Violência
Violência gera violência. Eu sei, todo mundo sabe, mas pensar nela é tão agradável, às vezes.
A criança normalmente não suporta lidar com as dores que ela passa, quer seja abandono, violência ou negligência, entre outras. Então ela guarda no fundo do armário chamado inconsciente. É na vida adulta que essas dores começam a ecoar mais fortemente.
Controlar as reações de violência é sinônimo de civilidade. Controlar as reações de tristeza é sinônimo de violência.
As asas boçais da violência
Um dia em que a boçalidade superou o estado democrático de direito. Ainda bem que o Menino do Mucuri nasceu em 1964, num estado de beligerância, acostumado com rajadas de tiros e toda sorte de arbitrariedades neste período de nuvens negras na história do Brasil.
Em plena época de crise de saúde pública em ordem planetária, agentes públicos, despreparados, autoritários e boçais ainda tentam se valer pelo poder da força, são almas e descendentes da ditadura, abutres roedores da Administração Pública, que vivem feito sanguessugas nas trincheiras e às margens da lei.
Não sabem nem por onde a sirene vem, mas ouvem o barulho da sirene e nem se comovem do sofrimento alheio. Tudo isso é festa, a banda passa, o tempo muda e a história modifica, um dia esses contumazes agressores da norma serão vítimas do próprio sistema.
Não há homens prepotentes, nem chacais sociais. Existe na verdade sociedade covarde, pusilânime, que a tudo aceita e nada acontece com a tirania de bocais que destilam suas peçonhas nos quadrantes do território e se homiziam nos umbrais da Administração Pública. A tirania é antes de tudo uma fraqueza coletiva que aceita uma falsa fortaleza individual. Pobre do cidadão que se ver sufocado pela violência estatal, institucionalizada, em nome da defesa social. E olha que há bons agentes públicos, aliás, é uma regra, mas aqueles cabotinos de plantão que acham que têm um Rei na barriga geralmente conspurcam a Instituição e coloca em risco os interesses da Sociedade.
As alvoradas da liberdade não surgem como um acontecimento natural. As manhãs da liberdade se fazem com a vigília corajosa dos homens que exorcizam com sua fé os fantasmas da tirania.
O colonialismo não é uma máquina de pensar, não é um corpo dotado de razão. É a violência em estado puro, e só se curvará diante de uma violência maior.
Quem pensaria que a violência seria disfarçada
Aqueles que deveriam me proteger negligenciaram meu pedido de ajuda
- Stolen Innocence
"Na busca do prazer, a compaixão muitas vezes é esquecida, levando à violência, que, por sua vez, pode desencadear guerras destrutivas, lembrando-nos da complexidade das escolhas humanas."
SEGURANÇA PÚBLICA.
O Estado não pode fomentar a violência, mas sim contê-la, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. A princípio, a falta de segurança no país tem gerado muito prejuízo e medo aos que nele convivem.
Antes de mais nada, segundo Sérgio Ardono, um sociólogo brasileiro e especialista em Segurança urbana, renomado professor da Universidade de São Paulo, afirma que o papel do Estado não é de promover a violência, mas sim evitá-la. Ademais, os estudos acerca das causas da falta de segurança apontam dados alarmantes sobre o crime, o Brasil registrou mais de 47 mil homicídios ao longo de 2021, próximo de 130 mortes por dia.
Por consequência, o prejuízo aos cofres públicos em detrimento aos investimentos que visam a inibição de armamentos, drogas, prostituições, corrupções entre outros atos ilícitos que assolam o país, são relevantes. Além disso, perde-se muito com recursos aos órgãos de segurança pública cujo necessitam de material físico e humano para o combate à criminalidade. A população vive com medo e receio de sair às ruas e por causa disso optam em abandonar o país.
Portanto, concluí-se que para combater a violência e a falta de segurança no país, é necessário investir na inclusão social, pois é desde a tenra idade que os menos favorecidos devem ocupar suas mentes, a fim de não serem aliciados por delinquentes. Concluindo, os órgãos de Segurança e Educação têm o dever de promover palestras nas escolas tendendo alertar e orientar os discentes o quão mal faz as drogas, bem como investir em atividades físicas e trabalhos educacionais e profissionais para evitar que criminosos incluam essas crianças e adolescentes no mundo do crime.
A não violência não é uma estratégia que se possa utilizar hoje e descartar amanhã, nem é algo que nos torne dóceis ou facilmente influenciáveis. Trata-se, isto sim, de inculcar atitudes positivas em lugar das atitudes negativas que nos dominam.
Não deixe que a violência mutile o que há de melhor em você, se tolhiu tua liberdade e identidade, vá embora.