Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
Não conheces os prazeres de uma taça de vinho, talvez por isso julgas minha vaidade, pois nunca se embebedou com a sua.
"Ninguém é feliz sozinho, Sempre tem um amor, Um amigo, Ou uma taça de vinho." SORRIA... (Ingrid Tomazzia)
O vinho é como uma poesia engarrafada, onde cada gole revela os versos da terra, o ritmo das estações e a melodia do enólogo, criando uma sinfonia de sabores que dança delicadamente no paladar, despertando emoções e memórias há muito adormecidas.
Um vinho necessita de um período em repouso ( decantação), para que as impurezas possam ser excluídas.
De maneira parecida é a mente humana, precisa de momentos de repouso, a fim de que o pensamento possa ser organizado.
Ah, uma garrafa de vinho, um portal à alma. Sentemo-nos, então, à mesa infinita do cosmos, onde cada gole desvenda um mistério e cada suspiro ecoa as perguntas eternas. O vinho, guardião de segredos ancestrais, nos convida a dançar entre o efêmero e o eterno, unindo nossas dúvidas à vastidão do “porquê”.
Por onde começamos? Pelo propósito que nos guia, pelo acaso que nos molda, ou pelo invisível que nos espreita além do véu da realidade? Afinal, talvez não seja a resposta que buscamos, mas o prazer de nos perdermos no caminho.
Traga-me o prazer de sua companhia e juntos questionaremos o significado de nossa existência.
Se até o vinho muda com o tempo, enquanto envelhece, quem não muda se esforça para continuar a ser o que já não deveria. Isso gera conflitos com todos a sua volta.
A mentira diz que o vinho faz bem ao coração, a verdade diz que é o resveratrol que faz.
A mentira apregoa o pão como alimento, a verdade já o condena por causa do glúten.
Mentir, essencialmente é esconder o mal em meio ao bem, na busca de o adornar.
Já falar a verdade é assumir, tanto o bem, quanto o mal; e, para tanto, é preciso a fortaleza da honestidade e da humildade; logo, quem não as têm, são temerários portadores mentira.
O vinho começa doce e desce amargo,
A cada copo eu choro e imagino você do meu lado,
Eu não fui capaz de fazer com que você me amasse,
E eu não te procuraria mais nem se eu me odiasse,
Eu entreguei meu coração inteiro pra você
E você me ofereceu tudo o que tinha
_ o seu desprezo
E agora o meu amor busca consolação em outros beijos
Eu não soube me conter no calor da emoção
E agora tenho que lidar com a bagunça que você fez no meu coração
Ah se o coração pudesse escolher quem o ama
Ele nunca escolheria um cara que só quer me levar pra cama.
Às vezes preciso de um café, às vezes de um vinho, mas o mais importante é que nunca estou sozinho.
Rosa!
Às vezes, exuberante, às vezes aveludada, às vezes branca, rosa, vermelha, vinho, laranja, amarela, chá. As cores são só um detalhe entre pétalas, curvas e espinhos.
Sim, ela é espinhosa às vezes, para se defender, às vezes, consegue, outras não.
As pétalas vão caindo lentamente.
Sim, às vezes ela não se defende para se mostrar bela aos olhos dos outros.
Mas nem sempre é vista como deveria ser.
Aí, ela vai se desfazendo, pétalas por pétalas ou de repente, se desfaz de uma vez só, ou mucha, ficando seca.
O que outrora era lindo aos olhos de todos!
Mas, não especial para um.
Morre!
Morre tudo que um dia existiu.
As cores, o encanto.
Ela morreu, triste e só.
Pois, acreditou, que gostavam de contemplar sua beleza.
Mas ela abriu mão do que tanto a defendia, os espinhos.
Ela morreu por confiar...🦋🦋🦋
Vinho, sempre bem vindo,
por trazer um ânimo encorpado
um caminho eficaz e sadio
pra mente alcançar um alívio
e pra o corpo ficar relaxado,
por isso que a sua presença aprecio,
por estes efeitos tão necessários.
O vinho
As tralhas perversas de uma mente humana
Rodeada de ideias, pensamentos que guiam a estupidez
Perdida em uma taça de vinho
Sentimento seco e amargo
Talvez deva bebe-lo gelado
Já viu algum elefante voar?
Impossível, assim como nossos devaneios
Nossas platonisses e nossos apegos
Alma impura sem destino buscando o óbvio
Mais uma taça?
De-lhe mais um trago e desabroche
Mas se segure a queda é alta
Talves um dia eu conseguirei mostrar a potência de um grito
Um grito sublime que ecoara pelo horizonte
Que chamará as massas
Um grito preso como o meu necessita ser liberto
Gritarei por todos os cantos
"Não temas que já temestes demais
Não chore pois já chrastes demais
Não desanime, não temos o que perder
Não temosmais a quem recorrer"
Me vê outra taça
Uma que talvez me desmaie dentro da mente que me ainda é sã
Mais uma por favor
Quanta liberdade tola, será que é mesmo liberto?
Ou sera que me perdi mais uma vez
"Fuja perdido! Nãos voltes"
Para que voltaria?
Pensamentos de devaneios e loucuras
Perdido num horizonte de eventos
Como um buraco negro
Suprimindo toda a força que rodeia
Sou casca ou flor?
Sou ego ou amor?
Alegria queimada que pede a ultima taça
Taça essa que irá me quebrar que irá me destruir
Destruido continuo
Sou igual uma barata, talvez que seja asqueroso
Talvez seja nojento
Meu sangue parece ser frio mas é quente
Maldita casca
Me viram como não era
E nada fiz
Hoje nada sou
Se sou, sou pequeno
Gigante mesmo é aquele que nunca amou
Ou aquele que amou e foi correspondido
Caindo eu vou mais um dia
Degusto vinho barato. Não troco brigadeiros por macarons, tampouco dendê por azeite trufado. Assim que pelo meu amor não se envaideça. Meu gosto é meio desqualificado.
Deitou-se remendo de pano novo em vestido velho, vinho novo em odres velhos, sem que o vestido se rompesse nem o odre rebentasse.
BRINDE NOTURNO
Uma taça de vinho,
uma fatia de queijo
o tango à meia luz,
um sabor de beijo.
Pensamentos brotam espontâneos,
incontroláveis, irreveláveis, instantâneos;
mas como no campo de milho
nem tudo é grão e nem tudo é espiga,
apenas “recuerdos de mi vida”.
Tintin.