Vírgula
Sem claudicar em uma vírgula digo com inexpugnabilidade que a fé em contrapartida com o amor são dois contrassenso ao materialismo.
Pensamento baseado no filme de Bezerra de Menezes o Médico dos Pobres,
Eu quero que em cada vírgula de minha vida não seja um ponto final.
E quando tudo parar, o mundo não me ofuscar diante dos obstáculos. Simplicidade, ser brando e acalentado a cada pingos de chuva a ser nutrido.
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PONTO E VÍRGULA NO ACASO
Vamos então tentar e ver o que acontece
Pois quero encontrar apenas os que se sintam
Tocados pelo sangue, fluídos e cântico negro nos lábios
Vamos então tentar e ver o que acontece
Apenas o momento em que o velho sonho
Torna-se uma outra tempestade
Vamos somente os que carregam um peso
Que anule a eternidade imutável das coisas
Os que dizem aqui e agora
E sentem a cada passo um golpe de vento no rosto
Vamos então tentar e ver o que acontece
Aqueles que têm nas entranhas uma animalidade mutante
e são hábeis em esquivar-se
Vocês que desistiram do para sempre e desde sempre
E sem nenhum apelo às recordações
Vivem um milênio em explosões de lenta combustão
Vamos então tentar e ver o que acontece
Subir bem alto na torre de televisão
Para um olhar mais amplo nos teus estranhos lugares
Pois não dou a mínima para os que querem ser
compreendidos...
Só me venha os que se entregaram aos seus desertos
Vamos então tentar e ver o que acontece
Nós, os porta-vozes da agonia
Os que afirmam a divergência
E se esbaldam no descentramento
Os que sentem a gravidade de carcará
Aqueles que se interessam pela suculência do andar
Os que vivem de flores e pássaros
Aqueles que colocam a montanha no topo das coisas
Vamos então tentar e ver o que acontece
Somente os da chama incorporal
Os intensos em termos de afetos
Apenas os que encararam um banho frio na madrugada
E os que descem suficientemente fundo para
Alcançar a superfície veloz da alma do osso
Vamos então tentar e ver o que acontece
Alguma coisa incompreendida no que venha a ser
Vamos absolutamente ficar sobre ela
Chocá-la como a um ovo
Tentar ,um instante que seja, as torrentes
Distante dos nossos aposentos
Vamos, os que podem, num piscar de olhos...
Sem memórias, costumes e leis
Somente com as nossas pontes
Vamos de passagem...e nada de interiorizar a dor
Sair num continuum de movimento
E me traga na mochila apenas os fluxos emergentes
E novos jeitos de experimentar
Vamos logo se atirar um no outro
Dando linguadas e limpando o vazio à nossa volta
Vamos então tentar e ver o que acontece
Você que tem o espírito de fugir
Você e seu devenir ilimitado
Você que subverte as alturas
E instaura o caos no corpo
Pois quero apenas o mergulho com os que têm um segredo anárquico e romântico do lado direito do peito
E um vício inocente por destruições e abalos sísmicos
Vamos então tentar e ver o que acontece
Se teu vento se vem e se vai sem pedir licença
Vamos...apenas os que deixaram de opinar
E os que chegam atrasados e nunca vão adiante
Pois só desejo o frêmito que me causa
A incontrolável ardência de bocas cerradas
Pois só acredito nos estranhos
nas locomotivas...nos cavalos...
Nos que se cansaram das expressões e aparências
E fogem, fogem, fogem da languidez e paralisia
Naqueles em que o ódio é muito mais que uma munição vazia
Nos que desacreditam da morte
E naqueles em cuja estação dos pés...todos os alvos já foram abatidos
Nesses que agarram e se enroscam na crista da onda sem nunca olhar para trás...
Nos sedentos pelo fim de partida
Calma! Isso é apenas o começo da estrada!
Tem sempre algo mais
Não se deixe capturar facilmente
Minha loucura irá buscar esses espaços quaisquer
em que face a face estaremos rindo
e atravessando todos os vales e lágrimas...
Pois as solas de meus pés também estão sensíveis
como se fossem fios elétricos..
Por isso vamos tentar e ver o que acontece....
Para aqueles que buscam um ponto final na vida, Deus coloca uma vírgula e escreve uma nova história.
Nunca um ponto final
apenas uma virgula
Nada correria mal
Se nunca tivesses aparecido na minha vida.
Inteligência para entender cada ponto e vírgula que a vida oferece.
Sabedoria para poder agir com cautela, a cada dificuldade ou algo que venha a ser positivo.
Não desista no primeiro degrau
persista na escada por completo
E no final desfrute de tudo que ganhou em forma de aprendizado.
Tudo será revelado
Altíssimo é o Senhor verdadeiro que não mente.
Nenhuma vírgula da palavra se passará sem concretizar.
Toda arte oculta será revelado a toda gente.
Seja ele pelo bem ou pelo mau, virá ao tribunal.
Foi Deus que falou, Deus que cumpre do começo ao final.
Nada se passa em oculto da história.
Nada escondido ao olhar do todo poderoso.
Todo segredo ocular, segredo misterioso.
Tudo que se implanta na memória.
Tudo que percorre no sangue da história.
Até as vozes que viaja no vento.
Não há vácuo sem espaço, todo arquivo do tempo.
Quem sou eu, quem é você.
Cada geração, qual a placa que você vai receber.
A vida é rastreada pelo canal do céu.
A quem vota em urna, quem vai a zona.
Toda arte elaborada, manipulada, enganada.
Toda arte da maldade forjada.
Tudo vem a tona.
Disse eu ao meu amado Jesus.
Verei a glória de Deus na terra dos viventes.
A coroa recebe os mais valentes.
Dou legalidade a honra do Altíssimo.
Exalto Jesus digníssimo.
Colocou meu nome na pedra branca bem na frente.
Tudo que está arquivado nos anais da história.
Suplico Senhor, és tu a verdade e poder.
Que não deixa teus amados perecer.
Teu sobrenatural.
Que venceu, vence e sempre vencerá tudo e toda armadilha orquestrada do mal.
Perversidade dissolvida, no corpo da vida, irá dissolver.
Teu sobrenatural.
Confio, creio, com autoridade repito.
Nada implantado pelo mal irá prevalecer.
Teu povo livre, no amanhecer e entardecer.
Giovane Silva Santos.
09/10/2022 03:42hs.
A morte nunca foi o ponto final, no máximo um ponto e vírgula em meio a tantas reticências que formam a brevidade da nossa vida
Os ricos são considerados pobres pelos super ricos, não adianta empurrar a vírgula para a direita se a força que os mantêm poderosos são considerados zeros à esquerda
Os ricos estão a empurrar a vírgula para a direita, mas a força que os mantêm poderosos é considerada sempre zero à esquerda
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