinho vai passar, então pra que tanta gravidade? Já fez tudo o que podia para resolver o problema? Parou, chorou, pediu arrego? Ótimo, hora da idiotice: entre na Internet, jogue pebolim, coma um churrasco grego. Tá numas de empinar pipa no sábado? Vá. Quer conversar com sua namorada imitando o Pato Donald mas acha muito boçal? E é, mas e daí? Você realmente acha que ela vai gostar menos de você por isso? Ela não vai, tenha certeza. Só vai gostar mais, porque é delicioso estarmos com quem sorri e ri de si mesmo.
Eu fico chateada por não ser tão idiota quanto gostaria; tenho uma mania horrível de, sem querer, recair na seriedade. Então o mundo fica cinza e cada lágrima ganha o peso de uma bigorna. Nessas horas não preciso de cenhos franzidos de preocupação. Nessas horas tudo de que preciso é uma bela, grande e impagável idiotice. Como sair pra jogar paintball – ou, melhor ainda, me olhar fixamente no espelho até notar como fico feia com os olhos vermelhos e o nariz escorrendo. Como fico ridícula quando esqueço que tudo passa.
Escuto a voz, o princípio vital no fluxo de representações prementes, uma via privilegiada para o conhecimento.
Sinto o silêncio, o precípuo perceber rescaldado da alma, a limiar aproximação entre o estar só e a entrega ao livre fluxo das associações.
Chego a conclusão: É... estar só se constitui um fenômeno altamente sofisticado e trabalhoso, estar só e o estar em silêncio assumem diferenças significativas; estar sozinho não necessariamente reflete estar em silêncio, e estar em silencio, não obrigatoriamente significa estar sozinho.
O perfeito equilíbrio mental é de importância vital para o progresso espiritual. Quase todos os aspirantes do esoterismo perdem o equilíbrio mental e caem facilmente nas coisas mais absurdas. Quem quer conhecimento direto, deve manter sua mente em perfeito equilíbrio.
E que pretendo dizer-te, Senhor, senão que ignoro de onde vim para aqui, para esta não sei se posso chamar vida mortal ou morte vital? Não o sei. Mas receberam-me os consolos de tuas misericórdias, conforme o que ouvi de meus pais carnais, de quem e em quem me formaste no tempo, pois eu de mim nada recordo.
(Confissões)
"Não existe uma conspiração externa, existe uma disponibilidade interna que produz movimentos perfeitos na nossa vida.
Nós não experimentamos as coisas como elas são, nós experimentamos as coisas como nós somos.
Diante de uma 'não', tem gente desmoronando e tem gente decidindo utilizar a negatividade para desejar melhor.
Diante de um sorriso, tem gente se sentindo privilegiada e tem gente distraída que não sabe se ligar nas coisas simples e boas da vida.
A energia vital é produzida no nosso interior e construída momento a momento, pela nossa disponibilidade de ver a perfeição de tudo que nos alcança."
Foi tolice achar que poderíamos ser exceção à regra? (...) De repente, parece que toda decisão que tomamos é vital, e fico morrendo de medo de tomar a errada.
Às vezes, você tem que pensar antes de falar, pra não magoar alguém. Porque você pode ferir uma pessoa especial que só quer te ajudar ou o seu bem, e talvez você não a tenha essa pessoa por perto. Pense bem nisso!
De vez em quando ou quase sempre eu penso em desistir. Parece que não estou no lugar certo, sinto-me perdida em busca de algo que não consigo enxergar... Mas aí, no meio de toda essa incerteza e insegurança algo soa dentro de mim, uma voz alta como um alarido, dizendo-me: Não pare!
Essa voz é a voz do meu grande Amigo, Aquele que me consola, me entende e que está comigo em todo o tempo; o Espírito Santo. É Ele quem me faz continuar! A presença dEle em minha vida me faz ver que a caminhada é tão importante quanto o destino e que todo esforço e sacrifício valerá a pena!
Quando você descansa, é como uma brisa do mar, serena e calma, bela e suave. Seu rosto adormece num sonho florido, onde se perde nos campos banhados de rosas, que você se esconde entre elas, pra que seja achadas como destaques das mais belas entre elas. Perfumes e aromas me confunde, mais quando se enxerga a mulher que conheci, todas as flores se dobram pela personificação que foi achada entre elas.
Boa noite meu amor
AMOR COMERCIAL:
É fria e úmida a chuva que cai
Madrugada adentro.
E eu a senti-la aqui sozinho
Encontro esse poema, meu alento,
Esse poema comercial... Ele versa o amor
Fala do amor? Ou de amor?
Ah! Quem falar do amor seria capaz?
Sobre a vidraça em brumas que nos separa
Eu posso exprimir seu rosto,
Meu sonho é comercial!...
Porque assim são iguais todos os textos,
Todas as cenas, e todos os temas,
De amor... São iguais.
Do amor que se expele que se explicita.
Eterno (...). Que como o ódio, e como a libido,
O homem prova para reprovar
E falar de amor é comercial.
Também é comercial,
A criatura que não é do criador.
Deveras minha poesia é comercial.
DEVOLVA-ME AO PASSADO:
Hoje comemora-se a passagem do ano!
Deixando mais próximo o final dos dias de minha aurora,
Meu coração sem alegria, nem festa.
Apenas sonhos secos, e borbulhas de nostalgias da criança
Que um dia no passado deixei a chorar.
Hoje a vejo do mais alto dos meus delírios,
Sobre os ombros do meu pai a brincar...
Ah! Que sana loucura me faz bem-estar!
Minha alma infesta-se de saudades...
Envolta no sonho de afagar a felicidade que me faz concernente,
E, hoje, me deserta da criança que me quis bem.
E deixei no passado a chorar...
Ah! Se ao menos eu sonhasse!
Não veria o futuro de te me roubar! ...
Ah! Se ao menos em sonhos, aos tempos idos voltasse!
De certo contigo me encontrasse,
Não rogaria presente, tampouco, cruel futuro.
E no passado deixaria meus sonhos e fantasias,
Pra sempre criança seria, pra não afogar meu sorriso,
No mundo de hipocrisia.
Ó, saudades do dia de minha aurora!
Deixai que eu volte ao passado...
Dos Lírios, das Borboletas, do brilho da malacacheta
Do benefício adorado.
Saudade, saudade, saudade...
NADA TRANSCENDE À REALIDADE:
Discorrer à morte...
Remete-nos às margens
Dos rios
Que se vão
Rumo ao mar longínquo
Com a fúria do vendaval
Arrebatando sonhos e ilusões.
Discorrer à morte...
Nos conduz ao epicentro
Das incertezas.
Encetando-me a nitidez de que
Nada tenho ou sou
Ou para aonde vou.
Que tudo é nada.
E a única inferência
É morrer.
A ÚLTIMA QUIMERA:
São duas as estradas
Que me tomam, afinal.
Ambas paralelas, bifurcais.
A de ser tua,
Conduz-me a teu final.
Logo deixo a outra, abstrata
Sem a luz de teus sinais.
AUTOPSICOGRAFIA:
Entre o ser e o ter... Eu não sei!
Qual a dor e a que não foi
Quem sou não sou nem serei
Pois ambas as dores me dói
Quão a dor de se ser rei...
Ansiei ser tudo que se há
Ninguém a mim pôde ver
Se viu não há de encontrar
Senti o meu ser escorrer
Da vida que não me está
POÉTICA:
Deixe o ódio de lado!
O rancor te faz palor.
Respira o cheiro
Da clorofila!
Tudo é hipótese
Tese.
Síntese e antítese.
Não há locura ou razão
Nem razão que se defina
Não haverá destino
Nem sina.
Se houver
Não se destina
É sonho quimérico
Métrica que alucina.
POEMA DO ABSTRATO
O poeta não se alveja...
Pega-se ou se tem
- É um misto de beleza
E tudo que não convêm.
A histeria dos loucos...
- A insensatez dos príncipes
A fobia dos eunucos
O esmolar dos pedintes.
- Na mão do tacanha do grão.
À beleza que se mistura
Verte o riso dos pagãos
-- Junto à alma em ternura
Aufere sal da terra ao pão.
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