Viniscius de Moraes Mulher Geminiana
MINHAS SINAS
Queria ser a luz que brecha
O ventilador que te assopra
No frio, ser tua água morna
Pra depois virar tua coberta
E ir aquecendo tuas pernas
Naquelas noites de preguiça
Depois abrir nossas cortinas
E ser o florido do teu vestido
Guardando nos teus sorrisos
A lembrança de minhas sinas
Rio Doce / Princesa Isabel (Sem estética)
Diante tanta formosura
Quase fui atropelado,
Abestalhei-me com o Palácio
Enquanto atravessava a rua;
Tive que voltar pra casa
Quando a noite se anunciou,
Dei com a mão, driblei camelô,
Subi, paguei, fui numa lata
No caminho da regressão
Passei pelo o cais Santa Rita,
Ali, faltava era gente bonita
E um tanto de organização;
Quase esquecia! Um pouco antes
Passou o Forte das Cinco Pontas
E uma curva que deixava tonta
A cabeça de qualquer pensante;
Em um retorno meio horizontal,
Eu vi o Capibaribe e o antigo
Confesso que um pouco aflito
Por me despedir do cartão-postal;
Passei pela Cabugá
Em um dia de sorte
O acelerador ia tão forte,
Nem semáforo podia parar;
Após deixar o Espaço Ciência
Varie o varadouro numa curva,
Entrei em Olinda debaixo de chuva,
Tinha a mesma alegria e essência
Achei que tinha vindo me encantar
A chuva escorrendo seu corpo gelado
Descendo no embaraço da janela ao lado,
Mas por causa dela, não vi a orla passar
Entristecido, resolvi me entregar a chuvarada
Quando puxei a corda que me fazia zarpar
Percebi o que o destino queria me mostrar
De uma forma simples e bem clara
Que tarde ou cedo, a tempestade se vai
Que é só o vidro que fica molhado
Cabe acreditar que do outro lado
Está a paz, onde só o descaso cai
Pensei, segui invertendo
Voltei pela a praia a pé,
Devagarinho subi a sé,
E lá, descansei sereno.
SA(R)DADE
Se revestido de veneno
Fosse o ferrão da saudade
Sobraria-me pouco tempo
Diante minha curta idade;
Não quero parecer herege,
Mas nunca deixei de me perguntar:
"- Se os anjos que nos protegem,
Também sofrem por lembrar?"
Clamo o que tenho hoje,
Mas se ao menos eu fosse
Um valente querubim
Batia asas do meu quintal,
Voaria contra o final
E pousava em Itapetim.
E minha alma te disse... te amo... A alma não sabe mentir. Então me dá o ar que teus beijos me roubam... Bem doce, que seja doce, que seja lento, que seja... sendo o amor da minha vida. Que seja como o fogo e o gelo... Que seja como o vinho e a água... que saia faíscas... dos nossos corpos... que seja... ardente... gostoso... doce...Mas, por favor se lembre
Amor e Amizade não resistem à mentira
A mentira vai te iludindo, a dúvida começa a te consumir, e por fim a verdade te machuca. E aquilo que era ar, era beijo, era fogo, era bom, era doce...vira violência, covardia. Fere e machuca. Deixa marcas que tempo algum vai apagar.
Nunca decepcione alguém que seria capaz de fazer tudo por você.
Viver é estar de passagem, o que hoje está aqui talvez não esteja mais amanhã... haja equilíbrio para não cair no meio de tanta transitoriedade!
Tudo dorme menos rancor de poeta desprezado por editoras e putas. Fico longe de caras do tipo. São tumores querendo enegrecer pulmão alheio.
Depois de um tempo você percebe que escrever é abraçar a si mesmo. Literatura é remédio para solidão.
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