Vírus

Cerca de 808 frases e pensamentos: Vírus

⁠Turbulentos, débeis e dilacerantes
estes momentos que vivemos,
cuja dor, nos sonega este sol
que se veste deste inverno,
tardio em retirar-se, resoluto
em permanecer, na expressão sôfrega
das nossas almas apoquentadas
por este vírus.
Visto-me de silêncio, para agasalhar
as palavras que guardo, para que não morram
e arranco à memória alguns sorrisos,
para enfeitar os dias desta aflição.
Há choro na voz da esperança,
morte a circundar-nos, pelos soluços
que nos invadem, nestes resquícios cancelados.
Bebo a água de todas as dores
e fervo uma oração de ventre rasgado,
abandonada aos teus pés Senhor.
Desço às águas tranquilas, que nascem
na claridade dos dias, na quietude
do sopro matinal e abandono-me
inundada pela Tua Luz.
Permaneço aonde os passos caminham
em compasso, na mesma direção,
acompanhando todo o batuque do ritmo
desta vertente sintonia.
Adormeço a dor do peito, limpo a chuva
de todas as lágrimas caídas no chão da alma,
para renascer no corpo de uma flor cujo viço
revigora e me presenteia a vida com o milagre
de todas as esperas.
E para sempre haverá de renascer na bravura dos dias
um eco de esperança que permanecerá em uníssono
no imprevisto e todo o nosso existir.

Alice Vaz De Barros

Inserida por AliceVazDebarros

⁠Acho que a pandemia trouxe de volta o velho romantismo tão esquecido. A época áurea das cartas está de volta. Em tempos de conversas em tempo real, mensagens instantâneas e vendas online eu tenho recebido cartas: semana passada foram duas - uma da internet e outra da padaria; essa semana foram mais duas - energia elétrica e água.

Inserida por ednafrigato

DEPOIS QUE A TEMPESTADE PASSAR

Depois que a tempestade passar...
Que o brilho regressar ao firmamento
Vais aprender deverasmente, a dar valor ao vento
Vais entender quão grande o frio, te foi um acalento
E perceber em pranto, o quanto, o horror te fez orar
Que foste aluno compelido, sem o sol voltar a fulgurar

Depois que a tempestade passar...
Que puderes demonstrar vosso talento
Que na orbe então findar, o tal do isolamento
Do ambiente impuro, torpe, nefasto e virulento
Se rejeitardes graciosa, divina Graça do apartar
Terás, então contrito, saudades de amar

Depois que a tempestade passar...
Vais perceber, quão cristalino está o rio
O ar lá fora, o mais puro que já viu
Nos animais o sorriso, que a máscara não cobriu
Mas a chuva segue, até a quaresma terminar
Logo, a natureza viverá, até Jesus Ressuscitar

Conhecerás na tormenta, auras que emanam branco-luz
Arrevistas, oportunistas e gananciosos vem à tona
Que pegam do sensato e do altruísta uma carona
E até o “Pão e Circo”, do desprovido, inflaciona
A tempestade nos oferta o holocausto numa Cruz
Quem acolhe, herda as bênçãos amorosa de Jesus

Terás que da intempérie, extrair resiliência
Dádivas do amor ao próximo, ao meio, à paz e paciência
Pois nunca houve tão bela, vital e nobre consciência

Assim, retornar a caminhar, beijar, abraços renovar
Trabalhar, agradecer e parar de reclamar...
...depois que enfim, a sagrada tempestade consumar

Edson Depieri
https://www.edsondepieri.com

Inserida por Edson_Depieri

⁠Uma doença ensinando muitas coisas aos homens e mostrando que, o que prevalece são as coisas que não podemos tocar com as mãos, que o que parecia eterno, agora parece tão frágil e pequeno, o que parecia indestrutível e imortal, parece agora perene e inseguro, que homens poderosos hoje estão tão sujeitos quanto qualquer mortal, que julgavam insignificante, hoje estão todos no mesmo saco, homens a mercê de um vírus tão pequeno quanto a arrogância e a prepotência humana.

Inserida por barcelos1961

⁠Segredos, nem os da gente, a gente consegue guardar...

Inserida por OscarKlemz

⁠O sol mostrou que é bom de arte
com um pouco de chuva
deu um show à parte...

Inserida por OscarKlemz

"A Vulnerabilidade e o 'let down guard' do adversário faz da guerra Biológica a mais covarde de todas"

Inserida por CintiaRosa

Saudade da minha infância
Um dia o poeta escreveu
“ que saudade da aurora da minha vida
Da minha infância querida que os não trazem
Mais”
E eu digo: Saudade dos dias que mamãe dizia
Em meados dos anos 70, não saia de casa que o papa figo lhe pega , e eu na minha inocência com os olhos a regalar, olhava pela brecha da porta num via nenhum passar,
e hoje há vírus
a me assustar,
num saio nem um tiquim
que é pra morte não rodear.
E quando tudo isso passar
quero poder comemorar
,abrir um bom vinho
e como amigos celebrar
a vida e ao amor
e a todos poder abraçar.
DEMIR DIAS

Inserida por demir_dias

O FairPlay da China no mundo do business é de tirar o chapéu. Como habitualmente tem feito, ao enviar produto de alta qualidade para EUA e Europa e baixa qualidade para África, fê-lo também com a COVID-19.

Inserida por circle_langa

A COVID-19 vai permitir que, pela primeira vez na história, o pobre faça parte da mesma estatística do rico pelo mesmo problema. É o único vírus que não aceita suborno.

Inserida por circle_langa

Hoje acordei para mais um dia aonde tenho a responsabilidade de transformá-lo num dia criativo, satisfatório, abençoado... É óbvio que esse dia chegou também perigoso, por causa de multidões que dominam a natureza e a tecnologia, mas não aprenderam a dominar a si mesmas e querem envenenar meu dia, presenteado pelo ETERNO... Mas eu sou o senhor do meu destino e escolhi, com ELE, viver esse dia com entusiasmo e determinação, como um dos melhores de minha vida... É agora o momento favorável... Eu faço essa opção... #2Co6.2b

Inserida por marcelloamorim

Não deixe que as negatividades da vida te interrompam o sentido de ser feliz, de ser grato, de alimentar isso todos os dias aí dentro de você.

Inserida por ARRUDAJBde

⁠Para combater o câncer da corrupção é só excluir os autores da sua existência, de onde se alimentam do vírus da oportunidade financeira.

Inserida por HelgirGirodo

Após está pandemia, a igreja brasileira nunca mais será a mesma. Será melhor ou pior!

Inserida por Araujo2013

"⁠Através da desinformação surgiu o medo, que originou a destruição e a partir deste momento caótico uma nova sociedade se formou."

Inserida por ziroldo

⁠⁠Dormimos num mundo e acordamos em outro. De repente a Disney não tem mais a magia, Paris não é mais romântica e quem tem boca não pode ir à Roma, em Nova Iorque todos dormem, e a muralha da China não é fortaleza. De repente, não mais que de repente, abraços e beijos tornam-se armas, e não visitar os pais e avós torna-se um ato de amor. De repente se descobriu que o poder não tem tanto valor e o dinheiro não tem tanto poder.

Inserida por David_Marinho

Não há especialista para algo desconhecido.

Inserida por fabioi

⁠Pós-pandemia
Depois da hecatombe coroada
Será a hora de abrir o caderno do futuro.
De expandir pulmões castigados, escandecidos,
Para respirar o sonho líquido da esperança.
Depois da hecatombe coroada
Será tempo de arrimar a rocha na planície
E outra vez rolá-la monte acima
Apenas para vê-la descambar
Ainda antes do cume do desejo.
Depois da hecatombe coroada
Será vez de obedecer ao vaticínio dos deuses
De reconstruir e reconstruir sempre,
De morrer e renascer em ciclos,
Na busca inatingível do eterno.

Inserida por ranish

⁠2020 – UM ANO PARA SE ESQUECER OU ADOTÁ-LO ENQUANTO PARÂMETRO DEFINITIVO?

* ZILMAR WOLNEY AIRES FILHO

As advertências estavam lá no Código Divino: “Estejais prontos!” Do mesmo canteiro de lições gratuitas, também está jungida a reflexão sobre as catástrofes, mortes coletivas, ponderando as suas existências, para renovação, mudança, evolução da humanidade.
De certo, é que havia um modus vivendi, onde diversas pessoas estruturaram suas teias habitacionais e relações pessoais revestidos por uma bolha virtual. Daí em diante, horas intermináveis em sítios e redes sociais ao arrepio da ideal alimentação, e do mínimo acondicionamento físico. Reconhece-se, com pesar, que os diálogos eletrônicos atropelaram o interagir presencial com pessoas e natureza.

Outrossim, num factício dia, sob a auréola de nuvens escuras e baixas temperaturas, a atmosfera dos laboratórios chineses deslizava, de forma silenciosa e fatal. Talvez, numa estratégia de disputa por fatias do mercado. De modo, que no ar ficou o rastro do corona vírus pelas cidades, estados, países, continentes, dizimando vidas, populações. Alguns sobreviventes, para evitar o contágio; outros, já imunizados pela resistência, para evitar a disseminação; se autoflagelaram num regime de prisão domiciliar.
Neste lado de quarentena e isolamento social, muitas pessoas redescobriram que possuíam uma família, esposa, filhos, pais, irmãos, tios, avós, e que necessitavam interagir com esses. Constataram que havia um quintal com plantas, aves, cães, gatos, um céu azul cheio de estrelas e um sol radiante de energia sem ônus. Atinaram, enfim, que o pequeno espaço físico do lar servia para inúmeras ocupações e atividades, inclusive para caminhada e até o ofegante teletrabalho.
Em tempo de reflexão, volvendo o olhar para o que ficou para trás, depara-se com a geração dos anos 60, e o sonho de liberdade da sua juventude. Rememora a paz e o amor dos hippies cabeludos e os festivais Woodstock nos anos 70. Finalmente, extasia-se com a fartura e riqueza cultural insuperável dos anos 80. Logo após, houve um hiato, um vazio em inúmeros aspectos e circunstâncias, salvo pontuais exceções. Acredita-se que o eclipsar dessa ausência de cultura e arte por tantos anos, submete-se agora a um veredicto de juízo final apocalíptico no Tribunal da Pandemia do Corona Vírus. As premissas, álibis, teses se articulam na perspectiva de questionamentos, tais como: O que fizemos? O que produzimos, nestes anos todos? Será que apenas copiamos, plagiamos? Só fizemos leituras sintéticas, rápidas, de conteúdos rasos? O que retivemos neste longo interregno das relações virtuais sob a viatura da internet?
Nos meados do ano 2020, o grito de Silvio Brito nos anos 70 ainda ecoa: “Parem o mundo que nós queremos descer!” O roqueiro Raul Seixas já profetizava, sobre o silêncio nas ruas, comércio fechados, num dia em que a terra iria parar. As pessoas ressentem, enfim, que a respiração ofegante não alcança a velocidade de celulares e computadores de última geração. Os cidadãos não querem tantos títulos e nem tampouco super-heróis de netflix. Necessitam apenas dos préstimos da enfermeira, do médico, do padeiro, do lavrador, do gari, da faxineira, esses heróis do sermão do monte, legado insuperável da ética cristã.

As estatísticas de milhares de mortes diárias constituem o parâmetro definitivo do ano 2020. Em quem acreditar? Nas gestões, governos, políticos, que ostentaram tanto poderio em material bélico, mas não detinham o mínimo de estrutura hospitalar e medicamentos, nem tampouco pesquisadores, cientistas, para prevenir e combater o Covid-19. A saúde e os investimentos em pesquisas e estudos científicos relegados a segundo plano expuseram a estupidez dos administradores públicos que preferiram os investimentos maciços em material bélico e conquistas de territórios para garantia de petróleo.
A reflexão que se chega ao final é que jamais seremos os mesmos, e nem tampouco teremos o parâmetro daquilo que fomos ontem, amiúde pela inexistência de registros de um tempo que se pautou pelo predomínio do fútil e descartável. Aquilo que poderemos ser no futuro, em nível de gente, constitui uma incógnita. Certamente, haverá uma longa marcha de desconfianças, suspeitas, incredulidade.
Espera-se, não obstante, que o ser humano novamente volte a confiar, assim como a palmeira confia nas abelhas, colibris, e ventos de julhos, conduzindo o pólen das árvores vizinhas para fecundar seus frutos. Assim como o chão árido espera e acredita pelo regresso das primeiras chuvas para engravidar o solo e gerar novas sementes.


Se o vizinho pensa que tudo que estamos vivendo é uma grande mentira, inventada pela mídia para nos aterrorizar, muito bem, que ele siga acreditando no que melhor lhe convir. Enquanto você, eu, vamos continuar nos protegendo, nos resguardando, tomando todas as medidas necessárias, que impedirão de contraímos este maldito vírus. Deste modo, poderemos em um futuro próximo, sair, e mais uma vez, brindar a vida.

Inserida por iolandabrazao