Poemas contra a violência doméstica para refletir e promover a paz

Equipe editorial do Pensador
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Criado e revisado pelos nossos editores

Quem ofende uma mulher, lhe faltando com o respeito
É na certa um mau caráter, munido de preconceito
Lotado de amargura
Uma triste criatura
Machista e mal-informado
Depois vai se lamentar
Pedir desculpa e chorar
Vendo o sol nascer quadrado

No silêncio de um lar, um grito sufocado,
Onde o medo se esconde, o amor é maltratado.
Nas paredes marcadas, histórias de dor. 

Nas lágrimas que rolam, um eco de solidão,
Oprimida, ferida, sem voz, sem chão.
Mas saiba, oh alma corajosa, você não está só,
Em cada verso deste poema,
perceba um abraço, um farol.

É preciso acreditar em dias mais claros,
Em um horizonte onde os sorrisos não são raros.
Não se engane, não há amor em mãos que machucam,
Nem em palavras cruéis que o coração esmagam.

É hora de erguer-se, romper o ciclo da dor,
Buscar ajuda, encontrar um porto de amor.
Não se renda ao discurso que bater é cuidar,
Pois o verdadeiro amor não se pode maltratar. 

Agosto lilás (contra a violência)

Eu só queria ser amada
E não violentada
Mas você me dominou
Me bateu
Gritou
Me intimidou
E mandou
Com medo não percebia
A sua covardia
E me transformei
Num ser sem vida
Sem atitude e sem voz
O tempo foi passando
Você me subordinando
Cheguei no fundo do poço
E com muita dor acordei
Hoje longe de você
Tenho minha vida e sou feliz.

A Lei Maria da Penha
Está em pleno vigor
Não veio pra prender homem,
Mas pra punir agressor
Pois em mulher não se bate,
Nem mesmo com uma flor.

A violência doméstica
Tem sido uma grande vilã
E, por ser contra a violência,
Desta lei me tornei fã
Pra que a mulher de hoje
Não seja uma vítima amanhã.

⁠Confesso!

Tenho medo de ser vítima
da violência doméstica,
de ser mais um número do feminicídio,
de estar sempre "caindo da escada"
e de ser tachada
como a louca que fugiu do hospício...
confesso também que
tenho medo das pessoas ditas "de bem",
daquelas que alimentam o mimimi,
e daquelas que só elas prestam e mais ninguém,
de medo em medo,
vou me afastando.

Veja também: 

Violência doméstica

Quantas vezes me bateu
sem falar o que eu fiz
eu só queria ser feliz
você não compreendeu
o meu coração sofreu
sentindo o corpo padecer
em troca de tanto amor
tive sofrimento e dor
mas não vivo sem você

É difícil de entender
porque sou tão submissa
sirvo pra tua cobiça
teu momento de prazer
porém, nada vou dizer
o meu direito é se calar
se nem piso na calçada
mesmo assim fico marcada
sem ter forças pra lutar

Apenas vou chorar
recuar mais uma vez
diante da tua embriaguez
nada posso recusar
tudo tenho que aceitar
calada sou agredida
e por ser tão dependente
vivo casada e carente
escrava da própria vida

Gostaria de gritar
para o mundo inteiro ouvir
o tanto que sofri
sem poder denunciar
se não tenho onde morar
vivo a mercê da sorte
vou me recolher tão cedo
convivendo com o medo
de escrever a própria morte.

Se quisermos combater a discriminação e a injustiça contra as mulheres, devemos começar em casa, pois, se uma mulher não pode estar segura em sua própria casa, não se pode esperar que ela se sinta segura em lugar algum.

A violência doméstica…

Não é um ato admissível em gente;
Que um dia se juntou, por se gostar;
Devido a seu mau tratar delinquente;
Implicar, no outro um tão querer mandar!

Mandar, por a tal, já não respeitar;
Mandar, por não lhe ter qualquer amor;
Mandar, por não conseguir se importar;
Mandar por ser sacana, sem ter dor!

Sem ter a dor, por quem talvez ainda ama;
Sem ter dor, por quem um dia tanto amou;
Sem ter dor por quem ainda pode amar!

Talvez por se ter apagado a chama;
Que um dia a esses dois seres se juntou;
Mas por azar, veio alguém separar.

Com profunda mágoa, pois detesto ver casais a separarem-se.

Equipe editorial do Pensador
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